RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caixeta, Fernanda Gomes
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Silva, Fernanda Marques da, Correia, Liliane Aparecida Borges, Pereira, Paulo Vinícius Rocha, Diniz, Fernando Leonardo, Melo, Hugo Christiano Soares
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia e Saúde em Debate
Texto Completo: https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/375
Resumo: Introdução: Existem, atualmente, cinco sabores mais difundidos em seres humanos: doce, azedo, salgado, amargo e umami (derivado pelo glutamato). Além desses, outros sabores químicos são descobertos a cada ano. A percepção dos sabores está relacionada com a sensibilização de receptores localizados em diferentes áreas da língua.  Alguns compostos químicos, como a feniltiocarbamida (PTC ou feniltiouréia), são responsáveis pelo gosto amargo encontrado em certos alimentos. A PTC é encontrada em vegetais como brócolis, couve, agrião, couve-de-bruxelas, couve-flor e repolho. Além dos vegetais folhosos é possível encontrar essa substância também em pimenta, chá-verde e vinho tinto. Objetivo: Estabelecer uma relação entre a percepção da feniltiocarbamida e os parâmetros antropomórficos dos indivíduos, visto que suas preferências alimentarem estão diretamente relacionadas com o atual aumento significativo do peso da população em geral. Metodologia: Foi realizado um estudo analítico correlacional, cuja amostragem foi constituída por professores, funcionários e acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior (IES) do interior de Minas Gerais, de ambos os sexos, com idade acima de 18 anos.  Inicialmente, foi aplicada uma gota de PTC à 0,1 mg/mL no meio da língua dos sujeitos, devendo os mesmos responderem imediatamente se eram capazes de sentir ou não um sabor amargo. Ao término desse procedimento os sujeitos foram convidados a verificar seu peso. Por fim, foi realizado o exame de bioimpedância, com jejum mínimo de 4 horas. Dos indivíduos pesquisados, 52,6% relataram sentir o sabor amargo da substância, indicando que é sensível à PTC. Em relação ao sexo 75% dos entrevistados sensíveis à PTC, são mulheres. Considerando as variáveis antropomórficas analisadas na pesquisa como taxa metabólica basal, relação cintura quadril, gordura corporal e Índice de Massa Corporal não houve diferenças significativas entre indivíduos sensíveis e não-sensíveis à PTC, não havendo relação aparente, portanto, entre a obesidade e a sensibilidade à PTC. No entanto, é necessário considerar que há uma constante influência da manifestação dos genes pelo ambiente e cultura local, que pode explicar o resultado da pesquisa e indicar novos caminhos futuros. Considerações: Diante dos resultados do presente estudo é possível concluir não há uma relação direta entre parâmetros antropomórficos e a sensibilidade à feniltiocarbamida. A genética de um indivíduo pode ser influenciada pelo ambiente cultural, tornando a análise correlacional de fatores genéticos complicada, e exigindo estudos maiores e mais complexos.
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