Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barrientos, Andressa Cardoso
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/7569
Resumo: O presente estudo tem por objetivo discorrer acerca da influência da criminalização secundária na produção inquisitorial da prova no processo penal. Sabe-se que, em regra, as ações penais iniciam-se a partir de uma notícia – crime que passa a ser investigada pela polícia judiciária. Durante as investigações policiais inicia-se a produção de provas que, ao apresentarem critérios mínimos de autoria e de materialidade, motivam a decretação de uma persecução processual criminal ao denunciado. Ocorre que as provas primeiras, que fundamentam qualquer movimentação do poder judiciário, são gestadas, exclusivamente, pela polícia, órgão inquisitório, por excelência. E que, ainda, na prática, no decorrer da instrução processual penal produz-se poucas provas e estas, não raro, apenas coadunam com o já investigado em sede policial. Nesse sentido, este trabalho se propõe a analisar de que maneira e com quais critérios que a prova é conduzida pelas autoridades policiais e de que forma esta prova inquisitória permanece no bojo do caderno processual – influenciando, portanto, a produção das provas que são elaboradas em juízo, sobre o crivo do contraditório e da ampla defesa, e as próprias decisões judiciais de forma a manter viva, dentro das práticas judiciárias, uma verdadeira tradição inquisitorial.
id FURG_e9ed30edc32ed4a28986926d8fda296b
oai_identifier_str oai:repositorio.furg.br:1/7569
network_acronym_str FURG
network_name_str Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
repository_id_str
spelling Barrientos, Andressa CardosoKhaled Junior, Salah Hassan2017-09-19T18:50:23Z2017-09-19T18:50:23Z2016BARRIENTOS, Andressa Cardoso. Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro. 2016. 78 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Curso de Direito, Faculdade de Direito, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2016.http://repositorio.furg.br/handle/1/7569O presente estudo tem por objetivo discorrer acerca da influência da criminalização secundária na produção inquisitorial da prova no processo penal. Sabe-se que, em regra, as ações penais iniciam-se a partir de uma notícia – crime que passa a ser investigada pela polícia judiciária. Durante as investigações policiais inicia-se a produção de provas que, ao apresentarem critérios mínimos de autoria e de materialidade, motivam a decretação de uma persecução processual criminal ao denunciado. Ocorre que as provas primeiras, que fundamentam qualquer movimentação do poder judiciário, são gestadas, exclusivamente, pela polícia, órgão inquisitório, por excelência. E que, ainda, na prática, no decorrer da instrução processual penal produz-se poucas provas e estas, não raro, apenas coadunam com o já investigado em sede policial. Nesse sentido, este trabalho se propõe a analisar de que maneira e com quais critérios que a prova é conduzida pelas autoridades policiais e de que forma esta prova inquisitória permanece no bojo do caderno processual – influenciando, portanto, a produção das provas que são elaboradas em juízo, sobre o crivo do contraditório e da ampla defesa, e as próprias decisões judiciais de forma a manter viva, dentro das práticas judiciárias, uma verdadeira tradição inquisitorial.This study aims to discuss about the influence of secondary criminalization in inquisitorial production of evidence in criminal proceedings. It is known that, as a rule, criminal proceedings are initiated from a news - crime that happens to be investigated by the judicial police. During the police investigation begins the production of evidence that the present minimum criteria for authorship and materiality, motivate the adjudication of a criminal prosecution to procedural denounced. It happens that the first evidence that support any movement of the judiciary, are gestated exclusively by the police, inquisitorial body, par excellence. And that, even in practice, in the course of criminal procedural produces is little evidence and these, often, just in line with the already investigated in police headquarters. Thus, this study aims to analyze how and with what criteria the test is conducted by the police and how this inquisitorial evidence remains at the core of procedural documents - influencing therefore the production of evidence which are designed in judgment on the adversarial scrutiny and legal defense, and the very judicial decisions in order to keep alive within the judicial practices, a true inquisitorial tradition.porProvasInquérito policialProcesso penalDecisões judiciaisEvidencePolice inquiryCriminal proceedingsJudicial decisionsComo se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINALAndressa Barrientos_4310243_assignsubmission_file_Versão final para postar.pdfAndressa Barrientos_4310243_assignsubmission_file_Versão final para postar.pdfapplication/pdf903511https://repositorio.furg.br/bitstream/1/7569/1/Andressa%20Barrientos_4310243_assignsubmission_file_Vers%c3%a3o%20final%20para%20postar.pdfa177c59f8260f646f91cf5b7d2234078MD51metadata only accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.furg.br/bitstream/1/7569/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52open access1/75692020-01-28 10:05:44.16metadata only accessoai:repositorio.furg.br:1/7569Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2020-01-28T13:05:44Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
title Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
spellingShingle Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
Barrientos, Andressa Cardoso
Provas
Inquérito policial
Processo penal
Decisões judiciais
Evidence
Police inquiry
Criminal proceedings
Judicial decisions
title_short Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
title_full Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
title_fullStr Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
title_full_unstemmed Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
title_sort Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro
author Barrientos, Andressa Cardoso
author_facet Barrientos, Andressa Cardoso
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barrientos, Andressa Cardoso
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Khaled Junior, Salah Hassan
contributor_str_mv Khaled Junior, Salah Hassan
dc.subject.por.fl_str_mv Provas
Inquérito policial
Processo penal
Decisões judiciais
Evidence
Police inquiry
Criminal proceedings
Judicial decisions
topic Provas
Inquérito policial
Processo penal
Decisões judiciais
Evidence
Police inquiry
Criminal proceedings
Judicial decisions
description O presente estudo tem por objetivo discorrer acerca da influência da criminalização secundária na produção inquisitorial da prova no processo penal. Sabe-se que, em regra, as ações penais iniciam-se a partir de uma notícia – crime que passa a ser investigada pela polícia judiciária. Durante as investigações policiais inicia-se a produção de provas que, ao apresentarem critérios mínimos de autoria e de materialidade, motivam a decretação de uma persecução processual criminal ao denunciado. Ocorre que as provas primeiras, que fundamentam qualquer movimentação do poder judiciário, são gestadas, exclusivamente, pela polícia, órgão inquisitório, por excelência. E que, ainda, na prática, no decorrer da instrução processual penal produz-se poucas provas e estas, não raro, apenas coadunam com o já investigado em sede policial. Nesse sentido, este trabalho se propõe a analisar de que maneira e com quais critérios que a prova é conduzida pelas autoridades policiais e de que forma esta prova inquisitória permanece no bojo do caderno processual – influenciando, portanto, a produção das provas que são elaboradas em juízo, sobre o crivo do contraditório e da ampla defesa, e as próprias decisões judiciais de forma a manter viva, dentro das práticas judiciárias, uma verdadeira tradição inquisitorial.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-09-19T18:50:23Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-09-19T18:50:23Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv BARRIENTOS, Andressa Cardoso. Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro. 2016. 78 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Curso de Direito, Faculdade de Direito, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.furg.br/handle/1/7569
identifier_str_mv BARRIENTOS, Andressa Cardoso. Como se prende no Brasil? uma análise acerca da tradição inquisitorial probatória no processo penal brasileiro. 2016. 78 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Curso de Direito, Faculdade de Direito, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2016.
url http://repositorio.furg.br/handle/1/7569
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron:FURG
instname_str Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron_str FURG
institution FURG
reponame_str Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
collection Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.furg.br/bitstream/1/7569/1/Andressa%20Barrientos_4310243_assignsubmission_file_Vers%c3%a3o%20final%20para%20postar.pdf
https://repositorio.furg.br/bitstream/1/7569/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a177c59f8260f646f91cf5b7d2234078
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798313590183165952