Relação entre as comunidades fitoplanctônicas e os fluxos de dióxido de carbono no oceano atlântico sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Andréa da Consolação de Oliveira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/10395
Resumo: O fitoplâncton marinho contribui para a absorção de dióxido de carbono (CO2) atmosférico pelos oceanos através da mediação da fotossíntese na bomba biológica do carbono. No entanto, as comunidades fitoplanctônicas, que variam amplamente em relação à sua composição estrutural, respondem de maneira diferenciada com as variações ambientais e, também, podem diferir na sua capacidade de absorção de CO2. Desta forma, este estudo propõe avaliar o efeito da relação entre os processos físico-químicos e as comunidades fitoplanctônicas na variabilidade do fluxo líquido de CO2 (FCO2) na interface oceano-atmosfera em distintos regimes hidrográficos no oceano Atlântico Sul. Para isso, foram adotadas metodologias apropriadas: (i) para determinação dos parâmetros do sistema carbonato necessários para o cálculo do FCO2, i.e. pressão parcial do CO2 (pCO2), alcalinidade total e carbono inorgânico dissolvido total, e (ii) para determinação da composição pigmentar fitoplanctônica, através da cromatografia líquida de alta performance, combinada com análise quimiotaxionômica (ferramenta CHEMTAX), tendo em vista a caracterização das comunidades de fitoplâncton nas distintas áreas de estudo. Assim, foi possível determinar a relação existente entre a estrutura das comunidades fitoplanctônicas e a modulação das trocas de CO2 na interface oceano-atmosfera nas regiões de estudo. No geral, a biomassa fitoplanctônica foi significativamente relacionada com a pCO2 da água, e com o FCO2, no oceano Atlântico Sul. No entanto, na parte ocidental (sistema dominado pela corrente do Brasil) o valor médio encontrado para o FCO2 foi de –7.1 mmol CO2 m–2 d –1 , e uma maior captação de CO2 esteve associada a variações da temperatura e ao padrão de salinidade (parâmetros físico-químicos), apesar de uma clara dominância das diatomáceas nesta região. Maiores concentrações de haptófitas foram associadas ao aumento da captação de CO2 na porção central do giro subtropical do Atlântico Sul onde o FCO2 médio foi de –9.8 mmol CO2 m–2 d –1 . Já na porção oriental (sistema dominado pela corrente de Benguela) foram encontradas elevadas taxas de absorção de CO2 atmosférico com FCO2 médio de –27.6 mmol CO2 m–2 d –1 associadas às haptófitas mas também a diatomáceas. Em uma investigação mais focada na porção central do Atlântico xix Sul (dominada pelo giro subtropical do Atlântico Sul) foi observada a influência dos vórtices anticiclônicos das Agulhas na distribuição das comunidades fitoplanctônicas. Os resultados desse estudo mostraram o aumento da diversidade dos grupos e da biomassa fitoplanctônica no interior dessas estruturas de mesoescala em relação ao seu entorno, sendo diferenciadas pelo aparecimento principalmente de prasinófitas, pelagófitas e criptófitas. Isso foi evidenciado, principalmente, na estrutura (vórtice) mais jovem, ficando menos evidente essa diferenciação (interior vs entorno) à medida que as estruturas evoluíram ao longo das suas trajetórias. Nos estudos conduzidos em regiões costeiras do sudoeste do Atlântico Sul (20°S–50°S) observou-se que o FCO2 variou amplamente entre as regiões que se comportaram, em geral, como fraca fonte (FCO2 em média de 5.4 ± 5.5 mmol CO2 m–2 d –1 ) e grande sumidouro de CO2 (FCO2 em média de –20.8 ± 6.8 mmol CO2 m–2 d –1 ). A pCO2 na superfície do mar foi negativamente correlacionada com a clorofila a (índice de biomassa fitoplanctônica) e com uma maior abundância de diatomáceas nas regiões entre 40°S e 50°S. A região no entorno de 35°S marcou a transição de um importante gradiente zonal entre 20°S e 50°S. A porção norte da margem continental brasileira evidenciou uma emissão de CO2 do oceano para a atmosfera, e esteve dominada por grupos de cianobactérias. Por outro lado, a porção mais ao sul apresentou maior influência da biologia e funcionou como um forte sumidouro de CO2, sendo dominada por grupos funcionais do fitoplâncton de maior tamanho (diatomáceas). Com esta Tese, objetivamos associar a abundância de diferentes grupos do fitoplâncton e a absorção de CO2 atmosférico em regiões de comportamentos dinâmicos distintos no Oceano Atlântico Sul. Mudanças globais afetam o fitoplâncton em todo o mundo. Entender como o fitoplâncton está relacionado à absorção de CO2, é entender como as mudanças globais afetarão os processos biogeoquímicos oceânicos.
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Desta forma, este estudo propõe avaliar o efeito da relação entre os processos físico-químicos e as comunidades fitoplanctônicas na variabilidade do fluxo líquido de CO2 (FCO2) na interface oceano-atmosfera em distintos regimes hidrográficos no oceano Atlântico Sul. Para isso, foram adotadas metodologias apropriadas: (i) para determinação dos parâmetros do sistema carbonato necessários para o cálculo do FCO2, i.e. pressão parcial do CO2 (pCO2), alcalinidade total e carbono inorgânico dissolvido total, e (ii) para determinação da composição pigmentar fitoplanctônica, através da cromatografia líquida de alta performance, combinada com análise quimiotaxionômica (ferramenta CHEMTAX), tendo em vista a caracterização das comunidades de fitoplâncton nas distintas áreas de estudo. Assim, foi possível determinar a relação existente entre a estrutura das comunidades fitoplanctônicas e a modulação das trocas de CO2 na interface oceano-atmosfera nas regiões de estudo. No geral, a biomassa fitoplanctônica foi significativamente relacionada com a pCO2 da água, e com o FCO2, no oceano Atlântico Sul. No entanto, na parte ocidental (sistema dominado pela corrente do Brasil) o valor médio encontrado para o FCO2 foi de –7.1 mmol CO2 m–2 d –1 , e uma maior captação de CO2 esteve associada a variações da temperatura e ao padrão de salinidade (parâmetros físico-químicos), apesar de uma clara dominância das diatomáceas nesta região. Maiores concentrações de haptófitas foram associadas ao aumento da captação de CO2 na porção central do giro subtropical do Atlântico Sul onde o FCO2 médio foi de –9.8 mmol CO2 m–2 d –1 . Já na porção oriental (sistema dominado pela corrente de Benguela) foram encontradas elevadas taxas de absorção de CO2 atmosférico com FCO2 médio de –27.6 mmol CO2 m–2 d –1 associadas às haptófitas mas também a diatomáceas. Em uma investigação mais focada na porção central do Atlântico xix Sul (dominada pelo giro subtropical do Atlântico Sul) foi observada a influência dos vórtices anticiclônicos das Agulhas na distribuição das comunidades fitoplanctônicas. Os resultados desse estudo mostraram o aumento da diversidade dos grupos e da biomassa fitoplanctônica no interior dessas estruturas de mesoescala em relação ao seu entorno, sendo diferenciadas pelo aparecimento principalmente de prasinófitas, pelagófitas e criptófitas. Isso foi evidenciado, principalmente, na estrutura (vórtice) mais jovem, ficando menos evidente essa diferenciação (interior vs entorno) à medida que as estruturas evoluíram ao longo das suas trajetórias. Nos estudos conduzidos em regiões costeiras do sudoeste do Atlântico Sul (20°S–50°S) observou-se que o FCO2 variou amplamente entre as regiões que se comportaram, em geral, como fraca fonte (FCO2 em média de 5.4 ± 5.5 mmol CO2 m–2 d –1 ) e grande sumidouro de CO2 (FCO2 em média de –20.8 ± 6.8 mmol CO2 m–2 d –1 ). A pCO2 na superfície do mar foi negativamente correlacionada com a clorofila a (índice de biomassa fitoplanctônica) e com uma maior abundância de diatomáceas nas regiões entre 40°S e 50°S. A região no entorno de 35°S marcou a transição de um importante gradiente zonal entre 20°S e 50°S. A porção norte da margem continental brasileira evidenciou uma emissão de CO2 do oceano para a atmosfera, e esteve dominada por grupos de cianobactérias. Por outro lado, a porção mais ao sul apresentou maior influência da biologia e funcionou como um forte sumidouro de CO2, sendo dominada por grupos funcionais do fitoplâncton de maior tamanho (diatomáceas). Com esta Tese, objetivamos associar a abundância de diferentes grupos do fitoplâncton e a absorção de CO2 atmosférico em regiões de comportamentos dinâmicos distintos no Oceano Atlântico Sul. Mudanças globais afetam o fitoplâncton em todo o mundo. Entender como o fitoplâncton está relacionado à absorção de CO2, é entender como as mudanças globais afetarão os processos biogeoquímicos oceânicos.Marine phytoplankton contributes significantly to atmospheric carbon dioxide (CO2) uptake by the oceans through the mediation of photosynthesis in the biological carbon pump. However, phytoplankton vary widely functionally, in cell size and structure, and thus, respond differently to environmental variations and, also, may differ in their CO2 absorption capacity. Thus, this study proposes to evaluate the effect of the relationship between physical-chemical processes and phytoplankton communities on the variability of the CO2 net fluxes (FCO2) at the ocean-atmosphere interface in different hydrographic regimes in the South Atlantic Ocean. Appropriate methodologies were adopted to accomplish this goal: (i) determination of the carbonate parameters, used for FCO2 calculation, i.e. CO2 partial pressure (pCO2), total alkalinity and dissolved inorganic carbon and (ii) phytoplankton pigment analysis using high performance liquid chromatography combined with chemotaxonomic analysis (CHEMTAX). Thus, it was possible to determine the relationship between the structure of phytoplankton communities and the modulation of CO2 exchanges at the ocean-atmosphere interface in the study regions. Phytoplankton biomass was significantly related to water pCO2 and FCO2 in the South Atlantic Ocean. However, in the western sector (western boundary current domain – Brazil current), the average value found for FCO2 was –7.1 mmol CO2 m–2 d –1 , a higher CO2 uptake was associated with temperature variations and with the salinity pattern (physical-chemical parameters), despite the clear dominance of diatoms in this region. Higher concentrations of haptophytes were associated with increased CO2 uptake in the subtropical central gyre system where the average FCO2 was –9.8 mmol CO2 m–2 d –1 . At the eastern sector (eastern boundary current domain – Benguela current) high rates of atmospheric CO2 uptake were found with an average FCO2 of –27.6 mmol CO2 m–2 d –1 associated with haptophytes but also with diatoms. An investigation more focused on the central area of the South Atlantic (dominated by the subtropical gyre), the influence of the anti-cyclonic Agulhas eddies on the distribution of phytoplankton communities was observed. The results of this study showed an increase in group diversity and phytoplankton biomass within these structures in xxi relation to their surroundings. This pattern was evidenced, particularly, in the younger structure (eddy), this differentiation (interior vs surroundings) becoming less evident as the structures evolved along their trajectories. In studies conducted in coastal regions of the southwestern South Atlantic (20°S–50°S), it was observed that FCO2 varied widely between regions that generally behaved as a weak source (with average FCO2 of 5.4 ± 5.5 mmol CO2 m–2 d –1 )and a large CO2 sink (with average FCO2 of –20.8 ± 6.8 mmol CO2 m–2 d –1 ). The pCO2 in the surface seawater was negatively correlated with chlorophyll a (phytoplankton biomass index) and with a greater abundance of diatoms in the regions between 40°S and 50°S. The region around 35°S marked the transition from an important zonal gradient between 20°S and 50°S. The northern portion of the Brazilian continental margin showed a CO2 emission from the ocean into the atmosphere and was dominated by groups of cyanobacteria. On the other hand, the southernmost portion showed greater influence from biology and functioned as a strong CO2 sink, being dominated by larger phytoplankton functional groups (diatoms). With this Thesis, we aim to associate the abundance of different groups of phytoplankton and the absorption of atmospheric CO2 in regions of distinct dynamic behavior in the South Atlantic Ocean. Global changes affect phytoplankton worldwide. Understanding how phytoplankton is related to CO2 uptake is to understand how global changes will affect oceanic biogeochemical processes.porOceano Atlântico SulProvíncias biogeoquímicasFitoplânctonDiatomáceasCianobactériasHaptófitasBomba biológica do carbonoAbsorção de CO2Fluxo líquido de CO2.South Atlantic OceanBiogeochemical provincesPhytoplanktonDiatomsCyanobacteriaHaptophytesBiological carbon pumpCO2 uptakeCO2 net fluxesRelação entre as comunidades fitoplanctônicas e os fluxos de dióxido de carbono no oceano atlântico sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINALTese__Andrea_Carvalho.pdfTese__Andrea_Carvalho.pdfapplication/pdf6235097https://repositorio.furg.br/bitstream/1/10395/1/Tese__Andrea_Carvalho.pdfc406e9ba49b886976ea8d300bfa45c25MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.furg.br/bitstream/1/10395/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52open access1/103952022-03-18 14:23:07.0open accessoai:repositorio.furg.br:1/10395Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2022-03-18T17:23:07Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
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