Trabalho, sociabilidade e individuação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lessa,Sergio
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Trabalho, Educação e Saúde (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462006000200002
Resumo: O ensaio argumenta que o fato de vivermos em uma sociedade que se reproduz enquanto uma 'imensa coleção de mercadorias' faz com que a mercadoria seja a relação social predominante entre os indivíduos. Como, entre as características decisivas da mercadoria, está o desprezo da utilidade dos produtos do trabalho na mesma propoprção do predomínio do lucro (o predomínio do valor de troca sobre o valor de uso), uma sociedade mercantil é aquela na qual a produção tem por objetivo não as necessidades humanas, mas o lucro. Com a crise estrutural do capital que se instaura a partir dos anos 70 (Mészáros), a manutenção de uma sociedade que se reproduz pela mediação da reprodução da mercadoria impõe aos seres humanos uma vida crescentemente alienada. Alienada em dois sentidos: as necessidades humanas comparecem de modo cada vez mais débil na produção social e, por outro lado, a produção perdulária e destrutiva torna-se a expressão predominante da desumanidade do capital. É neste conjunto de fatores que se baseiam as determinações fundamentais que articulam, hoje, o trabalho, a totalidade social (a sociabilidade) e a reprodução dos indivíduos (a individuação).
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