Oficinas e imagens sacras: a produção da imaginária como meio de defesa e difusão de códigos missionais (Missões indígenas-jesuíticas. Século XVII-XVIII. Paraguai)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Jean Tiago
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/3280
Resumo: Os artífices inígenas inseridos nas oficinas das Missões aprimoraram uma série de técnicas e transformações de significados capazes de divulgar seus próprios interesses, principalmente por meio de reformulações estéticas (cores e formas) e linguísticas (novos nomes). Exemplos desse fenômeno podem ser identificados em pinturas, esculturas, catecismos e relatos oníricos onde as santidades ocidentais passam a ser entendidas como marangatu, neologismo missional destinado a identificar um conjunto de seres criados naquele contexto para especialmente representarem e defenderem a moral pregada pelos índios congregantes e os padres. Tal fato aponta à possibilidade de entender essas produções não como potentados da religiosidade experimentada nos povoados, menos ainda como reproduções restritamente vinculadas à hagiografia ocidental, mas, sim, como um conjunto de representações oriunda de um dos tantos grupos nascidos no interior do complexo central de cada Missão.
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