Danos imateriais do agronegócio no modo de vida quilombola: caso da comunidade de Mumbuca – TO
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/31263 |
Resumo: | O presente trabalho buscou investigar os danos em dimensões imateriais dos modos de vida no quilombo da Mumbuca no estado do Tocantins como consequência dos impactos na disponibilidade e qualidade de bens ecossistêmicos pelo avanço, em anos recentes, da fronteira agrícola do Matopiba. Essa área no norte do Cerrado utilizada por empresas do agronegócio para monocultura é localizada no território de divisa dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O quilombo situa-se na área do entorno do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) localizado no município de Mateiros, entre a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Essa análise foi feita à luz da teoria de serviços ecossistêmicos culturais, entendendo a contribuição da manutenção da cultura tradicional quilombola para o território. A metodologia proposta para a presente pesquisa é de caráter qualitativo, a partir de um estudo de caso, utilizando-se de técnicas de coleta de dados por meio de entrevistas semi-estruturadas. Foram realizadas três entrevistas virtuais com questionários semiestruturados com moradores da comunidade e cinco com especialistas em cultura quilombola, serviços ecossistêmicos culturais e desenvolvimento local. Também foi feita uma triangulação de dados utilizando notícias de veículos de comunicação sobre a região e produções locais. Como resultado, foi possível inferir que que os impulsionadores endógenos para mudanças no modo de vida dessa população, isso é, as decisões que afetam direta e indiretamente a cultura tradicional local e os serviços ecossistêmicos que ela provê, foram, principalmente, de força político-econômica, com a expansão da fronteira agrícola do Matopiba e políticas públicas incapazes de garantir o direito às práticas culturais tradicionais da comunidade. |
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Batista, Debora Lucia SouzaEscolas::EAESPCarvalho, André Pereira dePagotto, Lívia MenezesMonzoni, Mario2021-11-10T18:31:32Z2021-11-10T18:31:32Z2021-09-30https://hdl.handle.net/10438/31263O presente trabalho buscou investigar os danos em dimensões imateriais dos modos de vida no quilombo da Mumbuca no estado do Tocantins como consequência dos impactos na disponibilidade e qualidade de bens ecossistêmicos pelo avanço, em anos recentes, da fronteira agrícola do Matopiba. Essa área no norte do Cerrado utilizada por empresas do agronegócio para monocultura é localizada no território de divisa dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O quilombo situa-se na área do entorno do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) localizado no município de Mateiros, entre a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Essa análise foi feita à luz da teoria de serviços ecossistêmicos culturais, entendendo a contribuição da manutenção da cultura tradicional quilombola para o território. A metodologia proposta para a presente pesquisa é de caráter qualitativo, a partir de um estudo de caso, utilizando-se de técnicas de coleta de dados por meio de entrevistas semi-estruturadas. Foram realizadas três entrevistas virtuais com questionários semiestruturados com moradores da comunidade e cinco com especialistas em cultura quilombola, serviços ecossistêmicos culturais e desenvolvimento local. Também foi feita uma triangulação de dados utilizando notícias de veículos de comunicação sobre a região e produções locais. Como resultado, foi possível inferir que que os impulsionadores endógenos para mudanças no modo de vida dessa população, isso é, as decisões que afetam direta e indiretamente a cultura tradicional local e os serviços ecossistêmicos que ela provê, foram, principalmente, de força político-econômica, com a expansão da fronteira agrícola do Matopiba e políticas públicas incapazes de garantir o direito às práticas culturais tradicionais da comunidade.This dissertation sought to investigate whether there has been a reduction in the availability and quality of ecosystem goods in the quilombo of Mumbuca in the state of Tocantins due to the advance, in recent years, of the agricultural frontier of Matopiba, an area in the northern Cerrado used by agribusiness companies for monoculture, located in the border territory of the states of Maranhão, Tocantins, Piauí and Bahia. The quilombo is situated in the area surrounding the Jalapão State Park (PEJ) located in the municipality of Mateiros, between the Serra Geral do Tocantins Ecological Station and the Nascentes do Rio Parnaíba National Park. This analysis was made under the lens of the cultural ecosystem services theory, understanding the contribution of the maintenance of the traditional quilombola culture to the territory. The methodology proposed for this research is qualitative, based on a case study, using data collection techniques through semi-structured interviews. Three virtual interviews with semi-structured questionnaires were carried out with community residents and five with experts in quilombola culture, cultural ecosystem services, and local development. A triangulation of data was also made using news from media vehicles about the region and local productions. As a result, it was possible to infer that the endogenous drivers for changes in the way of living of this population, that is, the decisions that directly and indirectly affect the traditional local culture and the ecosystem services it provides, were mainly of political-economic force, with the expansion of the agricultural frontier of Matopiba and public policies unable to guarantee the right to traditional cultural practices of the community.porQuilombola cultureIntangible damagesAgribusinessTraditional communitiesEcosystem servicesCultura quilombolaDanos imateriaisAgronegócioComunidades tradicionaisServiços ecossistêmicosAdministração de empresasQuilombolas - Usos e costumesAgroindústriaComunidade - DesenvolvimentoServiços ecossistêmicosDesenvolvimento sustentávelDanos imateriais do agronegócio no modo de vida quilombola: caso da comunidade de Mumbuca – TOinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório 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O presente trabalho buscou investigar os danos em dimensões imateriais dos modos de vida no quilombo da Mumbuca no estado do Tocantins como consequência dos impactos na disponibilidade e qualidade de bens ecossistêmicos pelo avanço, em anos recentes, da fronteira agrícola do Matopiba. Essa área no norte do Cerrado utilizada por empresas do agronegócio para monocultura é localizada no território de divisa dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O quilombo situa-se na área do entorno do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) localizado no município de Mateiros, entre a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Essa análise foi feita à luz da teoria de serviços ecossistêmicos culturais, entendendo a contribuição da manutenção da cultura tradicional quilombola para o território. A metodologia proposta para a presente pesquisa é de caráter qualitativo, a partir de um estudo de caso, utilizando-se de técnicas de coleta de dados por meio de entrevistas semi-estruturadas. Foram realizadas três entrevistas virtuais com questionários semiestruturados com moradores da comunidade e cinco com especialistas em cultura quilombola, serviços ecossistêmicos culturais e desenvolvimento local. Também foi feita uma triangulação de dados utilizando notícias de veículos de comunicação sobre a região e produções locais. Como resultado, foi possível inferir que que os impulsionadores endógenos para mudanças no modo de vida dessa população, isso é, as decisões que afetam direta e indiretamente a cultura tradicional local e os serviços ecossistêmicos que ela provê, foram, principalmente, de força político-econômica, com a expansão da fronteira agrícola do Matopiba e políticas públicas incapazes de garantir o direito às práticas culturais tradicionais da comunidade. |
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