Resistência Operária e Alianças de Classe (1930-1932)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Estudos Sociais (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.fundaj.gov.br/CAD/article/view/1071 |
Resumo: | A revolução de 1930 levantou importantes questões para o movimento operário brasileiro. Uma delas diz respeito à política de alianças (ou à ausência dela) praticada pelos grupos de inspiração marxista e anarquista. A existência de uma corrente de esquerda entre os tenentistas e as tentativas de aproximação entre o movimento operário e essa corrente pré-figurava, antes mesmo da queda de Washington Luís, a possibilidade de um acordo que envolvesse as diversas forças interessadas em expandir os limites da revolução. Entretanto, se a maior parte dos tenentes temia atribuir ao proletariado o papel de sujeito do processo político, reservando-lhe a função subalterna de suporte para a ação dos conspiradores, os grupos militantes da classe trabalhadora, por sua vez, orientavam-se por uma perspectiva de "tudo ou nada", que bloqueava qualquer política de frente única. O artigo examina alguns dos dilemas dessa época e procura abordar criticamente a política seguida por anarquistas e comunistas. The revolution of 1930 raised important questions for the Brazilian working class movement. One of them is related to the politics of affiances (or it's absence) as practiced by groups of marxist and anarchist inspiration. The existence of a left-wing tendency among tenentistas and the coalition effort of these and the working class movement, even before the fall of president Washington Luís. indicated the possibility of an agreement between these different political interest groups in expanding the revolution's limits. Most of the tenentes were afraid to assign the working class the role of main subjects in the political process and maintained them in subordinate functions in the conspiracy act; the militant working class groups, on the other hand, had an "all or nothing" attitude which made the coalition impossible. This article examines some dilemmas of this period and critically analyses politics as followed by anarchists and communists. |
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