Um modelo hierárquico de análise das variáveis sócio-econômicas e dos padrões de contatos com águas associados à forma hepatoesplênica da esquistossomose
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Data de Publicação: | 1994 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Cadernos de Saúde Pública |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1994000800002 |
Resumo: | Um estudo dos fatores associados à forma hepatoesplênica foi desenvolvido em uma área endêmica (Comercinho, Minas Gerais), onde a prevalência da infecção pelo Schistosoma mansoni era 70,4%. Dos 1408 habitantes com > 2 anos de idade, 1162 (82,5%) participaram do estudo. As características sócio-demográficas e os motivos de contatos com águas dos pacientes com forma hepatoesplênica (n = 73) foram comparados aos daqueles sem esplenomegalia que apresentavam (controles positivos; n = 804) ou não (controles negativos; n = 285) ovos de S. mansoni nas fezes. A análise multivariada foi feita, considerando a existência de colinearidade entre a situação sócio-econômica da família, a fonte de água do domicílio e o tomar banho nos córregos. Os resultados mostram que a presença da forma hepatoesplênica em crianças estava fortemente associada à ocupação do chefe de família (trabalhadores manuais) (OR = 11,4; IC 95% = 1,4-91,8), à ausência de água encanada (OR = 7,7; IC 95% = 2,6-23,1) e ao hábito de tomar banho nos córregos (OR e IC 95% = 7,6); 2,5-22,9 e 5,7; 1,3-25,5 para contatos mais (> uma vez/semana) e menos freqüentes, respectivamente esse hábito implicava contatos mais intensos e era conseqüência dos primeiros fatores. Os resultados são sugestivos de que o abastecimento de água no domicílio pode reduzir a morbidade da esquistossomose por diminuir a necessidade de contatos intensos com águas naturais. |
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Um modelo hierárquico de análise das variáveis sócio-econômicas e dos padrões de contatos com águas associados à forma hepatoesplênica da esquistossomoseEsquistossomoseSchistosoma mansoniMorbidadeContato com ÁguasSituação Sócio-econômicaEpidemiologiaUm estudo dos fatores associados à forma hepatoesplênica foi desenvolvido em uma área endêmica (Comercinho, Minas Gerais), onde a prevalência da infecção pelo Schistosoma mansoni era 70,4%. Dos 1408 habitantes com > 2 anos de idade, 1162 (82,5%) participaram do estudo. As características sócio-demográficas e os motivos de contatos com águas dos pacientes com forma hepatoesplênica (n = 73) foram comparados aos daqueles sem esplenomegalia que apresentavam (controles positivos; n = 804) ou não (controles negativos; n = 285) ovos de S. mansoni nas fezes. A análise multivariada foi feita, considerando a existência de colinearidade entre a situação sócio-econômica da família, a fonte de água do domicílio e o tomar banho nos córregos. Os resultados mostram que a presença da forma hepatoesplênica em crianças estava fortemente associada à ocupação do chefe de família (trabalhadores manuais) (OR = 11,4; IC 95% = 1,4-91,8), à ausência de água encanada (OR = 7,7; IC 95% = 2,6-23,1) e ao hábito de tomar banho nos córregos (OR e IC 95% = 7,6); 2,5-22,9 e 5,7; 1,3-25,5 para contatos mais (> uma vez/semana) e menos freqüentes, respectivamente esse hábito implicava contatos mais intensos e era conseqüência dos primeiros fatores. Os resultados são sugestivos de que o abastecimento de água no domicílio pode reduzir a morbidade da esquistossomose por diminuir a necessidade de contatos intensos com águas naturais.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz1994-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1994000800002Cadernos de Saúde Pública v.10 suppl.2 1994reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/S0102-311X1994000800002info:eu-repo/semantics/openAccessCosta,Maria Fernanda Lima eRocha,Roberto S.Magalhães,Maria Helena de A.Katz,Naftalepor2006-08-29T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X1994000800002Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2006-08-29T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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