Policarpo, Saturnina, Maria, Eva e tantas outras crianças de tez negra: experiências de infâncias escravizadas na sociedade de Pelotas/RS (1850-1870)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Natália Garcia
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Resende Júnior, José Ricardo Marques
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: https://repositorio.furg.br/handle/123456789/10841
https://doi.org/10.14295/rbhcs.v13i25.11902
Resumo: Artigo da Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - RBHCS, v. 13, n. 25, p. 31–59. : il. color; Edição Especial de 2021, publicado no município de Rio Grande (RS), pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG.
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Quando abordados na historiografia social da escravidão, eles figuram como os filhos das escravizadas, mas não como o centro norteador da análise. Nesse âmbito, o trabalho tem o intuito de trazer à cena essa infância escravizada, apontando através de uma gama de fontes documentais como, inventários post-mortem, processos crimes, batismos e alforrias, o questionamento de como era a experiência da infância de um escravizado. Não é objetivo do trabalho apontar a respeito de suas idades ou ocupações, como meras informações. A investigação proposta se utiliza da análise quantitativa e qualitativa para tentar compreender as experiências da infância escrava, por exemplo, na análise da criminalidade quando esses sujeitos ora sofriam uma violência, ora também a praticavam. Por outro lado, o que essas crianças negras entendiam sobre liberdade quando sofriam um processo injusto de reescravização de suas vidas. Ou quando a violência extrapolava a dominação do trabalho e as atingia em cheio sobre o corpo feminino, um corpo de criança. Além disso, como era a experiência de liberdade para esse grupo social quando recebiam a alforria sob os santos óleos na pia batismal.This article aims to address the slave childhood against the backdrop of the slave-owning city of Pelotas, from 1850 to 1870. For a long time the theme of the childhood of enslaved people was left aside by historians. When approached in the social historiography of slavery, they appear as the children of enslaved women, but not as the guiding center of the analysis. In this context, the work intends to bring this enslaved childhood to the scene, pointing through a range of documentary sources such as post-mortem inventories, criminal processes, baptisms and manumissions, the questioning of what the childhood experience of an enslaved person was like. It is not the objective of this work to indicate their ages or occupations, as mere information. The proposed investigation uses quantitative and qualitative analysis to try to understand the experiences of slave childhood, for example, in the analysis of criminality when these subjects sometimes suffered violence, sometimes they also practiced it. On the other hand, what did these black children understand about freedom when they suffered an unjust process of re-enslavement of their lives. Or when violence went beyond the domination of work and hit them squarely on the female body, a child's body. Also, what was the experience of freedom like for this social group when they received manumission under the holy oils in the baptismal font.Este artículo tiene como objetivo abordar la infancia esclava en el contexto de la ciudad esclavista de Pelotas, de 1850 a 1870. Durante mucho tiempo el tema de la infancia de las personas esclavizadas fue dejado de lado por los historiadores. Cuando se abordan en la historiografía social de la esclavitud, aparecen como hijos de mujeres esclavizadas, pero no como centro orientador del análisis. En este contexto, el trabajo pretende traer a escena esta infancia esclavizada, apuntando a través de diversas fuentes documentales como inventarios post-mortem, procesos penales, bautizos y manumisiones, el cuestionamiento de cómo fue la experiencia infantil de una persona esclavizada. No es objeto de este trabajo señalar sus edades u ocupaciones, como mera información. La investigación propuesta utiliza el análisis cuantitativo y cualitativo para tratar de comprender las experiencias de la infancia esclava, por ejemplo, en el análisis de la criminalidad cuando estos sujetos a veces sufrieron violencia, a veces también la practicaron. Por otra parte, qué entendieron de libertad estos niños negros cuando sufrieron un injusto proceso de reesclavización de sus vidas. O cuando la violencia fue más allá de la dominación del trabajo y los golpeó de lleno en el cuerpo femenino, el cuerpo de un niño. También, cómo fue la experiencia de libertad para este grupo social al recibir la manumisión bajo los santos óleos en la pila bautismal.Universidade Federal do Rio Grande - FURG2023-04-13T23:46:54Z2023-04-13T23:46:54Z2021-04-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfPINTO, Natália Garcia; RESENDE JÚNIOR, José Ricardo Marques. Policarpo, Saturnina, Maria, Eva e tantas outras crianças de tez negra: experiências de infâncias escravizadas na sociedade de Pelotas/RS (1850-1870). Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - RBHCS, Rio Grande (RS), v. 13, n. 25, p. 31–59. : il. color; Edição Especial de 2021. ISSN 2175-3423 versão on-line. Semestral. DOI: https://doi.org/10.14295/rbhcs.v13i25.11902. Disponível em: https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/11902. Acesso em: 13 abr. 2023.2175-3423https://repositorio.furg.br/handle/123456789/10841https://doi.org/10.14295/rbhcs.v13i25.11902porRevista Brasileira de História & Ciências Sociais - RBHCS;v. 13, n. 25, p. 31–59Pinto, Natália GarciaResende Júnior, José Ricardo Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURG2023-04-13T23:46:54Zoai:repositorio.furg.br:123456789/10841Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2023-04-13T23:46:54Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
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