O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista jurídica (Blumenau. Online) |
Texto Completo: | https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/3776 |
Resumo: | As primeiras instituições de internação na Europa não tinham função terapêutica. Pessoas com transtornos mentais eram isoladas do convívio social e familiar, privadas até dos direitos civis. Pinel apresentou um modelo terapêutico asilar, sem a consideração aos direitos dos pacientes. Posteriormente e na Itália, Franco Baságlia propôs um modelo extra-hospitalar de atenção psiquiátrica, caracterizada pela disposição inclusiva de manter o sujeito em contato com a família com a comunidade. Em 1990, a Declaração de Caracas consolidou a proposta extra-hospitalar de atenção em psiquiatria, elencando os direitos humanos do paciente. Outros documentos internacionais se sucederam, reafirmando-a. No Brasil, essa reforma se consolidou com a lei 10.216/2001 e enfoca um tratamento pautado na vida comunitária e familiar que intenta assegurar os direitos da pessoa acometida de transtorno mental. Apesar do delineamento antiasilar preconizado, a citada lei prevê, em caráter excepcional, as internações psiquiátricas involuntárias. Tendo em vista esse instituto, analisa-se a defesa dos direitos desses pacientes, em especial o direito de autodeterminação, através de instrumentos de controle capitaneados pelo Ministério Público Estadual e pelas Comissões Revisoras de Internações Psiquiátricas Involuntárias. O trabalho apresentado analisa as funções desses órgãos no Estado do Ceará, mais especificamente nas internações involuntárias ocorridas durante o ano de 2008, demonstrando ao final o resultado obtido através de gráficos. |
id |
FURB-8_6f3a0894e4f256f7b30faa930734a774 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.bu.furb.br:article/3776 |
network_acronym_str |
FURB-8 |
network_name_str |
Revista jurídica (Blumenau. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIADIREITOS HUMANOS. SAÚDE MENTAL. INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS INVOLUNTÁRIAS. INSTRUMENTOS DE CONTROLE.As primeiras instituições de internação na Europa não tinham função terapêutica. Pessoas com transtornos mentais eram isoladas do convívio social e familiar, privadas até dos direitos civis. Pinel apresentou um modelo terapêutico asilar, sem a consideração aos direitos dos pacientes. Posteriormente e na Itália, Franco Baságlia propôs um modelo extra-hospitalar de atenção psiquiátrica, caracterizada pela disposição inclusiva de manter o sujeito em contato com a família com a comunidade. Em 1990, a Declaração de Caracas consolidou a proposta extra-hospitalar de atenção em psiquiatria, elencando os direitos humanos do paciente. Outros documentos internacionais se sucederam, reafirmando-a. No Brasil, essa reforma se consolidou com a lei 10.216/2001 e enfoca um tratamento pautado na vida comunitária e familiar que intenta assegurar os direitos da pessoa acometida de transtorno mental. Apesar do delineamento antiasilar preconizado, a citada lei prevê, em caráter excepcional, as internações psiquiátricas involuntárias. Tendo em vista esse instituto, analisa-se a defesa dos direitos desses pacientes, em especial o direito de autodeterminação, através de instrumentos de controle capitaneados pelo Ministério Público Estadual e pelas Comissões Revisoras de Internações Psiquiátricas Involuntárias. O trabalho apresentado analisa as funções desses órgãos no Estado do Ceará, mais especificamente nas internações involuntárias ocorridas durante o ano de 2008, demonstrando ao final o resultado obtido através de gráficos.Revista Jurídica (FURB)Revista Jurídica (FURB)2014-04-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/3776Revista Jurídica (FURB); Vol. 18 No. 35 (2014); 53-84Revista Jurídica (FURB); v. 18 n. 35 (2014); 53-841982-4858reponame:Revista jurídica (Blumenau. Online)instname:Universidade Regional de Blumenau (FURB)instacron:FURBporhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/3776/2684Copyright (c) 2014 Revista Jurídicainfo:eu-repo/semantics/openAccessMendes, Vanessa CorreiaMenezes, Joyceane Bezerra de2017-06-13T22:45:27Zoai:ojs.bu.furb.br:article/3776Revistahttps://proxy.furb.br/ojs/index.php/juridica/indexPUBhttps://proxy.furb.br/ojs/index.php/juridica/oai||revistajuridica@furb.br1982-48581415-255Xopendoar:2017-06-13T22:45:27Revista jurídica (Blumenau. Online) - Universidade Regional de Blumenau (FURB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA |
title |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA |
spellingShingle |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA Mendes, Vanessa Correia DIREITOS HUMANOS. SAÚDE MENTAL. INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS INVOLUNTÁRIAS. INSTRUMENTOS DE CONTROLE. |
title_short |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA |
title_full |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA |
title_fullStr |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA |
title_full_unstemmed |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA |
title_sort |
O TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA |
author |
Mendes, Vanessa Correia |
author_facet |
Mendes, Vanessa Correia Menezes, Joyceane Bezerra de |
author_role |
author |
author2 |
Menezes, Joyceane Bezerra de |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mendes, Vanessa Correia Menezes, Joyceane Bezerra de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
DIREITOS HUMANOS. SAÚDE MENTAL. INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS INVOLUNTÁRIAS. INSTRUMENTOS DE CONTROLE. |
topic |
DIREITOS HUMANOS. SAÚDE MENTAL. INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS INVOLUNTÁRIAS. INSTRUMENTOS DE CONTROLE. |
description |
As primeiras instituições de internação na Europa não tinham função terapêutica. Pessoas com transtornos mentais eram isoladas do convívio social e familiar, privadas até dos direitos civis. Pinel apresentou um modelo terapêutico asilar, sem a consideração aos direitos dos pacientes. Posteriormente e na Itália, Franco Baságlia propôs um modelo extra-hospitalar de atenção psiquiátrica, caracterizada pela disposição inclusiva de manter o sujeito em contato com a família com a comunidade. Em 1990, a Declaração de Caracas consolidou a proposta extra-hospitalar de atenção em psiquiatria, elencando os direitos humanos do paciente. Outros documentos internacionais se sucederam, reafirmando-a. No Brasil, essa reforma se consolidou com a lei 10.216/2001 e enfoca um tratamento pautado na vida comunitária e familiar que intenta assegurar os direitos da pessoa acometida de transtorno mental. Apesar do delineamento antiasilar preconizado, a citada lei prevê, em caráter excepcional, as internações psiquiátricas involuntárias. Tendo em vista esse instituto, analisa-se a defesa dos direitos desses pacientes, em especial o direito de autodeterminação, através de instrumentos de controle capitaneados pelo Ministério Público Estadual e pelas Comissões Revisoras de Internações Psiquiátricas Involuntárias. O trabalho apresentado analisa as funções desses órgãos no Estado do Ceará, mais especificamente nas internações involuntárias ocorridas durante o ano de 2008, demonstrando ao final o resultado obtido através de gráficos. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-04-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/3776 |
url |
https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/3776 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/3776/2684 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2014 Revista Jurídica info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2014 Revista Jurídica |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Revista Jurídica (FURB) Revista Jurídica (FURB) |
publisher.none.fl_str_mv |
Revista Jurídica (FURB) Revista Jurídica (FURB) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Jurídica (FURB); Vol. 18 No. 35 (2014); 53-84 Revista Jurídica (FURB); v. 18 n. 35 (2014); 53-84 1982-4858 reponame:Revista jurídica (Blumenau. Online) instname:Universidade Regional de Blumenau (FURB) instacron:FURB |
instname_str |
Universidade Regional de Blumenau (FURB) |
instacron_str |
FURB |
institution |
FURB |
reponame_str |
Revista jurídica (Blumenau. Online) |
collection |
Revista jurídica (Blumenau. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista jurídica (Blumenau. Online) - Universidade Regional de Blumenau (FURB) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistajuridica@furb.br |
_version_ |
1798945240705400832 |