À morte, sua imagem e semelhança: representações e mudanças simbólicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral Melo, Árife
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Café com Sociologia
Texto Completo: https://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/1232
Resumo: O presente artigo é um dos resultados da tese apresentada pelo autor em sua tese de doutoramento em Ciências Sociais e se propõe a apontar diferentes elementos visuais que mostram como a morte se ressignificou, particularmente no que se refere à sua representação simbólica, iconográfica, no Brasil. A morte, a partir de sua representação europeia, cuja imagem se apresenta primeiramente aterrorizante e macabra, como o esqueleto segurando uma gadanha, visava, a priori, causar comoção e reflexão. Com o avanço do tempo, tal imagem/representação passou a ser utilizada como um símbolo de risco de vida, passando depois por tentativas de resistência à própria ideia de morte, como nas fotografias mortuárias e post mortem. Contudo, observa-se que a carga emocional dessas imagens são cada vez mais suavizadas, particularmente quando utilizadas para outros fins, como quando o crânio se torna um símbolo de força de instituições  militares; por outro lado, passam a ser suavizadas, como quando a morte passa a ser transformada em personagens de Histórias em Quadrinhos ou desenhos animados. Todas essas transformações, no entanto, não significam que a morte enquanto ideia de perda ou de finitude deixaram de existir, mas ao serem ressignificadas, passam a coexistir com outras formas de sua representação.Palavras-chave: Morte. Ressignificação. Imagem AbstractThis article is one of the results of the thesis presented by the author in his doctoral thesis in Social Sciences and proposes to point out different visual elements that show how death has resignificated, particularly with regard to its symbolic representation, iconographic in Brazil. Death, based on its European representation, whose image is initially terrifying and macabre, like the skeleton holding a scythe, aimed, a priori, to cause commotion and reflection. With the passage of time, this image / representation started to be used as a symbol of risk of life, going through attempts to resist the very idea of death, as in mortuary and post mortem photographs. However, it is observed that the emotional charge of these images is increasingly softened, particularly when used for other purposes, such as when the skull becomes a symbol of the strength of military institutions; on the other hand, they are softened, as when death is transformed into characters from Comics or cartoons. All these transformations, however, do not mean that death as an idea of loss or finitude ceased to exist, but when they are re-signified, they start to coexist with other forms of their representation.Keywords: Death. Resignification. Image.
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