RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia e Saúde em Debate |
Texto Completo: | https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/375 |
Resumo: | Introdução: Existem, atualmente, cinco sabores mais difundidos em seres humanos: doce, azedo, salgado, amargo e umami (derivado pelo glutamato). Além desses, outros sabores químicos são descobertos a cada ano. A percepção dos sabores está relacionada com a sensibilização de receptores localizados em diferentes áreas da língua. Alguns compostos químicos, como a feniltiocarbamida (PTC ou feniltiouréia), são responsáveis pelo gosto amargo encontrado em certos alimentos. A PTC é encontrada em vegetais como brócolis, couve, agrião, couve-de-bruxelas, couve-flor e repolho. Além dos vegetais folhosos é possível encontrar essa substância também em pimenta, chá-verde e vinho tinto. Objetivo: Estabelecer uma relação entre a percepção da feniltiocarbamida e os parâmetros antropomórficos dos indivíduos, visto que suas preferências alimentarem estão diretamente relacionadas com o atual aumento significativo do peso da população em geral. Metodologia: Foi realizado um estudo analítico correlacional, cuja amostragem foi constituída por professores, funcionários e acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior (IES) do interior de Minas Gerais, de ambos os sexos, com idade acima de 18 anos. Inicialmente, foi aplicada uma gota de PTC à 0,1 mg/mL no meio da língua dos sujeitos, devendo os mesmos responderem imediatamente se eram capazes de sentir ou não um sabor amargo. Ao término desse procedimento os sujeitos foram convidados a verificar seu peso. Por fim, foi realizado o exame de bioimpedância, com jejum mínimo de 4 horas. Dos indivíduos pesquisados, 52,6% relataram sentir o sabor amargo da substância, indicando que é sensível à PTC. Em relação ao sexo 75% dos entrevistados sensíveis à PTC, são mulheres. Considerando as variáveis antropomórficas analisadas na pesquisa como taxa metabólica basal, relação cintura quadril, gordura corporal e Índice de Massa Corporal não houve diferenças significativas entre indivíduos sensíveis e não-sensíveis à PTC, não havendo relação aparente, portanto, entre a obesidade e a sensibilidade à PTC. No entanto, é necessário considerar que há uma constante influência da manifestação dos genes pelo ambiente e cultura local, que pode explicar o resultado da pesquisa e indicar novos caminhos futuros. Considerações: Diante dos resultados do presente estudo é possível concluir não há uma relação direta entre parâmetros antropomórficos e a sensibilidade à feniltiocarbamida. A genética de um indivíduo pode ser influenciada pelo ambiente cultural, tornando a análise correlacional de fatores genéticos complicada, e exigindo estudos maiores e mais complexos. |
id |
FPM-1_ad7c7dc13fcf0f6fa9ed8daf3ab1dd07 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.psicodebate.dpgpsifpm.com.br:article/375 |
network_acronym_str |
FPM-1 |
network_name_str |
Psicologia e Saúde em Debate |
repository_id_str |
|
spelling |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADEPTCobesidadehábitos alimentaresIntrodução: Existem, atualmente, cinco sabores mais difundidos em seres humanos: doce, azedo, salgado, amargo e umami (derivado pelo glutamato). Além desses, outros sabores químicos são descobertos a cada ano. A percepção dos sabores está relacionada com a sensibilização de receptores localizados em diferentes áreas da língua. Alguns compostos químicos, como a feniltiocarbamida (PTC ou feniltiouréia), são responsáveis pelo gosto amargo encontrado em certos alimentos. A PTC é encontrada em vegetais como brócolis, couve, agrião, couve-de-bruxelas, couve-flor e repolho. Além dos vegetais folhosos é possível encontrar essa substância também em pimenta, chá-verde e vinho tinto. Objetivo: Estabelecer uma relação entre a percepção da feniltiocarbamida e os parâmetros antropomórficos dos indivíduos, visto que suas preferências alimentarem estão diretamente relacionadas com o atual aumento significativo do peso da população em geral. Metodologia: Foi realizado um estudo analítico correlacional, cuja amostragem foi constituída por professores, funcionários e acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior (IES) do interior de Minas Gerais, de ambos os sexos, com idade acima de 18 anos. Inicialmente, foi aplicada uma gota de PTC à 0,1 mg/mL no meio da língua dos sujeitos, devendo os mesmos responderem imediatamente se eram capazes de sentir ou não um sabor amargo. Ao término desse procedimento os sujeitos foram convidados a verificar seu peso. Por fim, foi realizado o exame de bioimpedância, com jejum mínimo de 4 horas. Dos indivíduos pesquisados, 52,6% relataram sentir o sabor amargo da substância, indicando que é sensível à PTC. Em relação ao sexo 75% dos entrevistados sensíveis à PTC, são mulheres. Considerando as variáveis antropomórficas analisadas na pesquisa como taxa metabólica basal, relação cintura quadril, gordura corporal e Índice de Massa Corporal não houve diferenças significativas entre indivíduos sensíveis e não-sensíveis à PTC, não havendo relação aparente, portanto, entre a obesidade e a sensibilidade à PTC. No entanto, é necessário considerar que há uma constante influência da manifestação dos genes pelo ambiente e cultura local, que pode explicar o resultado da pesquisa e indicar novos caminhos futuros. Considerações: Diante dos resultados do presente estudo é possível concluir não há uma relação direta entre parâmetros antropomórficos e a sensibilidade à feniltiocarbamida. A genética de um indivíduo pode ser influenciada pelo ambiente cultural, tornando a análise correlacional de fatores genéticos complicada, e exigindo estudos maiores e mais complexos.Faculdade Patos de Minas2018-12-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/375Psicologia e Saúde em debate; Vol. 4 No. Suppl1 (2018); 29-29Psicologia e Saúde em debate; Vol. 4 Núm. Suppl1 (2018); 29-29Psicologia e Saúde em debate; v. 4 n. Suppl1 (2018); 29-292446-922X10.22289/V4S1reponame:Psicologia e Saúde em Debateinstname:Faculdade Patos de Minas (FPM)instacron:FPMporhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/375/174Copyright (c) 2018 Psicologia e Saúde em debatehttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCaixeta, Fernanda GomesSilva, Fernanda Marques daCorreia, Liliane Aparecida BorgesPereira, Paulo Vinícius RochaDiniz, Fernando LeonardoMelo, Hugo Christiano Soares2023-08-01T03:31:18Zoai:ojs2.psicodebate.dpgpsifpm.com.br:article/375Revistahttp://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodicoPRIhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/oaieditor@dpgpsifpm.com.br2446-922X2446-922Xopendoar:2023-08-01T03:31:18Psicologia e Saúde em Debate - Faculdade Patos de Minas (FPM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE |
title |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE |
spellingShingle |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE Caixeta, Fernanda Gomes PTC obesidade hábitos alimentares |
title_short |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE |
title_full |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE |
title_fullStr |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE |
title_full_unstemmed |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE |
title_sort |
RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À FENILTIOCARBAMIDA E OBESIDADE |
author |
Caixeta, Fernanda Gomes |
author_facet |
Caixeta, Fernanda Gomes Silva, Fernanda Marques da Correia, Liliane Aparecida Borges Pereira, Paulo Vinícius Rocha Diniz, Fernando Leonardo Melo, Hugo Christiano Soares |
author_role |
author |
author2 |
Silva, Fernanda Marques da Correia, Liliane Aparecida Borges Pereira, Paulo Vinícius Rocha Diniz, Fernando Leonardo Melo, Hugo Christiano Soares |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Caixeta, Fernanda Gomes Silva, Fernanda Marques da Correia, Liliane Aparecida Borges Pereira, Paulo Vinícius Rocha Diniz, Fernando Leonardo Melo, Hugo Christiano Soares |
dc.subject.por.fl_str_mv |
PTC obesidade hábitos alimentares |
topic |
PTC obesidade hábitos alimentares |
description |
Introdução: Existem, atualmente, cinco sabores mais difundidos em seres humanos: doce, azedo, salgado, amargo e umami (derivado pelo glutamato). Além desses, outros sabores químicos são descobertos a cada ano. A percepção dos sabores está relacionada com a sensibilização de receptores localizados em diferentes áreas da língua. Alguns compostos químicos, como a feniltiocarbamida (PTC ou feniltiouréia), são responsáveis pelo gosto amargo encontrado em certos alimentos. A PTC é encontrada em vegetais como brócolis, couve, agrião, couve-de-bruxelas, couve-flor e repolho. Além dos vegetais folhosos é possível encontrar essa substância também em pimenta, chá-verde e vinho tinto. Objetivo: Estabelecer uma relação entre a percepção da feniltiocarbamida e os parâmetros antropomórficos dos indivíduos, visto que suas preferências alimentarem estão diretamente relacionadas com o atual aumento significativo do peso da população em geral. Metodologia: Foi realizado um estudo analítico correlacional, cuja amostragem foi constituída por professores, funcionários e acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior (IES) do interior de Minas Gerais, de ambos os sexos, com idade acima de 18 anos. Inicialmente, foi aplicada uma gota de PTC à 0,1 mg/mL no meio da língua dos sujeitos, devendo os mesmos responderem imediatamente se eram capazes de sentir ou não um sabor amargo. Ao término desse procedimento os sujeitos foram convidados a verificar seu peso. Por fim, foi realizado o exame de bioimpedância, com jejum mínimo de 4 horas. Dos indivíduos pesquisados, 52,6% relataram sentir o sabor amargo da substância, indicando que é sensível à PTC. Em relação ao sexo 75% dos entrevistados sensíveis à PTC, são mulheres. Considerando as variáveis antropomórficas analisadas na pesquisa como taxa metabólica basal, relação cintura quadril, gordura corporal e Índice de Massa Corporal não houve diferenças significativas entre indivíduos sensíveis e não-sensíveis à PTC, não havendo relação aparente, portanto, entre a obesidade e a sensibilidade à PTC. No entanto, é necessário considerar que há uma constante influência da manifestação dos genes pelo ambiente e cultura local, que pode explicar o resultado da pesquisa e indicar novos caminhos futuros. Considerações: Diante dos resultados do presente estudo é possível concluir não há uma relação direta entre parâmetros antropomórficos e a sensibilidade à feniltiocarbamida. A genética de um indivíduo pode ser influenciada pelo ambiente cultural, tornando a análise correlacional de fatores genéticos complicada, e exigindo estudos maiores e mais complexos. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-12-11 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/375 |
url |
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/375 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/375/174 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Psicologia e Saúde em debate https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Psicologia e Saúde em debate https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade Patos de Minas |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade Patos de Minas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Psicologia e Saúde em debate; Vol. 4 No. Suppl1 (2018); 29-29 Psicologia e Saúde em debate; Vol. 4 Núm. Suppl1 (2018); 29-29 Psicologia e Saúde em debate; v. 4 n. Suppl1 (2018); 29-29 2446-922X 10.22289/V4S1 reponame:Psicologia e Saúde em Debate instname:Faculdade Patos de Minas (FPM) instacron:FPM |
instname_str |
Faculdade Patos de Minas (FPM) |
instacron_str |
FPM |
institution |
FPM |
reponame_str |
Psicologia e Saúde em Debate |
collection |
Psicologia e Saúde em Debate |
repository.name.fl_str_mv |
Psicologia e Saúde em Debate - Faculdade Patos de Minas (FPM) |
repository.mail.fl_str_mv |
editor@dpgpsifpm.com.br |
_version_ |
1797042463358058496 |