Depósitos compulsórios no Brasil: análise comparada e impactos no spread e no estoque de crédito
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/29441 |
Resumo: | O nível de spread bancário no Brasil está entre os maiores do mundo. Diversas têm sido as iniciativas do Banco Central ao longo dos anos no intuito de reduzir estes spreads, possibilitando aos tomadores de recursos menores ônus junto aos Bancos, o que seria traduzido em incentivo para o empreendedorismo no Brasil. Neste sentido, este trabalho pretende quantificar o efeito de uma redução nos depósitos compulsórios sobre o spread bancário e sobre o volume de créditos. Os resultados são comparados aos efeitos esperados sobre estas duas variáveis provenientes de reduções de mesma magnitude na taxa Selic. A amostra e o método se basearam no trabalho de Glocker e Towbin (2015): o método utilizado foi o VAR, enquanto os dados utilizados se iniciam junto com o regime de metas para a inflação e vão até dezembro de 2019. Adicionalmente ao que fizeram os dois autores, foi utilizado o algoritmo Autometrics para a seleção do modelo. Dada a instabilidade do VAR nos primeiros anos da amostra, o modelo final apresentado reflete dados a partir de janeiro de 2005 e os resultados ratificam a existência de uma relação entre as variáveis, que, apesar de seguir o sentido amplamente difundido pela literatura, de que reduções nos depósitos compulsórios estariam relacionadas a reduções no spread bancário e consequentemente a incrementos no estoque de crédito, teriam magnitude inferior e prazo distinto ao que foi verificado por Glocker e Towbin (2015), com indícios de que spread bancário e crédito seriam mais impactos pela taxa Selic do que pelo compulsório. A redução de 1 ponto percentual no spread bancário estaria relacionada com um esforço de diminuição da alíquota média dos compulsórios em 5 pontos percentuais, o que em dezembro de 2019 era equivalente a uma liberação de aproximadamente R$ 100 bilhões nos compulsórios. O mesmo efeito sobre o spread seria alcançado com uma redução da Selic em aproximadamente 1 ponto percentual. Em qualquer um dos casos, tais eventos colaborariam para uma expansão de 0,15% no estoque de crédito. Em paralelo, cabe ressaltar que a existência de instabilidade no VAR durante a crise de 2008 sugere a impossibilidade de se pautar a política econômica sobre compulsório. |
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Soldi, Marcos Paulo CardosoEscolas::EESPNishijima, MarisleiMuinhos, Marcelo KfouryMarçal, Emerson Fernandes2020-07-13T20:47:31Z2020-07-13T20:47:31Z2020-06-26https://hdl.handle.net/10438/29441O nível de spread bancário no Brasil está entre os maiores do mundo. Diversas têm sido as iniciativas do Banco Central ao longo dos anos no intuito de reduzir estes spreads, possibilitando aos tomadores de recursos menores ônus junto aos Bancos, o que seria traduzido em incentivo para o empreendedorismo no Brasil. Neste sentido, este trabalho pretende quantificar o efeito de uma redução nos depósitos compulsórios sobre o spread bancário e sobre o volume de créditos. Os resultados são comparados aos efeitos esperados sobre estas duas variáveis provenientes de reduções de mesma magnitude na taxa Selic. A amostra e o método se basearam no trabalho de Glocker e Towbin (2015): o método utilizado foi o VAR, enquanto os dados utilizados se iniciam junto com o regime de metas para a inflação e vão até dezembro de 2019. Adicionalmente ao que fizeram os dois autores, foi utilizado o algoritmo Autometrics para a seleção do modelo. Dada a instabilidade do VAR nos primeiros anos da amostra, o modelo final apresentado reflete dados a partir de janeiro de 2005 e os resultados ratificam a existência de uma relação entre as variáveis, que, apesar de seguir o sentido amplamente difundido pela literatura, de que reduções nos depósitos compulsórios estariam relacionadas a reduções no spread bancário e consequentemente a incrementos no estoque de crédito, teriam magnitude inferior e prazo distinto ao que foi verificado por Glocker e Towbin (2015), com indícios de que spread bancário e crédito seriam mais impactos pela taxa Selic do que pelo compulsório. A redução de 1 ponto percentual no spread bancário estaria relacionada com um esforço de diminuição da alíquota média dos compulsórios em 5 pontos percentuais, o que em dezembro de 2019 era equivalente a uma liberação de aproximadamente R$ 100 bilhões nos compulsórios. O mesmo efeito sobre o spread seria alcançado com uma redução da Selic em aproximadamente 1 ponto percentual. Em qualquer um dos casos, tais eventos colaborariam para uma expansão de 0,15% no estoque de crédito. Em paralelo, cabe ressaltar que a existência de instabilidade no VAR durante a crise de 2008 sugere a impossibilidade de se pautar a política econômica sobre compulsório.The banking interest rate spreadlevel in Brazil is amongst the highest in the world. Several initiatives have been taken by the Central Bank over the years in order to reduce these spreads giving an incentive to credit growth, which would also be translated into an incentive for entrepreneurship in Brazil. In this sense, this paper aims to quantify the relation between the reserve requirements, the interest rate spread and the credit stock. The results are compared to those expected from reductions on the same magnitude in the Selic rate over these two variables. The method used to perform this analysis was a VAR, while the sample starts on the period of the inflation target regime and goes up to December 2019, based on Glocker and Towbin (2015) study, combined with the aid of the Autometrics algorithm for model selection. The results suggest that the relation between the variables are unstable in the first years of the sample, so the final model starts on 2005. Also, the results confirm the existence of a relation between the variables following the sense widespread in the literature and reinforced by Glocker and Towbin (2015), that decreases on reserve requirements rate would be related to reductions on the interest rate spread and consequently increases in the credit stock. Although,a different term was verified and the magnitude seems to be smaller than those presented by the authors, with indications that this relation is smaller than those between the Selic rate, the interest rate spread and the credit stock. The reduction of 1 percentage point in the bank interest rate spread would be related to an effort to decrease the average rate of reserve requirements by 5 percentage points, which in December 2019 was equivalent to a decrease of approximately R $ 100 billion in reserve requirements. The same effect on the spread would be achieved by reducing the Selic by approximately 1 percentage point. In any case, such events would contribute to a 0.15% expansion in the credit stock. In parallel, the instability presented in the VAR during the 2008 crisis period, suggests the impossibility of guiding the economic policy based on reserve requirements.porBanking interest rate spreadDepósitos compulsóriosVARSpread bancárioReserve requirementsEconomiaDepósito compulsórioRisco (Economia)Crédito bancárioTaxas de jurosBancos - BrasilDepósitos compulsórios no Brasil: análise comparada e impactos no spread e no estoque de créditoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALdissertacao_C347116_jul2020.pdfdissertacao_C347116_jul2020.pdfPDFapplication/pdf1759129https://repositorio.fgv.br/bitstreams/901ccaa0-43e6-45df-a8b6-85d27bb801f8/download6504bfbfd763eba76bc879ab40a29ef1MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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O nível de spread bancário no Brasil está entre os maiores do mundo. Diversas têm sido as iniciativas do Banco Central ao longo dos anos no intuito de reduzir estes spreads, possibilitando aos tomadores de recursos menores ônus junto aos Bancos, o que seria traduzido em incentivo para o empreendedorismo no Brasil. Neste sentido, este trabalho pretende quantificar o efeito de uma redução nos depósitos compulsórios sobre o spread bancário e sobre o volume de créditos. Os resultados são comparados aos efeitos esperados sobre estas duas variáveis provenientes de reduções de mesma magnitude na taxa Selic. A amostra e o método se basearam no trabalho de Glocker e Towbin (2015): o método utilizado foi o VAR, enquanto os dados utilizados se iniciam junto com o regime de metas para a inflação e vão até dezembro de 2019. Adicionalmente ao que fizeram os dois autores, foi utilizado o algoritmo Autometrics para a seleção do modelo. Dada a instabilidade do VAR nos primeiros anos da amostra, o modelo final apresentado reflete dados a partir de janeiro de 2005 e os resultados ratificam a existência de uma relação entre as variáveis, que, apesar de seguir o sentido amplamente difundido pela literatura, de que reduções nos depósitos compulsórios estariam relacionadas a reduções no spread bancário e consequentemente a incrementos no estoque de crédito, teriam magnitude inferior e prazo distinto ao que foi verificado por Glocker e Towbin (2015), com indícios de que spread bancário e crédito seriam mais impactos pela taxa Selic do que pelo compulsório. A redução de 1 ponto percentual no spread bancário estaria relacionada com um esforço de diminuição da alíquota média dos compulsórios em 5 pontos percentuais, o que em dezembro de 2019 era equivalente a uma liberação de aproximadamente R$ 100 bilhões nos compulsórios. O mesmo efeito sobre o spread seria alcançado com uma redução da Selic em aproximadamente 1 ponto percentual. Em qualquer um dos casos, tais eventos colaborariam para uma expansão de 0,15% no estoque de crédito. Em paralelo, cabe ressaltar que a existência de instabilidade no VAR durante a crise de 2008 sugere a impossibilidade de se pautar a política econômica sobre compulsório. |
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