A mineração em São José do Norte, RS: um estudo sobre controvérsias ambientais em torno do projeto retiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/10171 |
Resumo: | Este trabalho aborda a construção de uma controvérsia ambiental em torno da tentativa de instalação do Projeto Retiro, no município de São José do Norte – RS, e tem como foco a dimensão conflitiva deste processo, ocasionada pelas assimetrias e desigualdades que envolvem os atores sociais em disputa. O empreendimento minerário prevê um período de atividades que visam à exploração de minerais pesados por cerca de vinte anos. A partir do referencial teórico utilizado, é possível afirmar que, a adesão de muitos países da América Latina ao modelo econômico neoliberal tem como característica a exploração dos recursos naturais e ambientais que passam a atender as necessidades do Mercado e, tem como consequência a geração de impactos negativos que são imputados aos grupos de menor poder de apropriação material e simbólica. Neste contexto, esta pesquisa é guiada pelas seguintes perguntas: como se dá o processo de elaboração da crítica ao Projeto Retiro? Quais são os elementos que fornecem condições para a construção de uma controvérsia ambiental frente à possibilidade de instalação do Projeto Retiro? E, tem como objetivo a análise do processo de construção da controvérsia ambiental através da descrição dos argumentadores e dos argumentos utilizados para a defesa ou rejeição do Projeto Retiro e, além disso, busca mapear os atores sociais envolvidos na controvérsia, para refletir sobre o papel da Educação Ambiental no que tange aos conflitos envolvendo a instalação de grandes empreendimentos. Esta pesquisa que, está apoiada nos referenciais teóricos e metodológicos da sociologia e da antropologia, se ocupa de mapear e analisar as audiências públicas referentes ao processo de licenciamento ambiental deste empreendimento, bem como seus desdobramentos em outros espaços de crítica, tais como programas de rádio, reuniões e visitas ao local que possivelmente sediará o empreendimento. A partir das análises realizadas, conclui-se que, existe um conflito envolvendo a disputa entre grandes empreendimentos (RGM S.A.; Ventos do Atlântico S.A. e FLOPAL). Destaca-se, também, a resistência por parte de grupos de agricultores, pescadores e outros ao projeto minerário. As questões suscitadas durante a pesquisa contestam as noções de desenvolvimento e de progresso que permeiam as disputas pelo uso e significação do território e, nesta medida, oferecem aportes para que se possa refletir acerca do papel exercido pela Educação Ambiental nestes espaços de conflito. Argumenta-se, por fim, que a Educação Ambiental deve abordar as questões ambientais a partir das relações sociais, envolvendo uma discussão política que, considera os sujeitos a partir da sua condição social, histórica, econômica e cultural, com vistas para a explicitação e problematização dos conflitos que envolvem os grupos sociais. |
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A mineração em São José do Norte, RS: um estudo sobre controvérsias ambientais em torno do projeto retiroConflitos socioambientaisControvérsia ambientalEducação AmbientalMineraçãoTerritórioConflictos SocioambientalesControversia AmbientalEducación AmbientalMineríaTerritorioEste trabalho aborda a construção de uma controvérsia ambiental em torno da tentativa de instalação do Projeto Retiro, no município de São José do Norte – RS, e tem como foco a dimensão conflitiva deste processo, ocasionada pelas assimetrias e desigualdades que envolvem os atores sociais em disputa. O empreendimento minerário prevê um período de atividades que visam à exploração de minerais pesados por cerca de vinte anos. A partir do referencial teórico utilizado, é possível afirmar que, a adesão de muitos países da América Latina ao modelo econômico neoliberal tem como característica a exploração dos recursos naturais e ambientais que passam a atender as necessidades do Mercado e, tem como consequência a geração de impactos negativos que são imputados aos grupos de menor poder de apropriação material e simbólica. Neste contexto, esta pesquisa é guiada pelas seguintes perguntas: como se dá o processo de elaboração da crítica ao Projeto Retiro? Quais são os elementos que fornecem condições para a construção de uma controvérsia ambiental frente à possibilidade de instalação do Projeto Retiro? E, tem como objetivo a análise do processo de construção da controvérsia ambiental através da descrição dos argumentadores e dos argumentos utilizados para a defesa ou rejeição do Projeto Retiro e, além disso, busca mapear os atores sociais envolvidos na controvérsia, para refletir sobre o papel da Educação Ambiental no que tange aos conflitos envolvendo a instalação de grandes empreendimentos. Esta pesquisa que, está apoiada nos referenciais teóricos e metodológicos da sociologia e da antropologia, se ocupa de mapear e analisar as audiências públicas referentes ao processo de licenciamento ambiental deste empreendimento, bem como seus desdobramentos em outros espaços de crítica, tais como programas de rádio, reuniões e visitas ao local que possivelmente sediará o empreendimento. A partir das análises realizadas, conclui-se que, existe um conflito envolvendo a disputa entre grandes empreendimentos (RGM S.A.; Ventos do Atlântico S.A. e FLOPAL). Destaca-se, também, a resistência por parte de grupos de agricultores, pescadores e outros ao projeto minerário. As questões suscitadas durante a pesquisa contestam as noções de desenvolvimento e de progresso que permeiam as disputas pelo uso e significação do território e, nesta medida, oferecem aportes para que se possa refletir acerca do papel exercido pela Educação Ambiental nestes espaços de conflito. Argumenta-se, por fim, que a Educação Ambiental deve abordar as questões ambientais a partir das relações sociais, envolvendo uma discussão política que, considera os sujeitos a partir da sua condição social, histórica, econômica e cultural, com vistas para a explicitação e problematização dos conflitos que envolvem os grupos sociais.El presente trabajo aborda la construcción de una controversia ambiental sobre la tentativa de la instalación del Proyecto Minero Retiro, en el municipio de São José do Norte – RS, Brasil, y tiene como objetivo estudiar la dimensión conflictiva de este proceso ocasionada por las asimetrías y desigualdades de los actores sociales involucrados. Este proyecto prevé un período de actividades destinadas a la explotación de minerales pesados durante unos veinte años. A partir del marco teórico, podemos decir que la adhesión de muchos países de América Latina al modelo económico neoliberal se caracteriza por la explotación de los recursos naturales y ambientales, los cuales vienen a satisfacer las necesidades del mercado y dan como resultado la generación de impactos negativos en grupos con menor poder de apropiación material y simbólica. En este contexto, esta investigación se cuestiona lo siguiente: ¿Cómo es el proceso de elaboración de la crítica al Proyecto Retiro? ¿Cuáles son los elementos que proporcionan las condiciones para la construcción de una controversia ambiental frente a la posibilidad de la instalación de Project Retiro?. Y tiene como objetivo el análisis del proceso de construcción de la controversia ambiental a través de la descripción de los debatientes y los argumentos utilizados para defender o rechazar el Proyecto Retiro. Además, busca mapear los actores sociales involucrados, para que, a partir de esto, se pueda reflexionar sobre el papel de la Educación Ambiental en los conflictos relacionados con el emprendimiento neoliberal de las grandes empresas. Esta investigación se apoya en los marcos teóricos y metodológicos de la sociología y la antropología, centrándose en mapear y analizar audiencias públicas sobre el proceso de licenciamiento ambiental de este proyecto, así como su desarrollo en otras áreas críticas, tales como programas de radio, reuniones y visitas al lugar en donde posiblemente se ejecutará este proyecto. A partir del análisis realizado, se concluye que existe un conflicto entre las grandes empresas (RGM S.A.; Vientos de Atlántico S.A. y FLOPAL). Y se resalta la resistencia de los grupos de agricultores, pescadores y otros actores sociales al proyecto minero. Las discusiones planteadas durante la investigación desafían las nociones de desarrollo y progreso que impregnan las disputas por el uso y el significado del territorio, y en esa medida, proporcionan aportes para que podamos reflexionar sobre el papel que desempeña la Educación Ambiental en estos espacios de conflicto. Se plantea entonces, que la Educación Ambiental debe abordar los problemas ambientales desde las relaciones sociales, que implique una discusión política y que considera al sujeto desde su condición social, histórica, económica y cultural, permitiendo una compresión y una problematización de los conflictos que involucran los grupos sociales.Adomilli, Gianpaolo KnollerLopes, Raizza da Costa2021-12-23T17:22:58Z2021-12-23T17:22:58Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfLOPES, Raizza da Costa.. A mineração em São José do Norte, RS: um estudo sobre controvérsias ambientais em torno do projeto retiro. 2017. 379 f. Dissertação (Mestrado em Educação Ambiental) – Instituto de Educação. Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande.http://repositorio.furg.br/handle/1/10171porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURG2021-12-23T17:22:58Zoai:repositorio.furg.br:1/10171Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2021-12-23T17:22:58Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false |
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