Tratamento ambulatorial do câncer do colo do útero em tempo oportuno: a influência da região de residência de mulheres no Estado de Minas Gerais, Brasil

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Main Author: Moreira,Daniela Pena
Publication Date: 2022
Other Authors: Santos,Marcos Antonio da Cunha, Pilecco,Flávia Bulegon, Dumont-Pena,Érica, Reis,Ilka Afonso, Cherchiglia,Mariangela Leal
Format: Article
Language: por
Source: Cadernos de Saúde Pública
Download full: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022001005001
Summary: O objetivo deste estudo é investigar se há associação entre as Regiões Ampliadas de Saúde (RAS) de residência de Minas Gerais, Brasil, e o intervalo entre diagnóstico e início de tratamento de mulheres que realizaram tratamento ambulatorial (quimioterapia ou radioterapia) para câncer do colo do útero pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2001 e 2015. Trata-se de um estudo transversal, recorte de uma coorte, com 8.857 mulheres. Para avaliar a associação da RAS de residência e o intervalo entre diagnóstico e início de tratamento (em dias), foram utilizados modelos de regressão binomial negativa, considerando nível de significância de 5%. Os modelos foram construídos usando blocos de covariáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao tratamento. Foi determinado que a RAS de residência das mulheres está associada ao intervalo entre o diagnóstico e o início de tratamento. A RAS Norte foi a região do estado onde a média de tempo para iniciar o tratamento foi menor, e não residir nessa RAS aumenta a média de tempo para iniciar o tratamento entre 24% e 93% em comparação com outras RAS do estado. Fica evidente a disparidade no intervalo entre diagnóstico e início de tratamento entre as regiões do Estado de Minas Gerais. A disponibilidade de serviços habilitados para o tratamento do câncer nas RAS não reflete necessariamente em maior agilidade para início de tratamento. Compreender os fluxos das Redes de Atenção Oncológica e suas diferenças regionais é fundamental para aprimorar políticas públicas que garantam o cumprimento de leis vigentes, como a Lei nº 12.732/2012, que preconiza o início do tratamento de pacientes com câncer em até 60 dias após o diagnóstico.
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spelling Tratamento ambulatorial do câncer do colo do útero em tempo oportuno: a influência da região de residência de mulheres no Estado de Minas Gerais, BrasilNeoplasias do Colo do ÚteroAcesso aos Serviços de SaúdeOncologiaRegionalização da SaúdeO objetivo deste estudo é investigar se há associação entre as Regiões Ampliadas de Saúde (RAS) de residência de Minas Gerais, Brasil, e o intervalo entre diagnóstico e início de tratamento de mulheres que realizaram tratamento ambulatorial (quimioterapia ou radioterapia) para câncer do colo do útero pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2001 e 2015. Trata-se de um estudo transversal, recorte de uma coorte, com 8.857 mulheres. Para avaliar a associação da RAS de residência e o intervalo entre diagnóstico e início de tratamento (em dias), foram utilizados modelos de regressão binomial negativa, considerando nível de significância de 5%. Os modelos foram construídos usando blocos de covariáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao tratamento. Foi determinado que a RAS de residência das mulheres está associada ao intervalo entre o diagnóstico e o início de tratamento. A RAS Norte foi a região do estado onde a média de tempo para iniciar o tratamento foi menor, e não residir nessa RAS aumenta a média de tempo para iniciar o tratamento entre 24% e 93% em comparação com outras RAS do estado. Fica evidente a disparidade no intervalo entre diagnóstico e início de tratamento entre as regiões do Estado de Minas Gerais. A disponibilidade de serviços habilitados para o tratamento do câncer nas RAS não reflete necessariamente em maior agilidade para início de tratamento. Compreender os fluxos das Redes de Atenção Oncológica e suas diferenças regionais é fundamental para aprimorar políticas públicas que garantam o cumprimento de leis vigentes, como a Lei nº 12.732/2012, que preconiza o início do tratamento de pacientes com câncer em até 60 dias após o diagnóstico.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022001005001Cadernos de Saúde Pública v.38 n.10 2022reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311xpt277521info:eu-repo/semantics/openAccessMoreira,Daniela PenaSantos,Marcos Antonio da CunhaPilecco,Flávia BulegonDumont-Pena,ÉricaReis,Ilka AfonsoCherchiglia,Mariangela Lealpor2022-10-19T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2022001005001Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2022-10-19T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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