Aceitabilidade da quimioprofilaxia em área endêmica para a hanseníase: projeto PEP-Hans Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cortela,Denise da Costa Boamorte
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Ferreira,Silvana Margarida Benevidez, Virmond,Marcos Cunha Lopes, Mieras,Liesbeth, Steinmann,Peter, Ignotti,Eliane, Cavaliero,Arielle
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2020000305013
Resumo: Resumo: O objetivo deste artigo foi analisar a aceitabilidade da quimioprofilaxia com rifampicina em dose única (PEP) entre os contatos, casos índices de hanseníase e profissionais da saúde e fatores relacionados que possam influenciar na adesão. Realizou-se um estudo qualitativo de análise de conteúdo após aplicação de entrevistas semiestruturadas segundo protocolo proposto no programa LPEP (2016), realizado em Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil, em julho de 2016. Participaram do estudo indivíduos notificados com hanseníase, contatos e profissionais da saúde. Utilizou-se o software QRS NVivo versão 10. Foram contatados 80 indivíduos, sendo 54 (67%) contatos, 11 (14%) casos índices e 15 (19%) profissionais de saúde. Dentre os contatos, 94% (51/54) tomaram PEP. Foram identificadas 3 categorias quanto à PEP: compreensão, aceitação e expectativa da intervenção. A compreensão se mostrou relacionada ao cuidado da equipe de saúde. Aceitar ou não a medicação revelou-se relacionada ao medo, confiança e proteção, operacionalidade da estratégia, autoestima e insegurança quanto à intervenção. A expectativa da intervenção relacionou-se ao bem-estar, prevenção da doença e de sequelas, diminuição de gastos públicos e ampliação do acesso. Houve reconhecimento da relevância da estratégia PEP pela possibilidade de interrupção da cadeia de transmissão, diminuição de casos novos e melhora na qualidade de vida. A insegurança em tomar a medicação e de a doença se manifestar influenciaram negativamente à aceitação da PEP; por outro lado, as informações prévias sobre a estratégia PEP contribuíram para o fortalecimento da confiança nos profissionais de saúde e para a aceitabilidade da medicação.
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