Coerência e convergência regulatória no comércio exterior: o caso do Brasil frente a União Europeia e Estados Unidos com ênfase na experiência do Reino Unido: volume 2: convergência regulatória
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Relatório |
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Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10438/18732 |
Resumo: | A evolução do comércio internacional contemporâneo tem sido marcada por forças políticas e econômicas de integração e de fragmentação. Essas forças têm causado avanços e paralizações no interior do próprio sistema de comércio atual, a Organização Mundial do Comércio (OMC), e têm gerado a multiplicação de acordos preferenciais e a consequente fragmentação do marco regulatório do comércio internacional, cujas origens remontam ao período posterior à Segunda Guerra Mundial. A tendência à fragmentação do quadro regulatório do comércio internacional é reforçada pela realidade da dispersão produtiva e de distribuição e da formação de cadeias globais de valor, lideradas pelas empresas transnacionais que dominam a produção e o comércio internacional e a demanda por serviços altamente especializados. A fragmentação regulatória se acentua com a diversidade e o distanciamento dos modelos regulatórios dos diferentes países, desenvolvidos com maior ou menor compatibilidade aos mais influentes modelos regulatórios, dos EUA e da União Europeia, duas das mais tradicionais potencias do comércio global. Esses dois efeitos de fragmentação, por sua vez, de forma conjunta, trazem novos desafios para a OMC, que se refletem na incapacidade de seus membros quebrarem o impasse das negociações multilaterais e exacerbam a tendência de proliferação de acordos preferenciais de comércio (APCs), os quais se mostram instrumentos adequados a normatizar a nova realidade mundial. Em vista dessa realidade, o objetivo do presente Relatório é o de analisar as implicações do quadro atual de proliferação de acordos preferenciais de comércio (APCs) e a fragmentação regulatória, com foco nas tentativas de superação da própria fragmentação por meio de acordos de convergência e cooperação. Inicialmente serão tratados aspectos conceituais importantes, tais como regulação, coerência e cooperação internacional visando uma possível coerência, cooperação e convergência regulatória. O tema da regulação no sistema multilateral de comércio será examinado em seguida. Com essas considerações preliminares, o trabalho se concentrará na forma como os Estados inserem o tema da regulação nos APCs, com destaque para os acordos mais recentes. Por opção metodológica, o tipo de regulação analisado é aquele que interfere mais diretamente sobre o comércio de bens, ainda que se reconheça a importância de análise similar para regulação de outros setores, como, por exemplo, para o amplo universo dos serviços (e.g. telecomunicações, energia elétrica, serviços financeiros). O foco do Relatório compreende a análise das barreiras técnicas ao comércio (TBT) e as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS), principalmente no âmbito dos acordos preferenciais de comércio, os quais figuram, na atualidade, como principais instrumentos de criação do Direito Internacional. |
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Inicialmente serão tratados aspectos conceituais importantes, tais como regulação, coerência e cooperação internacional visando uma possível coerência, cooperação e convergência regulatória. O tema da regulação no sistema multilateral de comércio será examinado em seguida. Com essas considerações preliminares, o trabalho se concentrará na forma como os Estados inserem o tema da regulação nos APCs, com destaque para os acordos mais recentes. Por opção metodológica, o tipo de regulação analisado é aquele que interfere mais diretamente sobre o comércio de bens, ainda que se reconheça a importância de análise similar para regulação de outros setores, como, por exemplo, para o amplo universo dos serviços (e.g. telecomunicações, energia elétrica, serviços financeiros). O foco do Relatório compreende a análise das barreiras técnicas ao comércio (TBT) e as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS), principalmente no âmbito dos acordos preferenciais de comércio, os quais figuram, na atualidade, como principais instrumentos de criação do Direito Internacional.porCentro de Estudos do Comércio Global e Investimento (CCGI)Comércio internacionalAcordos preferenciais de comércioPoliticas regulatóriasCooperação internacionalEconomiaComércio exterior - RegulamentaçãoBarreiras não-tarifáriasTratados comerciaisTarifas alfandegárias preferenciaisCoerência e convergência regulatória no comércio exterior: o caso do Brasil frente a União Europeia e Estados Unidos com ênfase na experiência do Reino Unido: volume 2: convergência regulatóriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVTEXTCCGI_Thorstensen; Badin. 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A evolução do comércio internacional contemporâneo tem sido marcada por forças políticas e econômicas de integração e de fragmentação. Essas forças têm causado avanços e paralizações no interior do próprio sistema de comércio atual, a Organização Mundial do Comércio (OMC), e têm gerado a multiplicação de acordos preferenciais e a consequente fragmentação do marco regulatório do comércio internacional, cujas origens remontam ao período posterior à Segunda Guerra Mundial. A tendência à fragmentação do quadro regulatório do comércio internacional é reforçada pela realidade da dispersão produtiva e de distribuição e da formação de cadeias globais de valor, lideradas pelas empresas transnacionais que dominam a produção e o comércio internacional e a demanda por serviços altamente especializados. A fragmentação regulatória se acentua com a diversidade e o distanciamento dos modelos regulatórios dos diferentes países, desenvolvidos com maior ou menor compatibilidade aos mais influentes modelos regulatórios, dos EUA e da União Europeia, duas das mais tradicionais potencias do comércio global. Esses dois efeitos de fragmentação, por sua vez, de forma conjunta, trazem novos desafios para a OMC, que se refletem na incapacidade de seus membros quebrarem o impasse das negociações multilaterais e exacerbam a tendência de proliferação de acordos preferenciais de comércio (APCs), os quais se mostram instrumentos adequados a normatizar a nova realidade mundial. Em vista dessa realidade, o objetivo do presente Relatório é o de analisar as implicações do quadro atual de proliferação de acordos preferenciais de comércio (APCs) e a fragmentação regulatória, com foco nas tentativas de superação da própria fragmentação por meio de acordos de convergência e cooperação. Inicialmente serão tratados aspectos conceituais importantes, tais como regulação, coerência e cooperação internacional visando uma possível coerência, cooperação e convergência regulatória. O tema da regulação no sistema multilateral de comércio será examinado em seguida. Com essas considerações preliminares, o trabalho se concentrará na forma como os Estados inserem o tema da regulação nos APCs, com destaque para os acordos mais recentes. Por opção metodológica, o tipo de regulação analisado é aquele que interfere mais diretamente sobre o comércio de bens, ainda que se reconheça a importância de análise similar para regulação de outros setores, como, por exemplo, para o amplo universo dos serviços (e.g. telecomunicações, energia elétrica, serviços financeiros). O foco do Relatório compreende a análise das barreiras técnicas ao comércio (TBT) e as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS), principalmente no âmbito dos acordos preferenciais de comércio, os quais figuram, na atualidade, como principais instrumentos de criação do Direito Internacional. |
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