Uso de pele de tilápia no tratamento de queimaduras: eficiência e baixo custo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souto, Anne Caroline Avelino
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Aguiar, Karoline Veloso, Mendes, Laisse Stefani Campos, Batista, Aldair Almeida, Jesus, Ely Carlos Pereira de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bionorte
Texto Completo: http://revistas.funorte.edu.br/revistas/index.php/bionorte/article/view/105
Resumo: Objetivo: analisar a eficiência e resultados do uso da pele de tilápia (Oreochromis niloticus), como curativo biológico oclusivo no tratamento de queimaduras. Materiais e Métodos: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que foram coletadas informações da base de dados da Revista Enfermagem Atual e Revista Brasileira de Queimaduras, utilizando os descritores “queimados, Tilápia e cicatrização”. Foram selecionados 03 artigos após adequação dos critérios de inclusão, sendo ano e período de publicação (2017-2021), artigos na íntegra disponíveis gratuitamente e, como critério de exclusão, artigos fora do tema proposto. Resultados: identificou-se que os curativos oclusivos podem ser utilizados como substitutos temporários de pele, trocados a intervalos regulares ou mantidos até a cicatrização ou enxerto, em caso de boa aderência e/ou ausência de infecção. Entretanto, possuem alto custo e são ineficazes no tratamento de queimaduras profundas. Diante disto, buscam-se alternativas nos materiais biológicos, surgindo a pele da tilápia do Nilo como um possível subproduto, com aplicabilidade clínica de novos biomateriais utilizáveis para bioengenharia. Além do alívio da dor e maior eficácia da nova técnica, o custo do tratamento diminui significativamente. Conclusão: as características da pele da tilápia são semelhantes às da pele humana, apresentando derme com feixes de colágeno compactados, longos e organizados. Assim, possibilita-se a aplicação da pele da tilápia como curativo biológico temporário em queimaduras. Com isso, não há necessidade de refazer o curativo como no tratamento convencional. A pesquisa revela, ainda, que a nova técnica tem reduzido as dores em 30 a 50%, aumentando a qualidade do tratamento. Importante destacar que, hoje, o Brasil figura entre os maiores produtores de peixe no mundo, sendo 58,4% dessa produção de tilápia, chegando a cerca de 280 mil toneladas, e 99% da pele da tilápia produzida é descartada, implicando dizer que a matéria prima é abundante e, por consequência, barata.
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