Multimorbidade e uso de serviços de saúde em indivíduos com restrição de atividades habituais: Estudo Pró-Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Ana Sara Semeão de
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Faerstein,Eduardo, Werneck,Guilherme Loureiro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2019001305004
Resumo: Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar o uso de serviços de saúde e sua associação com diferentes medidas de multimorbidade. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma investigação longitudinal de funcionários técnico-administrativos no Município do Rio de Janeiro, Brasil: Estudo Pró-Saúde. Foram analisados dados coletados na fase 2 (2001-2002), sendo a população de estudo composta por 733 indivíduos que relataram restrição de atividades habituais por problemas de saúde nos 15 dias anteriores à coleta de dados. Busca por serviço de saúde (variável de desfecho) foi utilizada como proxy para uso de serviços de saúde. Multimorbidade foi avaliada por meio de contagem simples e de uma escala cumulativa (Cumulative Illness Rating Scale), gerando quatro variáveis de exposição: número de morbidades autorrelatadas, multimorbidade (2 ou mais morbidades), escore total e número de sistemas afetados. Nas análises estratificadas por sexo, foram utilizados modelos de regressão de Poisson com variância robusta ajustados por idade e escolaridade. Mulheres apresentaram em média valores mais altos para todas as medidas, e 51% foram classificadas com multimorbidade. Ter multimorbidade aumentou em 43% (IC95%: 1,11-1,84) a probabilidade de utilizar os serviços de saúde em homens, enquanto para as mulheres não houve associação estatisticamente significativa. Para os homens, a cada morbidade adicional, a probabilidade de utilizar serviço de saúde aumentou em 14% (IC95%: 1,05-1,24). Diferenças no uso de serviços de saúde e multimorbidade segundo sexo são evidentes. Conhecer tais padrões torna-se relevante para a prestação de um cuidado eficiente, coordenado e seguro para pessoas com multimorbidade.
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