Vivência do sofrimento moral no trabalho da enfermagem: percepção da enfermeira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/2981 |
Resumo: | Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2009. |
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Vivência do sofrimento moral no trabalho da enfermagem: percepção da enfermeiraExperience of the moral distress in nursing work: the nurse's perceptionLa experiencia del sufrimiento moral en el trabajo de enfermería: percepción de la enfermeraEnfermagemÉticaÉtica de enfermagemNurseEthicsEthics nursingEnfermeríaÉtica de enfermeríaDissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2009.Com objetivo de analisar a percepção das enfermeiras frente ao Sofrimento Moral vivenciado no cotidiano da profissão, relacionando a sua frequência e intensidade, realizou-se uma pesquisa do tipo survey, de caráter exploratório-descritivo, com 124 enfermeiras de quatro hospitais do sul do Brasil. A coleta dos dados ocorreu mediante utilização de um questionário auto-aplicável, denominado Moral Distress Scale (MDS), sendo composto por 38 questões fechadas relacionadas à situações que acontecem no cotidiano da enfermagem, com o acréscimo de questões de caracterização dos sujeitos. Este questionário utilizava uma escala Likert de sete pontos. Ao final do instrumento, uma questão relacionada à vivência do Sofrimento Moral foi inserida, proporcionando verificar, de um modo geral, se a percepção das situações vivenciadas no trabalho provoca Sofrimento Moral nas enfermeiras, relacionando também à frequência e à intensidade. Durante a análise, foram identificados e validados quatro constructos relacionados à percepção do Sofrimento Moral vivenciado, definidos como: negação do papel da enfermeira como advogada do paciente, relacionado ao potencial não utilizado pela enfermagem para reivindicar os direitos dos pacientes; falta de competência na equipe de trabalho, relacionado à ausência de habilidade ou competência técnica que deveria existir ao executar uma ação específica de cada categoria profissional; desrespeito à autonomia do paciente, evidenciando o desrespeito ao auto-governo, à liberdade, privacidade, escolha individual e liberdade de vontade do paciente; obstinação terapêutica, relativo ao tratamento que não mais beneficia o paciente em condições críticas, sendo considerado fútil, inútil. A falta de competência na equipe de trabalho foi o constructo que mais influenciou na percepção de sofrimento (4,55), seguido pela negação do papel da enfermeira como advogada do paciente (4,30) que apresentou um nível intermediário de sofrimento. Obstinação terapêutica e desrespeito à autonomia do paciente apresentaram-se como os constructos que menos influenciam na percepção de sofrimento, respectivamente (3,60) e (3,57), com diferença pouco significativa entre ambos. Foi verificada a importância da realização de reuniões de trabalho como um elemento possivelmente relacionado ao Sofrimento Moral, sendo identificada a maior frequência de ocorrência de reuniões com menor intensidade de percepção de sofrimento. Os resultados da pesquisa apontam a necessidade e a importância de realizar outros estudos sobre a ética, problemas morais e, em especial, Sofrimento Moral na enfermagem e na saúde, de modo a contribuir para a transformação da realidade, mediante o enfrentamento de situações do ambiente de trabalho, reconhecidas como aceitáveis, apesar de se caracterizarem como moralmente inadequadas por atentarem contra os direitos das pessoas, usuários e trabalhadores.Intending to analyse the perception of nurses toward the Moral Distress experienced in the daily routine of their profession, relating its frequency and intensity, an exploratory descriptive survey research was conducted with 124 nurses of four hospitals in southern Brazil. The collection of data happened by use of a selfapplicable questionnaire, called Moral Distress Scale (MDS), which is composed by 38 closed questions related to situations that happen in the daily routine of nursing, with additional questions on characterization of the subjects. This questionnaire used a Likert scale of seven points. At the end of the instrument, a question related to the experience of the Moral Distress was inserted, providing a chance to verify, in a general way, if the perception of experienced situations in the work causes Moral Distress in nurses, also relating to frequency and intensity. During the analysis, four constructs related to the perception of the experienced Moral Distress were identified and validated, defined as: denial of the nurse's role as patient's lawyer, related to the potential not used by the nursing to claim for the patients' rights; lack of competence in the work team, related to the absence of ability or technical competence that should exist when executing a specific action of each professional category; disrespect to patient's autonomy, emphasising the disrespect to the patient's self-determination, freedom, privacy, individual choice and freedom of will; therapeutic obstinacy, related to the treatment that no more benefits the patient in critical conditions, and therefore considered futile, useless. The lack of competence in the work team was the construct that most influenced in the distress perception (4.55), followed by the denial of the nurse's role as patient's lawyer (4.30) that presented an intermediate level of distress. Therapeutic obstinacy and disrespect to patient's autonomy came as the constructs that least influence in the distress perception, respectively (3.60) and (3.57), with a little significant difference between both. The importance of the accomplishment of work meetings was verified as an element possibly related to the Moral Distress, being identified the largest frequency of occurrence of meetings with smaller intensity of distress perception. The results of the research point the need and importance of accomplishing other studies on the ethics, moral problems and, especially, Moral Distress in nursing and health, in order to contribute for the transformation of reality, by means of coping with situations of the work atmosphere, recognized as acceptable, in spite of being characterized as morally inadequate for they attempt against the rights of people, users, and workers.Con el fin de examinar la percepción de las enfermeras frente al Sufrimiento Moral en la vida cotidiana de la profesión, relacionando a su frecuencia e intensidad, se ha realizado una investigación del tipo survey, de representación exploratoriodescriptivo, con 124 enfermeras de cuatro hospitales en el sur de Brasil. La recopilación de datos se llevó a cabo utilizando un cuestionario auto administrado, llamado Moral Distress Scale (MDS), compuesto de 38 preguntas cerradas relacionadas a situaciones vividas por la enfermería en su cotidiano, con adición de cuestiones de caracterización de los sujetos. Este cuestionario utilizó una escala Likert de siete puntos. Al final del instrumento, una cuestión relacionada con la experiencia del Sufrimiento Moral, fue añadida, propiciando examinar, de un modo general, si la percepción de las situaciones vividas en el trabajo causa Sufrimiento Moral en las enfermeras, relacionando también su frecuencia e intensidad. Durante el análisis, fueron identificados y validados cuatro constructos relacionados a la percepción del Sufrimiento Moral vivido, que fueron definidos como: negación del papel de la enfermera como defensora del paciente, relacionados con el potencial no utilizado por la enfermería para reclamar los derechos de los pacientes; la falta de experiencia en el equipo de trabajo, relacionado con la falta de habilidad o competencia técnica que debe existir para llevar a cabo una acción específica de cada categoría profesional; desprecio de la autonomía del paciente, poniendo de relieve el desacato al auto- gobierno, la libertad, la privacidad, la elección individual y la libre voluntad del paciente; obstinación terapéutica, relativo al tratamiento que no más beneficia el paciente en condiciones críticas, siendo considerado insignificante, improductivo. La falta de competencia en el equipo de trabajo fue el constructo que más influyó en la percepción del sufrimiento (4,55), seguido por la negación del papel de la enfermera como defensora del paciente (4,30) que presentó un nivel intermedio de sufrimiento. Obstinación terapéutica y el desprecio de la autonomía del paciente se presentó como los constructos que menos influyen en la percepción del sufrimiento, respectivamente (3,60) y (3,57), con pocas diferencia significativas entre ellos. Se ha verificado la importancia de las reuniones de trabajo como un elemento relacionado al Sufrimiento Moral, siendo identificada una mayor frecuencia de ocurrencia de reuniones con menor intensidad de la percepción del sufrimiento. Los resultados de la investigación indican la necesidad y la importancia de llevar a cabo nuevos estudios sobre la ética, problemas morales y, sobre todo, Sufrimiento Moral en la enfermería y en la salud, de modo a ayudar a la transformación de la realidad, a través del enfrentamiento de situaciones en el ambiente de trabajo, reconocidas como aceptables, a pesar de ser caracterizada como moralmente inadecuada por violar los derechos de las personas, los usuarios y los trabajadores.Lunardi, Valéria LerchBarlem, Edison Luiz Devos2012-12-09T23:30:44Z2012-12-09T23:30:44Z2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfBARLEM, Edison Luiz Devos. Vivência do sofrimento moral no trabalho da enfermagem: percepção da enfermeira. 2009. 105f. 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