“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/30770 |
Resumo: | O número de mulheres na alta liderança no Brasil não ultrapassa 13,5% e o questionamento é por que esse índice continua sendo tão inexpressivo, apesar de toda a crescente preocupação com a equidade de gênero nos meios acadêmico, social e organizacional. Pesquisas acadêmicas apontam que uma das principais causas desta desigualdade de gênero nas posições executivas se refere aos vieses de julgamento, fruto de estereótipos de gênero arraigados na sociedade. Para tanto, esta tese tem como objetivo compreender a influência dos estereótipos de gênero na escolha da nova liderança. Tal objetivo revela uma importante lacuna teórica no tema, que trata sobre a necessidade de pesquisas empíricas de cunho qualitativo que mostrem como esse processo acontece na dinâmica organizacional. A referência teórica que sustenta este trabalho usa como base a Psicologia Social e seu entendimento sobre o impacto do papel social e de estereótipos na organização. A tese é um estudo de caso único em uma grande organização de serviços profissionais, e contou com: 30 horas de observações em 10 reuniões de performance (686 profissionais avaliados), 80 entrevistas com gestores(as) da alta liderança e análise documental. Esta pesquisa foi estruturada a partir de uma abordagem qualitativa e utilizou o método da Análise Temática para sua investigação e entendimento do tema. O estudo confirmou a influência dos estereótipos de gênero na escolha da nova liderança, ao entender a dinâmica do processo seletivo. A pesquisa mostrou que os executivos escolhem seus pares a partir de características autodefinidas e pertencentes ao estereótipo masculino. Homens e mulheres, independentemente da categoria funcional, atribuem as características de controle emocional e autoconfiança como almejadas para a posição executiva, comportamentos esses identificados nos homens, e não associados às mulheres, vistas como descontroladas emocionalmente, conflitivas e frágeis. Entendendo que líder é homem, quando ocorre a incongruência desses estereótipos na liderança, é gerado o preconceito contra as mulheres, impactando em sua carreira, autoconfiança e na resiliência para lidarem com os desafios da conciliação de uma carreira executiva e suas demandas familiares. A desigualdade entre os gêneros na organização é vista como um problema social, restringindo a reflexão sobre possibilidades de mudança organizacional. |
id |
FGV_f57a1f87e479c89f7ccf61859c1428ac |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.fgv.br:10438/30770 |
network_acronym_str |
FGV |
network_name_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
repository_id_str |
3974 |
spelling |
Mota, Karen SpencerEscolas::EAESPCepellos, Vanessa MartinesMadalozzo, Regina C.Oltramari, AndreaTonelli, Maria José2021-06-24T19:07:59Z2021-06-24T19:07:59Z2021-05-27https://hdl.handle.net/10438/30770O número de mulheres na alta liderança no Brasil não ultrapassa 13,5% e o questionamento é por que esse índice continua sendo tão inexpressivo, apesar de toda a crescente preocupação com a equidade de gênero nos meios acadêmico, social e organizacional. Pesquisas acadêmicas apontam que uma das principais causas desta desigualdade de gênero nas posições executivas se refere aos vieses de julgamento, fruto de estereótipos de gênero arraigados na sociedade. Para tanto, esta tese tem como objetivo compreender a influência dos estereótipos de gênero na escolha da nova liderança. Tal objetivo revela uma importante lacuna teórica no tema, que trata sobre a necessidade de pesquisas empíricas de cunho qualitativo que mostrem como esse processo acontece na dinâmica organizacional. A referência teórica que sustenta este trabalho usa como base a Psicologia Social e seu entendimento sobre o impacto do papel social e de estereótipos na organização. A tese é um estudo de caso único em uma grande organização de serviços profissionais, e contou com: 30 horas de observações em 10 reuniões de performance (686 profissionais avaliados), 80 entrevistas com gestores(as) da alta liderança e análise documental. Esta pesquisa foi estruturada a partir de uma abordagem qualitativa e utilizou o método da Análise Temática para sua investigação e entendimento do tema. O estudo confirmou a influência dos estereótipos de gênero na escolha da nova liderança, ao entender a dinâmica do processo seletivo. A pesquisa mostrou que os executivos escolhem seus pares a partir de características autodefinidas e pertencentes ao estereótipo masculino. Homens e mulheres, independentemente da categoria funcional, atribuem as características de controle emocional e autoconfiança como almejadas para a posição executiva, comportamentos esses identificados nos homens, e não associados às mulheres, vistas como descontroladas emocionalmente, conflitivas e frágeis. Entendendo que líder é homem, quando ocorre a incongruência desses estereótipos na liderança, é gerado o preconceito contra as mulheres, impactando em sua carreira, autoconfiança e na resiliência para lidarem com os desafios da conciliação de uma carreira executiva e suas demandas familiares. A desigualdade entre os gêneros na organização é vista como um problema social, restringindo a reflexão sobre possibilidades de mudança organizacional.The number of women in top leadership in Brazil does not exceed 13.5% and the question is why this index remains so inexpressive, despite all the growing concern with gender equity in academic, social and organizational. Academic research indicates that one of the main causes of this gender inequality in executive positions is related to judgment biases, the result of gender stereotypes that are ingrained in society. To this end, this thesis aims to understand the influence of gender stereotypes in the choice of the new leadership. This objective reveals an important theoretical gap in the theme, which deals with the need for empirical research of a qualitative nature that shows how this process happens in the organizational dynamics. The theoretical reference that supports this work uses Social Psychology as a basis and its understanding of the impact of social role and stereotypes on the organization. The thesis is a unique case study in a large professional services organization, and included: 30 hours of observations in 10 performance meetings (686 evaluated professionals), 80 interviews with managers of high leadership and documentary analysis. This research was structured based on a qualitative approach and used the Thematic Analysis method for its investigation and understanding of the theme. The study confirmed the influence of gender stereotypes in the choice of the new leadership, by understanding the dynamics of the selection process. The survey showed that executives choose their peers based on self-defined characteristics that belong to the male stereotype. Men and women, regardless of the functional category, attribute the characteristics of emotional control and self-confidence as desired for the executive position, behaviors identified in men, and not associated with women, seen as emotionally uncontrolled, conflictive and fragile. Understanding that a leader is a man, when these stereotypes in leadership are incongruent, prejudice against women is generated, impacting their career, self-confidence and resilience to deal with the challenges of reconciling an executive career and their family demands. Inequality between genders in the organization is seen as a social problem, restricting the reflection on possibilities for organizational change.porStereotypesWomenLeadershipFirewallPrejudiceEstereótiposMulheresLiderançaFirewallPreconceitoAdministração de empresasMulheres nos negóciosLiderançaRelações de gêneroEstereótipo (Psicologia)Diversidade no ambiente de trabalho“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderançainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALTese Karen Spencer versão final 23.06.pdfTese Karen Spencer versão final 23.06.pdfPDFapplication/pdf1170219https://repositorio.fgv.br/bitstreams/90899ce1-2fdd-47e9-ab8e-1d6123d0e286/downloadeff8d05b140049516dfdd3bdfb612826MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/1eb7b35d-f07a-422c-8ed6-61ffe708a788/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTTese Karen Spencer versão final 23.06.pdf.txtTese Karen Spencer versão final 23.06.pdf.txtExtracted texttext/plain102908https://repositorio.fgv.br/bitstreams/36a99e3d-3689-47a0-9783-79bd4122f25f/downloade92c1958e005e2c8741095c49f97de27MD55THUMBNAILTese Karen Spencer versão final 23.06.pdf.jpgTese Karen Spencer versão final 23.06.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2466https://repositorio.fgv.br/bitstreams/b14d1025-be52-469b-b8eb-aa0755977cd1/downloade17b75d20f52ced4812176a109ee023fMD5610438/307702023-11-25 18:37:54.314embargooai:repositorio.fgv.br:10438/30770https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T18:37:54Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K |
dc.title.por.fl_str_mv |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança |
title |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança |
spellingShingle |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança Mota, Karen Spencer Stereotypes Women Leadership Firewall Prejudice Estereótipos Mulheres Liderança Firewall Preconceito Administração de empresas Mulheres nos negócios Liderança Relações de gênero Estereótipo (Psicologia) Diversidade no ambiente de trabalho |
title_short |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança |
title_full |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança |
title_fullStr |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança |
title_full_unstemmed |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança |
title_sort |
“Aqui, menina não entra!”: a influência dos estereótipos de gênero a escolha da alta liderança |
author |
Mota, Karen Spencer |
author_facet |
Mota, Karen Spencer |
author_role |
author |
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv |
Escolas::EAESP |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Cepellos, Vanessa Martines Madalozzo, Regina C. Oltramari, Andrea |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mota, Karen Spencer |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Tonelli, Maria José |
contributor_str_mv |
Tonelli, Maria José |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Stereotypes Women Leadership Firewall Prejudice |
topic |
Stereotypes Women Leadership Firewall Prejudice Estereótipos Mulheres Liderança Firewall Preconceito Administração de empresas Mulheres nos negócios Liderança Relações de gênero Estereótipo (Psicologia) Diversidade no ambiente de trabalho |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estereótipos Mulheres Liderança Firewall Preconceito |
dc.subject.area.por.fl_str_mv |
Administração de empresas |
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv |
Mulheres nos negócios Liderança Relações de gênero Estereótipo (Psicologia) Diversidade no ambiente de trabalho |
description |
O número de mulheres na alta liderança no Brasil não ultrapassa 13,5% e o questionamento é por que esse índice continua sendo tão inexpressivo, apesar de toda a crescente preocupação com a equidade de gênero nos meios acadêmico, social e organizacional. Pesquisas acadêmicas apontam que uma das principais causas desta desigualdade de gênero nas posições executivas se refere aos vieses de julgamento, fruto de estereótipos de gênero arraigados na sociedade. Para tanto, esta tese tem como objetivo compreender a influência dos estereótipos de gênero na escolha da nova liderança. Tal objetivo revela uma importante lacuna teórica no tema, que trata sobre a necessidade de pesquisas empíricas de cunho qualitativo que mostrem como esse processo acontece na dinâmica organizacional. A referência teórica que sustenta este trabalho usa como base a Psicologia Social e seu entendimento sobre o impacto do papel social e de estereótipos na organização. A tese é um estudo de caso único em uma grande organização de serviços profissionais, e contou com: 30 horas de observações em 10 reuniões de performance (686 profissionais avaliados), 80 entrevistas com gestores(as) da alta liderança e análise documental. Esta pesquisa foi estruturada a partir de uma abordagem qualitativa e utilizou o método da Análise Temática para sua investigação e entendimento do tema. O estudo confirmou a influência dos estereótipos de gênero na escolha da nova liderança, ao entender a dinâmica do processo seletivo. A pesquisa mostrou que os executivos escolhem seus pares a partir de características autodefinidas e pertencentes ao estereótipo masculino. Homens e mulheres, independentemente da categoria funcional, atribuem as características de controle emocional e autoconfiança como almejadas para a posição executiva, comportamentos esses identificados nos homens, e não associados às mulheres, vistas como descontroladas emocionalmente, conflitivas e frágeis. Entendendo que líder é homem, quando ocorre a incongruência desses estereótipos na liderança, é gerado o preconceito contra as mulheres, impactando em sua carreira, autoconfiança e na resiliência para lidarem com os desafios da conciliação de uma carreira executiva e suas demandas familiares. A desigualdade entre os gêneros na organização é vista como um problema social, restringindo a reflexão sobre possibilidades de mudança organizacional. |
publishDate |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-06-24T19:07:59Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-06-24T19:07:59Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-05-27 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://hdl.handle.net/10438/30770 |
url |
https://hdl.handle.net/10438/30770 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
collection |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/90899ce1-2fdd-47e9-ab8e-1d6123d0e286/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/1eb7b35d-f07a-422c-8ed6-61ffe708a788/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/36a99e3d-3689-47a0-9783-79bd4122f25f/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/b14d1025-be52-469b-b8eb-aa0755977cd1/download |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
eff8d05b140049516dfdd3bdfb612826 dfb340242cced38a6cca06c627998fa1 e92c1958e005e2c8741095c49f97de27 e17b75d20f52ced4812176a109ee023f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1810023782143754240 |