Dieta do Caranguejo Fantasma Ocypode quadrata (Fabricius, 1787) em praias arenosas do extremo Sul do Brasil

• Autor(a) principal: Cordeiro, Lucas Natalicio
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
• Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/7965
• topic: Conteúdo estomacal; Ecologia; Praia do Cassino; Maria farinha; Ocypodidae; Stomach Contents; Ecology; Cassino Beach

No presente trabalho foram analisadas a abundância de tocas e os itens alimentares do caranguejo Ocypode quadrata em praias arenosas do extremo Sul do Brasil, faixa da Praia do Cassino entre o Navio encalhado Altair (32º25’ S / 52º20’ O) e a Praia dos Concheiros (33º51’ S / 53º06’ O). A região foi dividida em três Áreas (#A, #B e #C) com dois Pontos amostrais em cada uma. Foram realizadas quatro amostragens sazonais, duas no Verão e duas no Inverno, quando foram realizados censos das tocas, coleta de organismos para análise dos contúdos estomacais e amostragens de sedimento. A granulometria média do Inverno foi mais grossa do que a do Verão, sendo a Área #A a com granulometria mais fina nas duas estações. No total foram contadas 822 tocas, no Verão foram encontradas significativamente mais tocas (667) do que no Inverno (155). A Área #C foi estatisticamente mais abundante em tocas (529) do que as demais (#A 153; #B 140). As menores tocas encontradas possuíam 3 mm de diâmetro da abertura e as maiores 32 mm, as classes de tamanho mais abundantes foram as com 1 – 4 mm e 5 – 8 mm, e as menos abundante as com 25 – 28 mm e 29 – 32 mm. No Inverno não foram encontradas tocas com mais de 20 mm em nenhuma das Áreas. Foram coletados 71 organismos para a análise dos itens alimentares, 57 no Verão e 14 no Inverno, sendo que 66 % eram machos e 34 % eram fêmeas. Foi possível a determinação de duas categorias de itens alimentares: vegetação e Hexapoda, com frequência de 36,6 % e 24,5 %, respectivamente.