Fatores associados ao sofrimento psíquico de agentes penitenciários do estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra,Claudia de Magalhães
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Assis,Simone Gonçalves de, Constantino,Patricia, Pires,Thiago Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572021000100203
Resumo: Resumo Objetivos: analisar o sofrimento psíquico de agentes penitenciários do estado do Rio de Janeiro e apontar os fatores a ele associados no âmbito social, destacando o ambiente de trabalho. Métodos: estudo quantitativo e qualitativo. As unidades prisionais foram selecionadas por meio da amostragem estratificada. Utilizou-se a escala de sofrimento psíquico Self-Reported Questionnaire (SRQ20) e uma escala de apoio social. Variáveis explicativas foram relacionadas tanto ao perfil profissional como aos fatores de âmbito social e do trabalho e foram utilizados modelos de regressão logística (stepwise). Resultados: participaram 217 homens e 100 mulheres, em nove unidades prisionais femininas e masculinas. A prevalência de sofrimento psíquico foi de 27,7%, sem diferenças segundo o gênero. Os sintomas mais frequentes foram: dormir mal (53,0%) e sentir-se nervoso, tenso ou agitado (52,0%). Entre os possíveis fatores que propiciam o sofrimento psíquico, estão: relacionamento interpessoal entre agentes e presos; ameaças constantes; superlotação; poucos profissionais e sobrecarga de trabalho. E entre os possíveis fatores protetores, estão: praticar alguma religião; ter apoio social; contar com a compreensão dos colegas; ter o reconhecimento de seu trabalho e relacionar-se bem com superiores. Conclusão: a superlotação e a insalubridade do ambiente trazem consequências negativas para a saúde mental dos trabalhadores; no entanto, formas de apoio social e valorização profissional podem protegê-los.
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