‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado dos Santos, Ana Rita
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Schefer, Maria Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Diversidade e Educação
Texto Completo: https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/15786
Resumo: Nesta pesquisa, buscou-se compreender o motivo pelo qual o termo quilombola não está destacado na fachada do prédio e nos documentos pedagógicos de uma escola aquilombada, em 2014, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Tratou-se de um estudo de caso único, em que conversas informais e entrevistas foram utilizadas na produção de dados. Os participantes foram membros da comunidade escolar e anciões quilombolas. As análises contaram com as contribuições teóricas de Bourdieu (2006), Bauman (2008) Sodré (2023), dentre outros e evidenciaram que: a) práticas simbólicas e pedagógicas têm operado para que não haja destaque à pertença afro étnica da maioria dos moradores do lugar; b) está em jogo a disputa territorial entre os descendentes de escravizados e os descendentes de posseiros no território; c) a instituição escolar tem sido um receptáculo do conflito entre os que  reconhecem e os que não reconhecem os direitos dos remanescentes de quilombos no lugar, incluindo profissionais da educação. Desse modo, verificou-se, além do descumprimento legal dos princípios que tipificam uma escola como quilombola, também a edificação de um não-lugar-escolar.    
id FURG-5_fa8ea37ccc08a3f7d8990b18f17b62c9
oai_identifier_str oai:ojs.periodicos.furg.br:article/15786
network_acronym_str FURG-5
network_name_str Revista Diversidade e Educação
repository_id_str
spelling ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?Nesta pesquisa, buscou-se compreender o motivo pelo qual o termo quilombola não está destacado na fachada do prédio e nos documentos pedagógicos de uma escola aquilombada, em 2014, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Tratou-se de um estudo de caso único, em que conversas informais e entrevistas foram utilizadas na produção de dados. Os participantes foram membros da comunidade escolar e anciões quilombolas. As análises contaram com as contribuições teóricas de Bourdieu (2006), Bauman (2008) Sodré (2023), dentre outros e evidenciaram que: a) práticas simbólicas e pedagógicas têm operado para que não haja destaque à pertença afro étnica da maioria dos moradores do lugar; b) está em jogo a disputa territorial entre os descendentes de escravizados e os descendentes de posseiros no território; c) a instituição escolar tem sido um receptáculo do conflito entre os que  reconhecem e os que não reconhecem os direitos dos remanescentes de quilombos no lugar, incluindo profissionais da educação. Desse modo, verificou-se, além do descumprimento legal dos princípios que tipificam uma escola como quilombola, também a edificação de um não-lugar-escolar.    Lepidus2024-01-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.furg.br/divedu/article/view/1578610.14295/de.v11i2.15786Diversidade e Educação; v. 11 n. 2 (2023): Dossiê: Diversidade, gênero e sexualidade nas práticas corporais e esportivas; 589-6122358-8853reponame:Revista Diversidade e Educaçãoinstname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGporhttps://periodicos.furg.br/divedu/article/view/15786/10639Copyright (c) 2024 Diversidade e Educaçãohttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMachado dos Santos, Ana Rita Schefer, Maria Cristina2024-01-26T18:06:02Zoai:ojs.periodicos.furg.br:article/15786Revistahttps://periodicos.furg.br/divedu/ONGhttps://periodicos.furg.br/divedu/oaipribeiro@furg.br || angelicacdm@gmail.com || diversidadeeducacao@furg.br2358-88532358-8853opendoar:2024-01-26T18:06:02Revista Diversidade e Educação - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
dc.title.none.fl_str_mv ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
title ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
spellingShingle ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
Machado dos Santos, Ana Rita
title_short ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
title_full ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
title_fullStr ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
title_full_unstemmed ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
title_sort ‘Q’ DE QUILOMBOLA? NEGAÇÃO SIMBÓLICA NA ESCOLA DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO MORRO ALTO (RS)?
author Machado dos Santos, Ana Rita
author_facet Machado dos Santos, Ana Rita
Schefer, Maria Cristina
author_role author
author2 Schefer, Maria Cristina
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Machado dos Santos, Ana Rita
Schefer, Maria Cristina
description Nesta pesquisa, buscou-se compreender o motivo pelo qual o termo quilombola não está destacado na fachada do prédio e nos documentos pedagógicos de uma escola aquilombada, em 2014, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Tratou-se de um estudo de caso único, em que conversas informais e entrevistas foram utilizadas na produção de dados. Os participantes foram membros da comunidade escolar e anciões quilombolas. As análises contaram com as contribuições teóricas de Bourdieu (2006), Bauman (2008) Sodré (2023), dentre outros e evidenciaram que: a) práticas simbólicas e pedagógicas têm operado para que não haja destaque à pertença afro étnica da maioria dos moradores do lugar; b) está em jogo a disputa territorial entre os descendentes de escravizados e os descendentes de posseiros no território; c) a instituição escolar tem sido um receptáculo do conflito entre os que  reconhecem e os que não reconhecem os direitos dos remanescentes de quilombos no lugar, incluindo profissionais da educação. Desse modo, verificou-se, além do descumprimento legal dos princípios que tipificam uma escola como quilombola, também a edificação de um não-lugar-escolar.    
publishDate 2024
dc.date.none.fl_str_mv 2024-01-26
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/15786
10.14295/de.v11i2.15786
url https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/15786
identifier_str_mv 10.14295/de.v11i2.15786
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/15786/10639
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2024 Diversidade e Educação
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2024 Diversidade e Educação
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Lepidus
publisher.none.fl_str_mv Lepidus
dc.source.none.fl_str_mv Diversidade e Educação; v. 11 n. 2 (2023): Dossiê: Diversidade, gênero e sexualidade nas práticas corporais e esportivas; 589-612
2358-8853
reponame:Revista Diversidade e Educação
instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron:FURG
instname_str Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron_str FURG
institution FURG
reponame_str Revista Diversidade e Educação
collection Revista Diversidade e Educação
repository.name.fl_str_mv Revista Diversidade e Educação - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
repository.mail.fl_str_mv pribeiro@furg.br || angelicacdm@gmail.com || diversidadeeducacao@furg.br
_version_ 1798044977494753280