A globalização como fator de (i)mobilidade das pessoas sob o enfoque do relatório “forced displacement in 2015” da agência para refugiados da Organização das Nações Unidas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Puerta Neto, Hélio Lentz
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Santos, Rafael Padilha dos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Juris (Rio Grande. Online)
Texto Completo: https://periodicos.furg.br/juris/article/view/6792
Resumo: O deslocamento forçado de pessoas não é algo novo, o que muda, na verdade, é a direção dos acontecimentos. Se na primeira metade no século XX o deslocamento Norte-Sul foi realizado com políticas migratórias favoráveis aos refugiados, atualmente, no movimento inverso (Sul-Norte) não acontece. Apesar da Europa ocidental sofrer com o processo migratório, sobretudo a partir da Primavera Árabe (2010), os números globais divulgados no relatório “Global Trends – Forced Displacement in 2015” da Agência dos Refugiados da Organização das Nações Unidas demonstram que não há comparação com o que ocorre nos países “em desenvolvimento”. Ainda que fragilizados, estes países recebem um número absurdamente maior de refugiados. O fenômeno da globalização teve um preço e quem o está pagando são justamente aqueles que menos condições possuem. Denota-se, portanto, que há uma hierarquia estabelecida: o norte, global e livre, indicando a promoção social, progresso e sucesso; e o sul, local e preso, imóvel à própria desgraça. A emancipação de poucos para a submissão de muitos. A humanidade está (ou continua) em crise e a academia tem papel relevante no fortalecimento de bases teóricas para se alcançarem, na prática, soluções duradouras com abrangência legal, econômica, cultural e política, direcionadas principalmente aos países “em desenvolvimento”, para que estes possam enfrentar o problema migratório.
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