Essays on urban transportation economics
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/34762 |
Resumo: | Esta tese contém três ensaios independentes sobre a economia do transporte urbano. O fio condutor que une esses ensaios é a busca pela compreensão do papel que as velocidades de deslocamento desempenham na determinação de variáveis de relevância econômica. Especificamente, foco está na relação entre variação de velocidade e 1) a demanda por transporte público e 2) o valor do tempo de viagem (VTV). No primeiro capítulo, intitulado Os Custos do Deslocamento em Chuvas de Alta Intensidade: Evidências do Rio de Janeiro, estimo os impactos das chuvas de alta intensidade (CAI) na cidade do Rio de Janeiro sobre as velocidades dos ônibus e a demanda por transporte público. Encontro evidências que as CAI reduzem as velocidades médias dos ônibus nas horas de pico de 1,73% até 8,94% e que há um leve aumento na demanda pelo sistema de transporte público quando a cidade enfrenta uma CAI altamente disruptiva. Esse comportamento é consistente com a ideia de que essas diminuições exógenas na velocidade do sistema viário alteram a relação do custo de oportunidade do tempo entre os modos de transporte e, uma vez que o sistema ferroviário funciona como um seguro contra essas desacelerações, leva a uma maior adesão ao sistema de transporte público. Estimo que os custos anuais associados às CAI, medidos como o custo de oportunidade salarial das perdas de velocidade derivadas das chuvas, sejam de 678,00 milhões de reais, o que equivale a 0,20% do PIB do Rio e 3,57% do custo de oportunidade salarial total derivado do tráfego. No segundo capítulo, intitulado Diferenças de Velocidade dos Ônibus ao Longo do Dia: Evidências do Rio de Janeiro, apresento uma série de fatos estilizados e associações sobre a dinâmica diária das velocidades dos ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Encontro que o congestionamento desempenha um papel importante nas variações de velocidade intraurbana, ao contrário do que é reportado pela literatura em relação às variações de velocidade entre cidades, e que as horas de pico da tarde estão associadas à desacelerações desproporcionais e consistentes em comparação com suas equivalentes matinais. Comparo a variação observada de velocidade intradia com a literatura teórica sobre engarrafamentos e encontro evidências que apoiam o modelo proposto por Z.-C. Li, W. H. Lam e Wong(2014). No terceiro capítulo, intitulado Em Ponto: Tempo de Viagem e o Preço do Deslocamento no Brasil, forneço estimativas sobre o VTV derivado do deslocamento para três das maiores áreas metropolitanas do Brasil. Encontro que 1) demografia e congestionamento desempenham um papel importante na determinação do VTV de equilíbrio; 2) a regra prática, que valora o VTV entre 50% e 100% da taxa salarial, parece capturar o VTV médio das metrópoles; 3) o VTV das áreas metropolitanas brasileiras selecionadas varia entre 31,4% e 67,0% da taxa salarial; e 4) o alto grau de heterogeneidade não observada representa um obstáculo na interpolação das estimativas de VTV de uma área metropolitana para outra. Utilizo uma estrutura multinomial mixed logit aplicada a dados de pesquisa de preferência revelada origem-destino para fornecer essas descobertas. |
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Chaves Maia, Pedro HenriqueEscolas::EPGEMathes, Sophie MarieSant'Anna, Marcelo Castelo BrancoVieira, Renato Schwambach Costa, Adriano Borges Ferreira daBarsanetti, Bruno2024-01-22T20:08:20Z2024-01-22T20:08:20Z2023-12-19https://hdl.handle.net/10438/34762Esta tese contém três ensaios independentes sobre a economia do transporte urbano. O fio condutor que une esses ensaios é a busca pela compreensão do papel que as velocidades de deslocamento desempenham na determinação de variáveis de relevância econômica. Especificamente, foco está na relação entre variação de velocidade e 1) a demanda por transporte público e 2) o valor do tempo de viagem (VTV). No primeiro capítulo, intitulado Os Custos do Deslocamento em Chuvas de Alta Intensidade: Evidências do Rio de Janeiro, estimo os impactos das chuvas de alta intensidade (CAI) na cidade do Rio de Janeiro sobre as velocidades dos ônibus e a demanda por transporte público. Encontro evidências que as CAI reduzem as velocidades médias dos ônibus nas horas de pico de 1,73% até 8,94% e que há um leve aumento na demanda pelo sistema de transporte público quando a cidade enfrenta uma CAI altamente disruptiva. Esse comportamento é consistente com a ideia de que essas diminuições exógenas na velocidade do sistema viário alteram a relação do custo de oportunidade do tempo entre os modos de transporte e, uma vez que o sistema ferroviário funciona como um seguro contra essas desacelerações, leva a uma maior adesão ao sistema de transporte público. Estimo que os custos anuais associados às CAI, medidos como o custo de oportunidade salarial das perdas de velocidade derivadas das chuvas, sejam de 678,00 milhões de reais, o que equivale a 0,20% do PIB do Rio e 3,57% do custo de oportunidade salarial total derivado do tráfego. No segundo capítulo, intitulado Diferenças de Velocidade dos Ônibus ao Longo do Dia: Evidências do Rio de Janeiro, apresento uma série de fatos estilizados e associações sobre a dinâmica diária das velocidades dos ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Encontro que o congestionamento desempenha um papel importante nas variações de velocidade intraurbana, ao contrário do que é reportado pela literatura em relação às variações de velocidade entre cidades, e que as horas de pico da tarde estão associadas à desacelerações desproporcionais e consistentes em comparação com suas equivalentes matinais. Comparo a variação observada de velocidade intradia com a literatura teórica sobre engarrafamentos e encontro evidências que apoiam o modelo proposto por Z.-C. Li, W. H. Lam e Wong(2014). No terceiro capítulo, intitulado Em Ponto: Tempo de Viagem e o Preço do Deslocamento no Brasil, forneço estimativas sobre o VTV derivado do deslocamento para três das maiores áreas metropolitanas do Brasil. Encontro que 1) demografia e congestionamento desempenham um papel importante na determinação do VTV de equilíbrio; 2) a regra prática, que valora o VTV entre 50% e 100% da taxa salarial, parece capturar o VTV médio das metrópoles; 3) o VTV das áreas metropolitanas brasileiras selecionadas varia entre 31,4% e 67,0% da taxa salarial; e 4) o alto grau de heterogeneidade não observada representa um obstáculo na interpolação das estimativas de VTV de uma área metropolitana para outra. Utilizo uma estrutura multinomial mixed logit aplicada a dados de pesquisa de preferência revelada origem-destino para fornecer essas descobertas.This thesis contains three independent essays on urban transportation economics. The thread that unites these essays is the pursuit in understanding the role that commuting speeds have in determining variables of economic relevance. In specific, I focus on the link between speed variation and 1) the demand for public transportation, and 2) the value of travel time (VTT). In the first chapter, named The Commuting Costs of High-Intensity Rains: Evidence from Rio de Janeiro, I estimate the impacts of the recurrent high-intensity rains (HIRs) in the city of Rio de Janeiro on bus speeds and public transportation demand. I find that HIRs reduce peak hours bus average speeds by 1.73% to 8.94% and that there is a slight increase in demand for the public transportation system when the city undergoes a highly disruptive HIR. This behavior is consistent with the idea that these exogenous road system speed decreases change the relative opportunity cost of time between transportation modes and, since the rail system works as an insurance against such slowdowns, leads to higher adherence to the public transportation system. I estimate that the associated yearly welfare costs, measured as the wage opportunity cost of HIR-derived speed losses, is 678.00 million reais, which is equivalent to 0.20% of the GDP of Rio and 3.57% of its total traffic-derived wage opportunity cost. In the second chapter, named Bus Speed Differences Within a Day: Evidence from Rio de Janeiro, I provide a series of stylized facts and associations on the daily dynamics of bus speeds in the city of Rio de Janeiro. I find that congestion plays an important role in intracity speed variations, contrary to the findings in the literature regarding between-cities speed variations, and that evening rush hours are associated with disproportionate and consistent across-space slowdowns compared to their morning counterparts. I compare the observed intraday speed variation with the theoretical literature on bottleneck congestion and find evidence supporting the model proposed by Z.-C. Li, W. H. Lam and Wong(2014). In the third chapter, named In Time: Travel Time and the Price of Commute in Brazil, I provide empirically based estimates on the commute-derived VTT for three of the largest metropolitan areas in Brazil. I find that 1) demographics and congestion play an important role in determining the VTT in equilibrium; 2) the standard rule-of-thumb approach, which values the VTT between 50% and 100% of the wage rate, appears to broadly capture the average metropolis VTT; 3) the VTT of the selected Brazilian metropolitan areas ranges between 31.4% and 67.0% of the wage rate; and 4) the high degree of unobserved heterogeneity represents an obstacle in interpolating the VTT estimates from one metropolitan area to another. I use a multinomial mixed logit framework applied to a revealed preference origin-destination survey data to supply these findings.engPublic transportation systemHigh-intensity rainsRush hoursValue of travel timeSistema de transporte públicoChuvas de alta intensidadeValor do tempo de viagemHoras de picoEconomiaTransporte urbano – Aspectos econômicosChuvasInundaçõesPlanejamento urbano - BrasilEssays on urban transportation economicsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALPDFPDFapplication/pdf13445462https://repositorio.fgv.br/bitstreams/1f43f11e-011d-49c7-b1d1-fa907c06a6a9/downloadddb35476e612d78b7414a08e748db81eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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Transporte urbano – Aspectos econômicos Chuvas Inundações Planejamento urbano - Brasil |
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Esta tese contém três ensaios independentes sobre a economia do transporte urbano. O fio condutor que une esses ensaios é a busca pela compreensão do papel que as velocidades de deslocamento desempenham na determinação de variáveis de relevância econômica. Especificamente, foco está na relação entre variação de velocidade e 1) a demanda por transporte público e 2) o valor do tempo de viagem (VTV). No primeiro capítulo, intitulado Os Custos do Deslocamento em Chuvas de Alta Intensidade: Evidências do Rio de Janeiro, estimo os impactos das chuvas de alta intensidade (CAI) na cidade do Rio de Janeiro sobre as velocidades dos ônibus e a demanda por transporte público. Encontro evidências que as CAI reduzem as velocidades médias dos ônibus nas horas de pico de 1,73% até 8,94% e que há um leve aumento na demanda pelo sistema de transporte público quando a cidade enfrenta uma CAI altamente disruptiva. Esse comportamento é consistente com a ideia de que essas diminuições exógenas na velocidade do sistema viário alteram a relação do custo de oportunidade do tempo entre os modos de transporte e, uma vez que o sistema ferroviário funciona como um seguro contra essas desacelerações, leva a uma maior adesão ao sistema de transporte público. Estimo que os custos anuais associados às CAI, medidos como o custo de oportunidade salarial das perdas de velocidade derivadas das chuvas, sejam de 678,00 milhões de reais, o que equivale a 0,20% do PIB do Rio e 3,57% do custo de oportunidade salarial total derivado do tráfego. No segundo capítulo, intitulado Diferenças de Velocidade dos Ônibus ao Longo do Dia: Evidências do Rio de Janeiro, apresento uma série de fatos estilizados e associações sobre a dinâmica diária das velocidades dos ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Encontro que o congestionamento desempenha um papel importante nas variações de velocidade intraurbana, ao contrário do que é reportado pela literatura em relação às variações de velocidade entre cidades, e que as horas de pico da tarde estão associadas à desacelerações desproporcionais e consistentes em comparação com suas equivalentes matinais. Comparo a variação observada de velocidade intradia com a literatura teórica sobre engarrafamentos e encontro evidências que apoiam o modelo proposto por Z.-C. Li, W. H. Lam e Wong(2014). No terceiro capítulo, intitulado Em Ponto: Tempo de Viagem e o Preço do Deslocamento no Brasil, forneço estimativas sobre o VTV derivado do deslocamento para três das maiores áreas metropolitanas do Brasil. Encontro que 1) demografia e congestionamento desempenham um papel importante na determinação do VTV de equilíbrio; 2) a regra prática, que valora o VTV entre 50% e 100% da taxa salarial, parece capturar o VTV médio das metrópoles; 3) o VTV das áreas metropolitanas brasileiras selecionadas varia entre 31,4% e 67,0% da taxa salarial; e 4) o alto grau de heterogeneidade não observada representa um obstáculo na interpolação das estimativas de VTV de uma área metropolitana para outra. Utilizo uma estrutura multinomial mixed logit aplicada a dados de pesquisa de preferência revelada origem-destino para fornecer essas descobertas. |
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