Funny games e a não relação de causalidade nos filmes de Michael Haneke

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Marques Sampaio, Lívia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Título da fonte: Mediação (Belo Horizonte. Online)
Texto Completo: http://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/2694
Resumo: A proposta com este artigo é problematizar a relação entre as histórias trágicas contadas nos filmes de Michael Haneke e o espectador, que, ao se deparar com diversas perguntas lançadas nessas películas, fica sem respos- tas. Há um consenso nos estudos, críticas e resenhas dos filmes desse diretor de que neles existe uma unidade precisa de forma e conteúdo. Um plano ligado a outro. Um detalhe aparentemente desprovido de importância que surge no início será significado no decorrer da história. Não há perda de energia dramática. Especificamente em Funny games (1997), perso- nagens que falam aos espectadores olhando diretamente para a câmera re- bobinam uma cena com o controle remoto, alterando totalmente o desen- rolar da história e trocam de nomes entre si, levantam questões a respeito da forma e da ética do filme. Essas peripécias narrativas, isoladamente, não são inovadoras, mas todas elas no mesmo filme formam um conjunto de artifícios para atingir o espectador, incomodando-o, desestabilizando- -o, desejo confesso e marcante do diretor em todas as suas obras.
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