Os estados importam! Determinantes da cooperação subnacional nas políticas de educação e saúde do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, André Luis Nogueira da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/29647
Resumo: Este trabalho aborda o tema da cooperação intergovernamental nas políticas sociais do Brasil. A investigação recai sobre um tipo de relacionamento muito pouco explorado pela literatura nacional e internacional: a cooperação entre estados e municípios. Partindo da premissa institucional de que o comportamento dos atores políticos é emoldurado por fatores como o contexto, as ideias e a trajetória, presume-se duas características provenientes de sistemas federativos: a sobreposição de atribuições e a noção de interdependência entre os diversos níveis de governo. Estes atributos sugerem que a cooperação intergovernamental é fenômeno comum em federações. No caso brasileiro, o contexto federativo pós-1988 trouxe três níveis de governo com responsabilidades compartilhadas nas diversas políticas sociais, como educação, saúde e assistência social. Estas políticas dispõem de desenhos institucionais nacionais que foram se conformando ao longo do tempo, em diferentes ritmos e a partir da utilização de distintos instrumentos de coordenação federativa. Além de definirem o conteúdo das políticas, os normativos nacionais também estipularam a repartição de competências funcionais para os três entes federados. Nesta definição, os estados assumiram uma dupla função: de prestação de serviços e de coordenação das políticas municipais adotadas no seu território. Em termos de execução de serviços, as atribuições estaduais foram sobrepostas às competências municipais, exacerbando a sobreposição e aprofundando a necessidade de cooperação intergovernamental. As diferentes configurações do desenho das políticas de saúde (sistêmico) e educação (não sistêmico) trazem consigo distintos mecanismos institucionais, que teriam como objetivo a adoção de padrões nacionais na implementação de políticas por parte dos governos subnacionais. No entanto, a heterogeneidade é a regra quando se olha para as decisões estaduais. Esta tese argumenta que a diversidade interestadual é proveniente da autonomia conferida pelas instituições federativas e pelo desenho nacional das políticas sociais. Ela analisa a cooperação dos estados junto aos municípios nas políticas de educação e saúde, buscando identificar determinantes que configuram esta relação intergovernamental. O percurso investigativo assume uma perspectiva comparada a partir da utilização de métodos mistos. A abordagem quantitativa examina a cooperação estado-local nas 26 unidades da federação. Considerando os postulados da literatura e o desenho institucional de cada um das políticas, construímos o Índice de Cooperação Estado-Local (ICE), para mensurar o nível de institucionalização deste fenômeno cooperativo. O ICE serviu também para escolhermos dois estados que registraram níveis extremos de cooperação, que foram objeto de estudo em profundidade nas duas políticas: Rio Grande do Norte e Ceará. Os principais achados da pesquisa atestam que fatores estruturais não explicam o nível de institucionalização da cooperação estado-local. Ademais, o desenho nacional da política importa, mas não é suficiente para induzir a atuação cooperativa dos governos estaduais. Na verdade, são fatores do contexto histórico e político do estado os principais determinantes da cooperação vertical no contexto subnacional. Sendo mais específico, é a interação de características da trajetória histórica da polícia no estado, da existência/atuação de policy communities subnacionais e do perfil da liderança política estadual o que explica o nível de institucionalização da cooperação vertical subnacional nas políticas de educação e saúde do Brasil.
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No caso brasileiro, o contexto federativo pós-1988 trouxe três níveis de governo com responsabilidades compartilhadas nas diversas políticas sociais, como educação, saúde e assistência social. Estas políticas dispõem de desenhos institucionais nacionais que foram se conformando ao longo do tempo, em diferentes ritmos e a partir da utilização de distintos instrumentos de coordenação federativa. Além de definirem o conteúdo das políticas, os normativos nacionais também estipularam a repartição de competências funcionais para os três entes federados. Nesta definição, os estados assumiram uma dupla função: de prestação de serviços e de coordenação das políticas municipais adotadas no seu território. Em termos de execução de serviços, as atribuições estaduais foram sobrepostas às competências municipais, exacerbando a sobreposição e aprofundando a necessidade de cooperação intergovernamental. 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Considerando os postulados da literatura e o desenho institucional de cada um das políticas, construímos o Índice de Cooperação Estado-Local (ICE), para mensurar o nível de institucionalização deste fenômeno cooperativo. O ICE serviu também para escolhermos dois estados que registraram níveis extremos de cooperação, que foram objeto de estudo em profundidade nas duas políticas: Rio Grande do Norte e Ceará. Os principais achados da pesquisa atestam que fatores estruturais não explicam o nível de institucionalização da cooperação estado-local. Ademais, o desenho nacional da política importa, mas não é suficiente para induzir a atuação cooperativa dos governos estaduais. Na verdade, são fatores do contexto histórico e político do estado os principais determinantes da cooperação vertical no contexto subnacional. Sendo mais específico, é a interação de características da trajetória histórica da polícia no estado, da existência/atuação de policy communities subnacionais e do perfil da liderança política estadual o que explica o nível de institucionalização da cooperação vertical subnacional nas políticas de educação e saúde do Brasil.This paper addresses the theme of intergovernmental cooperation in social policies in Brazil. The investigation deals with a type of relationship that is little explored in national and international literature: cooperation between states and municipalities. Based on the institutional premise that the behavior of political actors is framed by factors such as context, ideas and trajectory, two characteristics are assumed from federative systems: the overlapping of attributions and the notion of interdependence between the different levels of government. These attributes suggest that intergovernmental cooperation is a common phenomenon in federations. In the Brazilian case, the post-1988 federative context brought three levels of government with shared responsibilities in different social policies, such as education, health and social assistance. These policies have national institutional designs that have been conforming over time, at different rates and from the use of different instruments of federative coordination. In addition to defining the content of the policies, the national regulations also stipulated the allocation of functional competences for the three federated entities. In this definition, the states assumed a dual function: providing services and coordinating municipal policies adopted in their territory. In terms of service delivery, state responsibilities were superimposed on municipal competences, exacerbating the overlap and deepening the need for intergovernmental cooperation. The different configurations of the design of health (systemic) and education (non-systemic) policies bring with them different institutional mechanisms, which would aim at the adoption of national standards in the implementation of policies by subnational governments. However, the heterogeneity is the rule when looking at state decisions. This thesis argues that interstate diversity derives from the autonomy conferred by federative institutions and the national design of social policies. It analyzes the cooperation of states with municipalities in education and health policies, seeking to identify determinants that shape this intergovernmental relationship. The investigative path takes a comparative perspective through the use of mixed methods. The quantitative approach examines state-local cooperation in the 26 units of the federation. Considering the literature postulates and the institutional design of each of the policies, we built the State-Local Cooperation Index (ICE), to measure the level of institutionalization of this cooperative phenomenon. The ICE also served to choose two states that registered extreme levels of cooperation, which were the subject of an in-depth study of the two policies: Rio Grande do Norte and Ceará. The main findings of the research indicate that structural factors do not explain the level of institutionalization of state-local cooperation. Furthermore, the national design of the policy matters, but it is not enough to induce the cooperative action of state governments. In fact, factors of the state's historical and political context are the main determinants of vertical cooperation in the subnational context. More specifically, it is the interaction of characteristics of the historical trajectory of the police in the state, the existence / acting of subnational policy communities and the profile of state political leadership, which explains the level of institutionalization of subnational vertical cooperation in education and health policies in Brazil.porIntergovernmental cooperationFederalismState governmentsSocial policiesEducationHealthCooperação intergovernamentalFederalismoGovernos estaduaisPolíticas sociaisEducaçãoSaúdeAdministração públicaFederalismo - BrasilCooperação intergovernamentalEducação e EstadoPolítica de saúde - BrasilPolíticas públicas - BrasilOs estados importam! Determinantes da cooperação subnacional nas políticas de educação e saúde do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVTEXTOS ESTADOS IMPORTAM! Determinantes da Cooperação Subnacional nas Politicas de Educação e Saúde do Brasil.pdf.txtOS ESTADOS IMPORTAM! Determinantes da Cooperação Subnacional nas Politicas de Educação e Saúde do Brasil.pdf.txtExtracted texttext/plain103553https://repositorio.fgv.br/bitstreams/d79f6c79-76d2-4732-ae70-2c819b303e0d/download2ea573a63cb13678b2961fad62d9bc43MD55THUMBNAILOS ESTADOS IMPORTAM! Determinantes da Cooperação Subnacional nas Politicas de Educação e Saúde do Brasil.pdf.jpgOS ESTADOS IMPORTAM! 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Política de saúde - Brasil
Políticas públicas - Brasil
description Este trabalho aborda o tema da cooperação intergovernamental nas políticas sociais do Brasil. A investigação recai sobre um tipo de relacionamento muito pouco explorado pela literatura nacional e internacional: a cooperação entre estados e municípios. Partindo da premissa institucional de que o comportamento dos atores políticos é emoldurado por fatores como o contexto, as ideias e a trajetória, presume-se duas características provenientes de sistemas federativos: a sobreposição de atribuições e a noção de interdependência entre os diversos níveis de governo. Estes atributos sugerem que a cooperação intergovernamental é fenômeno comum em federações. No caso brasileiro, o contexto federativo pós-1988 trouxe três níveis de governo com responsabilidades compartilhadas nas diversas políticas sociais, como educação, saúde e assistência social. Estas políticas dispõem de desenhos institucionais nacionais que foram se conformando ao longo do tempo, em diferentes ritmos e a partir da utilização de distintos instrumentos de coordenação federativa. Além de definirem o conteúdo das políticas, os normativos nacionais também estipularam a repartição de competências funcionais para os três entes federados. Nesta definição, os estados assumiram uma dupla função: de prestação de serviços e de coordenação das políticas municipais adotadas no seu território. Em termos de execução de serviços, as atribuições estaduais foram sobrepostas às competências municipais, exacerbando a sobreposição e aprofundando a necessidade de cooperação intergovernamental. As diferentes configurações do desenho das políticas de saúde (sistêmico) e educação (não sistêmico) trazem consigo distintos mecanismos institucionais, que teriam como objetivo a adoção de padrões nacionais na implementação de políticas por parte dos governos subnacionais. No entanto, a heterogeneidade é a regra quando se olha para as decisões estaduais. Esta tese argumenta que a diversidade interestadual é proveniente da autonomia conferida pelas instituições federativas e pelo desenho nacional das políticas sociais. Ela analisa a cooperação dos estados junto aos municípios nas políticas de educação e saúde, buscando identificar determinantes que configuram esta relação intergovernamental. O percurso investigativo assume uma perspectiva comparada a partir da utilização de métodos mistos. A abordagem quantitativa examina a cooperação estado-local nas 26 unidades da federação. Considerando os postulados da literatura e o desenho institucional de cada um das políticas, construímos o Índice de Cooperação Estado-Local (ICE), para mensurar o nível de institucionalização deste fenômeno cooperativo. O ICE serviu também para escolhermos dois estados que registraram níveis extremos de cooperação, que foram objeto de estudo em profundidade nas duas políticas: Rio Grande do Norte e Ceará. Os principais achados da pesquisa atestam que fatores estruturais não explicam o nível de institucionalização da cooperação estado-local. Ademais, o desenho nacional da política importa, mas não é suficiente para induzir a atuação cooperativa dos governos estaduais. Na verdade, são fatores do contexto histórico e político do estado os principais determinantes da cooperação vertical no contexto subnacional. Sendo mais específico, é a interação de características da trajetória histórica da polícia no estado, da existência/atuação de policy communities subnacionais e do perfil da liderança política estadual o que explica o nível de institucionalização da cooperação vertical subnacional nas políticas de educação e saúde do Brasil.
publishDate 2020
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