South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Parágrafo |
Texto Completo: | https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/177 |
Resumo: | Este artigo apresenta parte dos esforços empreendidos para análise da construção social contemporânea das celebridades, bem como o papel que elas exercem na civilização midiática. Para tanto, debruçamo-nos sobre o programa televisivo norte-americano South Park, uma animação que se dedica a caricaturá-las. Trabalhamos com a hipótese de que o ídolo é um simulacro que não resiste í profanação do humor. Nesse sentido, tomamos como principal referencial teórico-investigativo os conceitos de "dispositivo" e "profanação" de Giorgio Agamben, para quem a caricatura presente nos cartoons desvela o caráter humano e ordinário do ídolo, removendo o véu da fantasia que o sacraliza. Mas mobilizamos também, como outros operadores conceituais, o "real" lacaniano, uma vez que, por definição, ele não se deixa desprender nem do imaginário nem do simbólico e também a noção de sujeito cínico, conforme desenvolvido por Slavoj Žižek, o que nos leva a elaborar uma outra hipótese, a de que o engajamento na modalização profanatória do programa pode não ocorrer em razão justamente dessa recepção cínica por parte de sua audiência. O corpus selecionado para análise constitui-se de 71 episódios de 22 minutos de duração, selecionados dentre mais de 200 do referido programa, exibidos entre 1997 e 2011 e também o longa-metragem, South Park: maior, melhor e sem cortes (1999). A seleção recorta principalmente os episódios que se prestam particularmente ao que se pretende demonstrar. |
id |
FIAMFAAM-1_4371c5899530c87320d02b8c47fb69b4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.revistaseletronicas.fiamfaam.br:article/177 |
network_acronym_str |
FIAMFAAM-1 |
network_name_str |
Parágrafo |
repository_id_str |
|
spelling |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System?Este artigo apresenta parte dos esforços empreendidos para análise da construção social contemporânea das celebridades, bem como o papel que elas exercem na civilização midiática. Para tanto, debruçamo-nos sobre o programa televisivo norte-americano South Park, uma animação que se dedica a caricaturá-las. Trabalhamos com a hipótese de que o ídolo é um simulacro que não resiste í profanação do humor. Nesse sentido, tomamos como principal referencial teórico-investigativo os conceitos de "dispositivo" e "profanação" de Giorgio Agamben, para quem a caricatura presente nos cartoons desvela o caráter humano e ordinário do ídolo, removendo o véu da fantasia que o sacraliza. Mas mobilizamos também, como outros operadores conceituais, o "real" lacaniano, uma vez que, por definição, ele não se deixa desprender nem do imaginário nem do simbólico e também a noção de sujeito cínico, conforme desenvolvido por Slavoj Žižek, o que nos leva a elaborar uma outra hipótese, a de que o engajamento na modalização profanatória do programa pode não ocorrer em razão justamente dessa recepção cínica por parte de sua audiência. O corpus selecionado para análise constitui-se de 71 episódios de 22 minutos de duração, selecionados dentre mais de 200 do referido programa, exibidos entre 1997 e 2011 e também o longa-metragem, South Park: maior, melhor e sem cortes (1999). A seleção recorta principalmente os episódios que se prestam particularmente ao que se pretende demonstrar.Parágrafo2013-11-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/177Parágrafo; v. 1 n. 2 (2013): Revista Parágrafo: Julho-Dezembro de 2013; 39-532317-4919reponame:Parágrafoinstname:Centro Universitário FIAM-FAAMinstacron:FIAMFAAMporhttps://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/177/240Oliveira, Erico Fernandoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-01-20T22:03:46ZRevistahttps://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofiPRI |
dc.title.none.fl_str_mv |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? |
title |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? |
spellingShingle |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? Oliveira, Erico Fernando |
title_short |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? |
title_full |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? |
title_fullStr |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? |
title_full_unstemmed |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? |
title_sort |
South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System? |
author |
Oliveira, Erico Fernando |
author_facet |
Oliveira, Erico Fernando |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Erico Fernando |
description |
Este artigo apresenta parte dos esforços empreendidos para análise da construção social contemporânea das celebridades, bem como o papel que elas exercem na civilização midiática. Para tanto, debruçamo-nos sobre o programa televisivo norte-americano South Park, uma animação que se dedica a caricaturá-las. Trabalhamos com a hipótese de que o ídolo é um simulacro que não resiste í profanação do humor. Nesse sentido, tomamos como principal referencial teórico-investigativo os conceitos de "dispositivo" e "profanação" de Giorgio Agamben, para quem a caricatura presente nos cartoons desvela o caráter humano e ordinário do ídolo, removendo o véu da fantasia que o sacraliza. Mas mobilizamos também, como outros operadores conceituais, o "real" lacaniano, uma vez que, por definição, ele não se deixa desprender nem do imaginário nem do simbólico e também a noção de sujeito cínico, conforme desenvolvido por Slavoj Žižek, o que nos leva a elaborar uma outra hipótese, a de que o engajamento na modalização profanatória do programa pode não ocorrer em razão justamente dessa recepção cínica por parte de sua audiência. O corpus selecionado para análise constitui-se de 71 episódios de 22 minutos de duração, selecionados dentre mais de 200 do referido programa, exibidos entre 1997 e 2011 e também o longa-metragem, South Park: maior, melhor e sem cortes (1999). A seleção recorta principalmente os episódios que se prestam particularmente ao que se pretende demonstrar. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-11-15 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/177 |
url |
https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/177 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/177/240 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Parágrafo |
publisher.none.fl_str_mv |
Parágrafo |
dc.source.none.fl_str_mv |
Parágrafo; v. 1 n. 2 (2013): Revista Parágrafo: Julho-Dezembro de 2013; 39-53 2317-4919 reponame:Parágrafo instname:Centro Universitário FIAM-FAAM instacron:FIAMFAAM |
instname_str |
Centro Universitário FIAM-FAAM |
instacron_str |
FIAMFAAM |
institution |
FIAMFAAM |
reponame_str |
Parágrafo |
collection |
Parágrafo |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1734455884014157824 |