EPILEPSIA NA SENESCÊNCIA: PANORAMA DE PROGNÓSTICOS MAL COMPREENDIDOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hoeller, Alexandre Ademar
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: de Carvalho, Cristiane Ribeiro, Santos, Henrique Rodighero, Imthon, Alexandre Kracker, Walz, Roger
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Vittalle (Online)
Texto Completo: https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/6287
Resumo: Epilepsia é uma doença caracterizada pela predisposição a crises epilépticas recorrentes, tendo grande impacto sobre a qualidade de vida de seus portadores e podendo ser incapacitante. No Brasil, sua prevalência é de aproximadamente 11,9 a 18,6 casos para 1.000 habitantes, tendo grande incidência em indivíduos com idade superior a 65 anos. Dentre as principais causas de epilepsia em idosos estão os acidentes vasculares, traumatismos, neoplasias, infecções e doenças degenerativas. As crises nos idosos são predominantemente de origem focal e tendem a ter sintomatologia atípica, dificultando o diagnóstico clínico. O manejo da epilepsia na senescência deve ser realizado com cautela. Fatores inerentes às mudanças fisiológicas no envelhecimento normal, às comorbidades individuais e às medicações em uso, que afetam tanto a eficácia quanto a chance de efeitos adversos relacionados aos anticonvulsivantes, devem ser levados em consideração. A resposta à terapia farmacológica tende a ser satisfatória em pelo menos 80 % dos pacientes idosos. No entanto, é importante ressaltar a carência de estudos clínicos e translacionais que enfatizem as dificuldades clínicas e no prognóstico da epilepsia incidente durante a senescência, em parte devido a dificuldades específicas encontradas no estudo de populações envelhecidas. Nesse sentido, novos estudos são necessários para aprofundar o conhecimento sobre a prevenção e terapêutica da epilepsia em idosos.
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