Viabilidade do cultivo do camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis (Crustácea, Decapoda) em gaiolas sob diferentes densidades durante o outono no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Krummenauer, Dariano
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Wasielesky Junior, Wilson Francisco Britto, Cavalli, Ronaldo Olivera, Peixoto, Silvio Ricardo Maurano, Zogbi, Paulo Roberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/2089
Resumo: Neste trabalho, foi estudada a possibilidade de cultivar o camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis em gaiolas com diferentes densidades de estocagem durante o outono (abril a junho) no estuário da Lagoa dos Patos, RS. Juvenis com peso médio de 4,95g (± 1,69 dp foram estocados em gaiolas nas densidades de 20, 40, 80, 100 e 120 ind/m2. Os camarões foram alimentados diariamente ad libitum com pedaços de Corvina (Micropogonias furnieri). As sobrevivências e os pesos foram observados nos tempos 20, 40 e 60 dias de experimento. Durante o período de cultivo a temperatura da água decresceu de 24 para 11ºC (média = 17,1ºC) e a salinidade oscilou entre 3 e 26 (média = 17,5). As taxas de sobrevivência nas densidades de 20, 40, 80, 100 e 120 ind/m2 foram 65%, 68%, 46%, 52% e 43,3% respectivamente, sendo significativamente maiores nas densidades de 20 e 40 ind/m2. Após 60 dias, os camarões estocados em 20 e 40 ind/m2 atingiram peso superior a 8,0g, sendo significativamente maiores (P<0,05) que nos demais tratamentos. A maior biomassa (356g) foi obtida na densidade de 120 ind/m2. Foram produzidos de 250 a 350g de camarões com peso médio de 6,5 a 8,0g por m2, mesmo em altas densidades de estocagem (40 a 120 ind/m2). As taxas de sobrevivência dos camarões mantidos em 20 e 40 ind/m2 podem ser consideradassatisfatórias, contudo, após a temperatura ficar abaixo de 18ºC, as taxas de crescimento foram reduzidas. Os resultados confirmam o efeito negativo da densidade de estocagem sobre o crescimento dos camarões, sendo recomendada a estocagem de 40 a 120 juvenis/m2. Foi, contudo, comprovada a possibilidade de cultivar F. paulensis durante o outono no sul do Brasil.
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Os camarões foram alimentados diariamente ad libitum com pedaços de Corvina (Micropogonias furnieri). As sobrevivências e os pesos foram observados nos tempos 20, 40 e 60 dias de experimento. Durante o período de cultivo a temperatura da água decresceu de 24 para 11ºC (média = 17,1ºC) e a salinidade oscilou entre 3 e 26 (média = 17,5). As taxas de sobrevivência nas densidades de 20, 40, 80, 100 e 120 ind/m2 foram 65%, 68%, 46%, 52% e 43,3% respectivamente, sendo significativamente maiores nas densidades de 20 e 40 ind/m2. Após 60 dias, os camarões estocados em 20 e 40 ind/m2 atingiram peso superior a 8,0g, sendo significativamente maiores (P<0,05) que nos demais tratamentos. A maior biomassa (356g) foi obtida na densidade de 120 ind/m2. Foram produzidos de 250 a 350g de camarões com peso médio de 6,5 a 8,0g por m2, mesmo em altas densidades de estocagem (40 a 120 ind/m2). As taxas de sobrevivência dos camarões mantidos em 20 e 40 ind/m2 podem ser consideradassatisfatórias, contudo, após a temperatura ficar abaixo de 18ºC, as taxas de crescimento foram reduzidas. Os resultados confirmam o efeito negativo da densidade de estocagem sobre o crescimento dos camarões, sendo recomendada a estocagem de 40 a 120 juvenis/m2. Foi, contudo, comprovada a possibilidade de cultivar F. paulensis durante o outono no sul do Brasil.In this study, we assessed the feasibility of culturing Farfantepenaeus paulensis in cages at different stocking densities during autumn (from April to June) in the PatosLagoon estuary. Juveniles with mean weight of 4.95g (1.69 SD) were stocked in cages at densities of 20, 40, 80, 100 and 120 ind/m2 of bottom. Shrimp were fed daily by-catch items (Micropogonias furnieri) ad libitum. Survival and wet weight were estimated at 20, 40 and 60 days after the beginning of the trial. Water temperature varied from 11 to 24ºC (mean = 17.1ºC), whiles salinity ranged from 3 to 26 (mean = 17.5). Survival rates at densities of 20, 40, 80, 100 and 120 ind/m2 were 65%, 68%, 46%, 52% and 43,3%, respectively, being significantlyhigher at 20 and 40 ind/m2. After 60 days, shrimp stocked at 20 and 40 ind/m2 reached over 8.0g, which were significantly higher than those reared at 80, 100 and 120ind/m2. The highest biomass (356g/m2) was obtained at 120 shrimp per m2. Up to 250 to 350 g of shrimp with mean weight of 6.5 to 8.0g were produced per m2 even at the highest stocking densities (40 to 120 ind/m2). Survival rates of shrimp reared at 20 and 40 ind/m2 may be considered satisfactory, whereas growth rates where negligible after temperature dropped below 18°C. The present results confirmed the negative effect of stocking density on shrimp growth, being recommended the stocking of at the most 40 to 120 ind/m2. Although the feasibility of culturing F. paulensis in cages during autumn in southern Brazil was demonstrated.porFarfantepenaeus paulensisGaiolasDensidade de estocagemCultivo no outonoCagesStocking densitiesOff-season cultureViabilidade do cultivo do camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis (Crustácea, Decapoda) em gaiolas sob diferentes densidades durante o outono no sul do BrasilViability of culturing the shrimp Farfantepenaeus paulensis (Crustacea, Decapoda) in cages under different stocking densities during autumn in southern Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINALViabilidade do cultivo do camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis (Crustácea, Decapoda) em gaiolas sob diferentes densidades durante o outono no sul do Brasil..pdfViabilidade do cultivo do camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis (Crustácea, Decapoda) em gaiolas sob diferentes densidades durante o outono no sul do Brasil..pdfapplication/pdf90666https://repositorio.furg.br/bitstream/1/2089/1/Viabilidade%20do%20cultivo%20do%20camar%c3%a3o-rosa%20Farfantepenaeus%20paulensis%20%28Crust%c3%a1cea%2c%20Decapoda%29%20em%20gaiolas%20sob%20diferentes%20densidades%20durante%20o%20outono%20no%20sul%20do%20Brasil..pdf2ffea44ccbeff36bd9726b3e61489098MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81724https://repositorio.furg.br/bitstream/1/2089/2/license.txt5b92b9704b4f13242d70e45ddef35a68MD52open access1/20892022-10-06 18:21:59.067open accessoai:repositorio.furg.br:1/2089w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLAphbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYQpsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0KY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkZTogcmVwb3NpdG9yaW9AZnVyZy5iciBvdSAweHggNTMgMzIzMy02NzA2LgoKTElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvL2EgU3IuL1NyYS4gKGF1dG9yIG91IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcik6CgphKSBDb25jZWRlIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFJpbyBHcmFuZGUgLSAgRlVSRyBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUKZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MKZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcwpkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIEZVUkcgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIGZpbmFuY2lhZG8gb3UgYXBvaWFkbwpwb3Igb3V0cmEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBxdWUgbsOjbyBhIEZVUkcsIGRlY2xhcmEgcXVlIGN1bXByaXUgcXVhaXNxdWVyIG9icmlnYcOnw7VlcyBleGlnaWRhcyBwZWxvIHJlc3BlY3Rpdm8gY29udHJhdG8gb3UgYWNvcmRvLgoKQSBGVVJHIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldSAocykgbm9tZSAocykgY29tbyBvIChzKSBhdXRvciAoZXMpIG91IGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSwgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2022-10-06T21:21:59Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
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