Hospício é não se sabe o quê, porque hospício é Deus: crítica às práticas asilares em saúde mental e aos discursos de verdade periciais a partir do testemunho e do arquivo de Maura Lopes Cançado
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/7211 |
Resumo: | Em sentido amplo, esta pesquisa delineia uma crítica às práticas asilares em saúde mental que, no processo penal, encontram significação no instituto da medida de segurança de internação; assim como aos efeitos de poder decorrentes do encontro dos saberes jurídico-penal e psiquiátrico-psicológico no processo penal contemporâneo. Especificamente, este trabalho objetiva: a) a construção de uma crítica à lógica hospitalocêntrica em termos de experiência e de tratamento da loucura a partir do testemunho presente na obra diarística Hospício é Deus – Diário I, de Maura Lopes Cançado (1929-1993); b) a análise do discurso de verdade sobre Maura, bem como dos efeitos de poder de tal discurso, construído pelos exames psiquiátricopsicológicos que compõem o processo judicial no qual a escritora foi considerada inimputável pela prática de homicídio contra outra asilada, vindo, em decorrência disso, a cumprir medida de segurança de internação. Esta pesquisa se justifica pela necessidade da tomada da palavra por aqueles que o discurso oficial emudece, uma vez que estigmatizados pelo símbolo da loucura e do crime. Metodologicamente, a primeira parte do trabalho é construída por meio de pesquisa bibliográfica, primando pela revisão de categorias do pensamento relevantes ao tema deste trabalho, principalmente, de Michel Foucault e de Giorgio Agamben. A segunda parte volta-se para a pesquisa documental tanto acerca do testemunho de Maura quanto do arquivo sobre Maura– os laudos psiquiátrico-psicológicos. |
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