UMA ABORDAGEM GEOESPACIAL E ESPECTRO-TEMPORAL DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO BIOMA CAATINGA NA REGIÃO DE XINGÓ, BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FREIRE, Neison Cabral Ferreira
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Pacheco, Admilson da Penha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Trópico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1667
Resumo: A Caatinga é o tipo de vegetação que cobre a maior parte da área com clima semiárido da região Nordeste do Brasil. Estudos neste ecossistema são imprescindíveis, pois esse bioma é um dos mais ameaçados devido ao uso inadequado e insustentável dos recursos naturais. No Brasil, o semi-árido é uma das regiões mais afetadas pelo problema, ocasionando processos desertificatórios crescentes com graves consequências sócio-ambientais. Este trabalho tem como objetivo estabelecer uma metodologia, geoespacial e espectro-temporal, para analisar e mapear a degradação ambiental do bioma caatinga na região semi-árida de Xingó/Alagoas/Brasil. Através do cruzamento de séries temporais de imagens de satélite (1989 – 1995 – 2003) e dados demográficos, foi possível a detecção de áreas de risco e passíveis de desertificação nos seis municípios circunvizinhos à Usina Hidrelétrica de Xingó. Pesquisas de campo validaram os resultados obtidos em laboratório, apoiados em extensa literatura sobre os indicadores de desertificação. Os resultados obtidos a partir da manipulação de dados georreferenciados por técnicas de Processamento Digital de Imagens e elaboração de um Sistema de Informações Geográficas, evidenciaram um quadro desolador de degradação ambiental na extensa área em estudo, com uma significativa devastação da Caatinga, aumento de solo exposto e diminuição de áreas agropastoris. Enfim, concluiu-se que em janeiro de 2003, dos 4.405,29 km² da área de estudo, cerca de 985,44 km², ou 22,37%, apresentaram problemas ambientais significativos quanto ao risco de desertificação.
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