A obstinação terapêutica como uma questão ética
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/3329 |
Resumo: | Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2005. |
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A obstinação terapêutica como uma questão éticaThe therapeutic obstinacy as an ethical matterLa obstinación terapéutica como una cuestión éticaTerapêuticaPacientesSaúdeMorteÉticaEnfermagemTherapeuticPatientsHealthDeathEthicsNursingTerapéuticaSaludMuerteEnfermeríaDissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2005.Questões envolvendo a obstinação terapêutica estão presentes no cotidiano das Unidades de Terapia Intensiva (UTIS), onde diferentes decisões são tomadas, com relação ao destino do tratamento de pacientes em processo de morrer e de morte. Esta temática ainda é pouco discutida entre os profissionais da saúde que atuam nas UTIs, especialmente pelas profissionais de enfermagem, que são responsáveis pela implementação das terapêuticas prescritas pelos médicos, com as quais, muitas vezes, podem discordar. Assim, este estudo tem como objetivos: - Conhecer se as enfermeiras reconhecem a prescrição de tratamentos fúteis no ambiente em que atuam; - Conhecer os sentimentos das enfermeiras envolvidos na implementação de tratamentos que consideram fúteis;- Conhecer as estratégias construídas pelas enfermeiras no enfrentamento dessas situações. Foram realizadas 6 entrevistas semi- estruturadas com enfermeiras que atuam em UTIS. A partir da análise do conteúdo dos dados, quatro categorias foram construídas: - Obstinação terapêutica: o que é isto? as enfermeiras, que atuam nas UTIS, desconhecem o termo obstinação terapêutica, mas a reconhecem como muito presente em suas práticas; - A obstinação terapêutica como o prolongamento do sofrimento: as profissionais consideram que a obstinação terapêutica prolonga o sofrimento do paciente e de seus familiares e, também, o seu sofrimento e o da equipe de enfermagem; - A obstinação terapêutica como a priorização da cura: as enfermeiras identificam em suas práticas cotidianas tratamentos obstinados; entretanto, acreditam ser necessário investir na cura do paciente, ressaltando a sua inquestionabilidade; Enfrentamento da obstinação terapêutica: cuidado humanizado? são apresentadas algumas estratégias no enfrentamento desta temática, considerando a participação do paciente como imprescindível no processo de tomada de decisões. O trabalho demonstra a necessidade e a importância de avaliar as medidas terapêuticas que necessitam ser utilizadas no tratamento de pacientes em processo de morrer e de morte, de modo que possam viver a fase final de sua vida com qualidade, considerando que quando a cura não é mais possível, é necessário cuidar, preocupando-se com a pessoa doente e respeitando sua integridade, lembrando que o cuidado é a base do exercício profissional da enfermagem.Questions involving the therapeutic obstinacy are present in the everyday life of Intensive Care Units (ICUs), where different decisions are made, in relation to the fate of the treatment of patients who are about to die and the dead ones. This topic is still seldom discussed among professionals in the field of health who work on ICUs, specially by nursing professionals, who are responsible for implementing the procedures prescribed by the doctors, which, in certain times, they might disagree with. Therefore, this study aims at the following: - Knowing if the nurses acknowledge the prescription of futile treatments in the environment where they work; - Knowing about the feeling of the nurses involved in the implementation of the treatments which they consider futile; - Knowing the strategies built by the nurses when facing these situations. 6 semi-structured interviews were made with nurses who work at ICUs. Based on the analysis of the data collected, four categories were built:- Therapeutic obstinacy: what is it? the nurses, who work at ICUs, do not know the term therapeutic obstinacy, but realize it is very present in their practices; - The therapeutic obstinacy as a prolongation of the suffering: the professionals consider that the therapeutic obstinacy prolongs the suffering of the\ patient and its family and, also, that its suffering and the nursing people; - The therapeutic obstinacy as the priority of the cure: the nurses identify in their everyday practice obstinate treatments; however, they believe it is necessary to invest in the cure of the patient, highlighting its unquestionable situation; Facing the therapeutic obstinacy: humanized care? some strategies are presented in order to face this topic, considering the participation of the patient as vital in the process of making decisions. The work shows the necessity and the importance of evaluating the therapeutic measures which need to be used in the treatment of patients who are about to die or the ones who have died, in a way that they can live the final moments of their lives with quality, considering that when the cure is not possible anymore, it is necessary to care for, worrying about the sick person and respecting its integrity, recalling that the care is the base for the professional practice of nursing.Cuestiones envolviendo la obstinación terapéutica están presentes en el cotidiano de las Unidades de Terapia Intensiva (UTIS), donde distintas decisiones son tomadas, con relación al destino del tratamiento de pacientes en proceso de morir y de muerte. Esta temática aún es poco discutida entre los profesionales de la salud que actúan en las UTIS, especialmente por las profesionales de enfermería que son responsables por la implementación de las terapéuticas prescritas por los médicos, con los cuales, muchas veces, pueden discordar. Así, este estudio tiene como objetivo: - Conocer si las enfermeras reconocen la prescripción de tratamientos fútiles en el ambiente en que actúan; - Conocer los sentimientos de las enfermeras involucradas en la implementación de tratamientos que consideran fútiles; - Conocer las estrategias construidas por las enfermeras en el enfrentamiento de esas situaciones. Fueron realizadas 6 entrevistas semiestructuradas con enfermeras que actúan en UTIS. A partir del análisis del contenido de los datos, cuatro categorias fueron construidas: - Obstinación terapéutica: ¿qué es eso? las enfermeras, que actúan en las UTIS, desconocen el termo obstinación terapéutica, pero la reconoce como muy presente en sus prácticas; - La obstinación terapéutica como la continuidad del sufrimiento: las profesionales consideran que la obstinación terapéutica prolonga el sufrimiento del paciente y de sus familiares y, también, su propio sufrimiento y del equipo de enfermería; - La obstinación terapéutica como la priorización de la cura: las enfermeras identifican en sus prácticas cotidianas tratamientos obstinados, mientras tanto, creen ser necesario invertir en la cura del paciente, resaltando su incuestionabilidad; ¿Enfrentamiento de la obstinación terapéutica: cuidado humanizado? Son presentadas algunas estrategias en el enfrentamiento de esta temática, considerando la participación del paciente como imprescindible en el proceso de tomada de decisiones. El trabajo demuestra la necesidad y la importancia de evaluar las medidas terapéuticas que necesitan ser utilizadas en el tratamiento de pacientes en proceso de morir y de muerte, de modo que puedan vivir la fase final de su vida con calidad, considerando que cuando la cura no es más posible, es necesario cuidar, preocupándose con la persona enferma y respetando su integridad, acordándose que el cuidado es la base del ejercicio profesional de la enfermería.Lunardi, Valéria LerchCarvalho, Karen Knopp de2013-04-25T13:18:59Z2013-04-25T13:18:59Z2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCARVALHO, Karen Knopp de. A obstinação terapêutica como uma questão ética. 2005. 99f. 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