História da Reforma Gerencial do Estado de 1995

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Leonardo Queiroz
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/27464
Resumo: O objetivo desta tese é resgatar a trajetória da Reforma Gerencial do Estado de 1995 no Brasil. Adotamos um foco analítico nos anos em que o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE) operou durante o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, para estabelecer uma história daquele processo político-institucional, com foco na formulação geral da Reforma e na ação do Ministério. Para isso, identificamos as estratégias e os principais obstáculos enfrentados nesse percurso, trazendo um entendimento mais detalhado e aprofundado sobre as fontes, atores e influências - internas e internacionais - que moldaram a ação do MARE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com ampla prevalência das técnicas de história oral materializadas em entrevistas em profundidade, semiestruturadas, que visam resgatar e reconstruir elementos essenciais desse processo, sempre buscando “dar voz aos atores” que o protagonizaram. No âmbito internacional, verificamos que a Reforma Gerencial de 1995 valeu-se amplamente de possibilidades de aprendizado e assimilação adaptativa de ideias e práticas internacionais bem sucedidas em matéria de Reforma Gerencial de 1995 ao buscar conhecê-las diretamente, movimentação que gerou um diálogo estreito com alguns países e organizações internacionais. Dessa maneira, identificamos processos de cooperação técnica internacional que a Reforma Gerencial de 1995 alcançou, com destaque para os laços estabelecidos com a Grã-Bretanha, país de onde veio a inspiração mais relevante para a reforma brasileira e que gerou a absorção de knowhow e técnicas para o projeto reformista do MARE, e com o BID, instituição que ajudou a financiar projetos e constitui-se em um importante interlocutor de ideias da Reforma Gerencial de 1995. Ademais, discutimos os fundamentos teóricos da Reforma Gerencial de 1995 comparando-a com uma corrente internacional de debates intelectuais e um conjunto de conceitos, ferramentas e técnicas de gestão sintetizados no conceito “guarda-chuva” da New Public Management (NPM). Para isso, analisamos suas semelhanças e diferenças, realçando a característica de originalidade e adaptação criativa da Reforma Gerencial Brasileira de 1995. A pesquisa identificou que a Reforma Gerencial de 1995 está teoricamente situada no âmbito de um “modelo estrutural de governança e gerência pública” teorizado por BresserPereira e que apresenta características próprias que a diferem substancialmente da NPM. Essa diferenciação é nítida ao constatarmos que Reforma Gerencial de 1995 estabeleceu um desenho institucional do Estado brasileiro dividido em setores, formas de propriedade e de gestão próprios e adaptados ao novo paradigma da Administração Pública Gerencial, delimitando um “núcleo estratégico do Estado” e ampliando o “espaço público não-estatal” destinado à gestão e prestação compartilhada de serviços públicos entre o Estado e a sociedade civil. Portanto, a expectativa é contribuir para os estudos do campo científico da Administração Pública ao resgatar o momento de construção de uma reforma paradigmática do Estado brasileiro, destacando o papel, a influência e o alcance das ideias e das ações dos seus atores, enfatizando a existência de um modelo teórico próprio que deu vida à Reforma Gerencial de 1995 a partir do diálogo e adaptação de grandes tendências internacionais da época.
id FGV_ffd9cf7d61b0371fdb1b85dc99c452da
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/27464
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Leite, Leonardo QueirozEscolas::EAESPPacheco, Regina Silvia Viotto MonteiroCoelho, Fernando de SouzaLevy, EvelynMartins, Humberto FalcãoBresser-Pereira, Luiz Carlos2019-05-27T13:17:16Z2019-05-27T13:17:16Z2019-04-29https://hdl.handle.net/10438/27464O objetivo desta tese é resgatar a trajetória da Reforma Gerencial do Estado de 1995 no Brasil. Adotamos um foco analítico nos anos em que o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE) operou durante o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, para estabelecer uma história daquele processo político-institucional, com foco na formulação geral da Reforma e na ação do Ministério. Para isso, identificamos as estratégias e os principais obstáculos enfrentados nesse percurso, trazendo um entendimento mais detalhado e aprofundado sobre as fontes, atores e influências - internas e internacionais - que moldaram a ação do MARE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com ampla prevalência das técnicas de história oral materializadas em entrevistas em profundidade, semiestruturadas, que visam resgatar e reconstruir elementos essenciais desse processo, sempre buscando “dar voz aos atores” que o protagonizaram. No âmbito internacional, verificamos que a Reforma Gerencial de 1995 valeu-se amplamente de possibilidades de aprendizado e assimilação adaptativa de ideias e práticas internacionais bem sucedidas em matéria de Reforma Gerencial de 1995 ao buscar conhecê-las diretamente, movimentação que gerou um diálogo estreito com alguns países e organizações internacionais. Dessa maneira, identificamos processos de cooperação técnica internacional que a Reforma Gerencial de 1995 alcançou, com destaque para os laços estabelecidos com a Grã-Bretanha, país de onde veio a inspiração mais relevante para a reforma brasileira e que gerou a absorção de knowhow e técnicas para o projeto reformista do MARE, e com o BID, instituição que ajudou a financiar projetos e constitui-se em um importante interlocutor de ideias da Reforma Gerencial de 1995. Ademais, discutimos os fundamentos teóricos da Reforma Gerencial de 1995 comparando-a com uma corrente internacional de debates intelectuais e um conjunto de conceitos, ferramentas e técnicas de gestão sintetizados no conceito “guarda-chuva” da New Public Management (NPM). Para isso, analisamos suas semelhanças e diferenças, realçando a característica de originalidade e adaptação criativa da Reforma Gerencial Brasileira de 1995. A pesquisa identificou que a Reforma Gerencial de 1995 está teoricamente situada no âmbito de um “modelo estrutural de governança e gerência pública” teorizado por BresserPereira e que apresenta características próprias que a diferem substancialmente da NPM. Essa diferenciação é nítida ao constatarmos que Reforma Gerencial de 1995 estabeleceu um desenho institucional do Estado brasileiro dividido em setores, formas de propriedade e de gestão próprios e adaptados ao novo paradigma da Administração Pública Gerencial, delimitando um “núcleo estratégico do Estado” e ampliando o “espaço público não-estatal” destinado à gestão e prestação compartilhada de serviços públicos entre o Estado e a sociedade civil. Portanto, a expectativa é contribuir para os estudos do campo científico da Administração Pública ao resgatar o momento de construção de uma reforma paradigmática do Estado brasileiro, destacando o papel, a influência e o alcance das ideias e das ações dos seus atores, enfatizando a existência de um modelo teórico próprio que deu vida à Reforma Gerencial de 1995 a partir do diálogo e adaptação de grandes tendências internacionais da época.The essential objective of this thesis is to rescue the trajectory of the 1995 State Management Reform in Brazil. We adopted an analytical focus in the years in which the Ministry of Federal Administration and State Reform (MARE) operated, between 1995 and 1998, to establish a history of that process, focusing on the general formulation of the Reform and the action of the Ministry. To do this, we identified the strategies and main obstacles faced in this process, bringing a more detailed and in-depth understanding of the sources, actors and internal and international influences that shaped MARE's action. This is a qualitative research, with a wide prevalence of oral history techniques materialized in in-depth, semi-structured interviews, aiming to rescue and reconstruct essential elements of this process, always seeking to "give voice to the actors" who played important roles within that reformist context. At the international level, we verified that the 1995 Managerial Reform widely explored the possibilities of policy learning and adaptive assimilation of successful international ideas, experiences and practices in the matter of 1995 Managerial Reform by seeking to know them directly, a move that produced a close dialogue with some countries and international organizations. In this way, we identified processes of international technical cooperation that the Management Reform achieved, especially the ties established with Great Britain, the country from which the most relevant inspiration for the Brazilian reform came, and which generated the absorption of know-how and techniques for the reform project of MARE, and with the Interamerican Development Bank (IADB), a multilateral institution that financed projects and was an important interlocutor of ideas for Management Reform. In addition, we discuss the theoretical foundations of Management Reform by comparing it with an international chain of intellectual debates and a set of concepts, tools and management techniques synthesized in the "umbrella concept" of New Public Management (NPM). For this, we analyze their similarities and differences, highlighting the characteristic of originality and creative adaptation of the 1995 Brazilian Management Reform. The research identified that the 1995 Managerial Reform is theoretically situated in the framework of a "structural model of governance and public management" theorized by Bresser-Pereira and that has its own characteristics that differ substantially from NPM. This differentiation is clear when we find that Management Reform established an institutional design of the Brazilian State divided into sectors, specific forms of property and management, adapted to the Public Management, delimiting a "strategic nucleus of the State" and expanding the "non-state public space" for the management and shared provision of public services between the State and organized civil society. Therefore, the expectation is to contribute to the studies of the scientific field of Public Administration by rescuing the moment of construction of a paradigmatic reform of the Brazilian State, highlighting the role, influence and reach of the ideas and actions of its actors, emphasizing the existence of a theoretical model that gave life to the 1995 Management Reform based on the dialogue and adaptation of major international trends of the time.porCardoso administration (FHC)1995 Managerial reformManagerial publicAdministrationNew public managementMaster Plan of the Reform of the State ApparatusHistory of the Brazilian Public AdministrationPublic managementPublic Policy - BrazilGoverno FHCReforma gerencial de 1995Administração pública gerencialMinistério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE)Plano Diretor da Reforma do Aparelho de EstadoHistória da Administração Pública BrasileiraGestão públicaPolíticas públicas - BrasilAdministração públicaReforma administrativa - BrasilAdministração pública - Brasil - HistóriaBrasil. Ministério da Administração Federal e Reforma do EstadoPlanejamento governamentalPolíticas públicas - BrasilHistória da Reforma Gerencial do Estado de 1995info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALLEITE (2019) - História da RG de 95 - versão final.pdfLEITE (2019) - História da RG de 95 - versão final.pdfPDFapplication/pdf2043677https://repositorio.fgv.br/bitstreams/4f01fec5-ceb1-428b-916b-5bb5917cc839/downloada8312943daf9d4720f585a4355493e4dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/31840a2c-39d7-4244-a1d7-544f6618fe5d/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTLEITE (2019) - História da RG de 95 - versão final.pdf.txtLEITE (2019) - História da RG de 95 - versão final.pdf.txtExtracted texttext/plain102948https://repositorio.fgv.br/bitstreams/c1a8a549-01e3-4eb6-9740-79531ebdd5e1/downloada36887d586b2b0a7bf24b1148580c1b0MD55THUMBNAILLEITE (2019) - História da RG de 95 - versão final.pdf.jpgLEITE (2019) - História da RG de 95 - versão final.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2751https://repositorio.fgv.br/bitstreams/8b50f6c9-6776-4631-b5f2-bb4fa1fa1e7e/download0870d0dd91c94570c4eff1f5c1e7feebMD5610438/274642023-11-25 01:14:34.054restrictedoai:repositorio.fgv.br:10438/27464https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T01:14:34Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
title História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
spellingShingle História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
Leite, Leonardo Queiroz
Cardoso administration (FHC)
1995 Managerial reform
Managerial public
Administration
New public management
Master Plan of the Reform of the State Apparatus
History of the Brazilian Public Administration
Public management
Public Policy - Brazil
Governo FHC
Reforma gerencial de 1995
Administração pública gerencial
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE)
Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado
História da Administração Pública Brasileira
Gestão pública
Políticas públicas - Brasil
Administração pública
Reforma administrativa - Brasil
Administração pública - Brasil - História
Brasil. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado
Planejamento governamental
Políticas públicas - Brasil
title_short História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
title_full História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
title_fullStr História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
title_full_unstemmed História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
title_sort História da Reforma Gerencial do Estado de 1995
author Leite, Leonardo Queiroz
author_facet Leite, Leonardo Queiroz
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EAESP
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Pacheco, Regina Silvia Viotto Monteiro
Coelho, Fernando de Souza
Levy, Evelyn
Martins, Humberto Falcão
dc.contributor.author.fl_str_mv Leite, Leonardo Queiroz
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bresser-Pereira, Luiz Carlos
contributor_str_mv Bresser-Pereira, Luiz Carlos
dc.subject.eng.fl_str_mv Cardoso administration (FHC)
1995 Managerial reform
Managerial public
Administration
New public management
Master Plan of the Reform of the State Apparatus
History of the Brazilian Public Administration
Public management
Public Policy - Brazil
topic Cardoso administration (FHC)
1995 Managerial reform
Managerial public
Administration
New public management
Master Plan of the Reform of the State Apparatus
History of the Brazilian Public Administration
Public management
Public Policy - Brazil
Governo FHC
Reforma gerencial de 1995
Administração pública gerencial
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE)
Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado
História da Administração Pública Brasileira
Gestão pública
Políticas públicas - Brasil
Administração pública
Reforma administrativa - Brasil
Administração pública - Brasil - História
Brasil. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado
Planejamento governamental
Políticas públicas - Brasil
dc.subject.por.fl_str_mv Governo FHC
Reforma gerencial de 1995
Administração pública gerencial
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE)
Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado
História da Administração Pública Brasileira
Gestão pública
Políticas públicas - Brasil
dc.subject.area.por.fl_str_mv Administração pública
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Reforma administrativa - Brasil
Administração pública - Brasil - História
Brasil. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado
Planejamento governamental
Políticas públicas - Brasil
description O objetivo desta tese é resgatar a trajetória da Reforma Gerencial do Estado de 1995 no Brasil. Adotamos um foco analítico nos anos em que o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE) operou durante o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, para estabelecer uma história daquele processo político-institucional, com foco na formulação geral da Reforma e na ação do Ministério. Para isso, identificamos as estratégias e os principais obstáculos enfrentados nesse percurso, trazendo um entendimento mais detalhado e aprofundado sobre as fontes, atores e influências - internas e internacionais - que moldaram a ação do MARE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com ampla prevalência das técnicas de história oral materializadas em entrevistas em profundidade, semiestruturadas, que visam resgatar e reconstruir elementos essenciais desse processo, sempre buscando “dar voz aos atores” que o protagonizaram. No âmbito internacional, verificamos que a Reforma Gerencial de 1995 valeu-se amplamente de possibilidades de aprendizado e assimilação adaptativa de ideias e práticas internacionais bem sucedidas em matéria de Reforma Gerencial de 1995 ao buscar conhecê-las diretamente, movimentação que gerou um diálogo estreito com alguns países e organizações internacionais. Dessa maneira, identificamos processos de cooperação técnica internacional que a Reforma Gerencial de 1995 alcançou, com destaque para os laços estabelecidos com a Grã-Bretanha, país de onde veio a inspiração mais relevante para a reforma brasileira e que gerou a absorção de knowhow e técnicas para o projeto reformista do MARE, e com o BID, instituição que ajudou a financiar projetos e constitui-se em um importante interlocutor de ideias da Reforma Gerencial de 1995. Ademais, discutimos os fundamentos teóricos da Reforma Gerencial de 1995 comparando-a com uma corrente internacional de debates intelectuais e um conjunto de conceitos, ferramentas e técnicas de gestão sintetizados no conceito “guarda-chuva” da New Public Management (NPM). Para isso, analisamos suas semelhanças e diferenças, realçando a característica de originalidade e adaptação criativa da Reforma Gerencial Brasileira de 1995. A pesquisa identificou que a Reforma Gerencial de 1995 está teoricamente situada no âmbito de um “modelo estrutural de governança e gerência pública” teorizado por BresserPereira e que apresenta características próprias que a diferem substancialmente da NPM. Essa diferenciação é nítida ao constatarmos que Reforma Gerencial de 1995 estabeleceu um desenho institucional do Estado brasileiro dividido em setores, formas de propriedade e de gestão próprios e adaptados ao novo paradigma da Administração Pública Gerencial, delimitando um “núcleo estratégico do Estado” e ampliando o “espaço público não-estatal” destinado à gestão e prestação compartilhada de serviços públicos entre o Estado e a sociedade civil. Portanto, a expectativa é contribuir para os estudos do campo científico da Administração Pública ao resgatar o momento de construção de uma reforma paradigmática do Estado brasileiro, destacando o papel, a influência e o alcance das ideias e das ações dos seus atores, enfatizando a existência de um modelo teórico próprio que deu vida à Reforma Gerencial de 1995 a partir do diálogo e adaptação de grandes tendências internacionais da época.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-05-27T13:17:16Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-05-27T13:17:16Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-04-29
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/27464
url https://hdl.handle.net/10438/27464
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/4f01fec5-ceb1-428b-916b-5bb5917cc839/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/31840a2c-39d7-4244-a1d7-544f6618fe5d/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/c1a8a549-01e3-4eb6-9740-79531ebdd5e1/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/8b50f6c9-6776-4631-b5f2-bb4fa1fa1e7e/download
bitstream.checksum.fl_str_mv a8312943daf9d4720f585a4355493e4d
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
a36887d586b2b0a7bf24b1148580c1b0
0870d0dd91c94570c4eff1f5c1e7feeb
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1819893365491105792