A transformação do ambiente da saúde e o impacto na carreira médica no estado de São Paulo

• Autor(a) principal: Assumpção Neto, Jorge Corrêa de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/30395
• topic: carreira médica; superespecialização; autogestão de carreira; ambiente da saúde; medical career; overspecialization; health environment; career self-management; Saúde; Médicos, Salários, etc.; Profissões - Desenvolvimento; Recursos humanos na saúde; Saúde - Administração - São Paulo (Estado)

Este estudo tem por objetivo investigar a carreira médica sob diferentes conceitos não tradicionais, tais como o proteano e o sem fronteiras, tendo em vista as influências que as transformações no ambiente da saúde exercem nos dias atuais. A profissão vem sendo moldada ao longo da história, mas o enfoque principal deste trabalho compreendeu o período a partir do início do século XX com ênfase na formatação do ensino médico no Brasil, derivando para a constituição e desenvolvimento das especialidades médicas. Quanto ao objetivo geral, este estudo almeja avaliar a influência dos fatores internos e externos na carreira médica que podem levar à superespecialização ou diversificação em diferentes áreas. Os fatores internos e externos foram baseados na teoria dos dois fatores, classificados por fatores motivacionais e higiênicos. Com relação aos perfis, foram definidos os constructos de orientação de carreira superespecializada e diversificada. Assim, a questão de pesquisa compreendeu responder se os médicos atuantes no Estado de São Paulo buscam construir suas carreiras baseados na orientação voltada à superespecialização em detrimento de uma carreira voltada à diversificação do conhecimento médico. O procedimento metodológico adotado consistiu em estudo descritivo transversal com a aplicação de metodologia quantitativa sobre uma amostra aleatória de médicos atuantes no Estado de São Paulo, de todas as especialidades, com faixa etária acima de 26 anos de idade, visando extrair indicadores estatísticos e correlações diretas. Os resultados apontaram para o predomínio de profissionais com orientação de carreira voltada para a superespecialização, com tendência à formação linear. Concentram em suas atividades principais a área assistencial, demonstrando um grau de interesse importante quanto a visão empreendedora e a busca por ampliação de conhecimentos na área da gestão. Como informações adicionais, identificou-se diferentes reações em relação à diretriz de carreira por parte do gênero feminino, fruto do processo de feminização da medicina. O aumento do interesse no uso de novas tecnologias no período pós-COVID-19, também merece destaque.