Representação e intervenção em saúde pública: vírus, mosquitos e especialistas da Fundação Rockefeller no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | História. Ciências. Saúde-Manguinhos |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701999000100006 |
Resumo: | As tentativas feitas pelos especialistas da Fundação Rockefeller de erradicar a febre amarela no Brasil foram prejudicadas pela baixa visibilidade desta patologia. Os casos eram, em sua maioria, atípicos e se confundiam facilmente com outras febres. Na década de 1920, os especialistas dependiam de observações clínicas para avaliar a incidência da febre amarela. Na década seguinte, porém, conceberam métodos indiretos para visualizar a presença de seu agente. A viscerotomia revelava a presença de casos agudos e o teste de proteção em camundongos, contatos passados com o vírus da doença. Conjuntamente, estes testes permitiram aos especialistas da Rockefeller confeccionar mapas indicando a presença de zonas de endemicidade da doença. Puderam, então, direcionar campanhas específicas contra a febre amarela baseadas na eliminação seletiva de seu vetor, o mosquito Aedes aegypti. Na saúde pública, tal como nas ciências, as práticas de representação modelam a intervenção. |
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