Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Summa phytopathologica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052018000100038 |
Resumo: | RESUMO A seleção a campo de materiais resistentes à podridão negra da raiz, além de ter alto custo, apresenta alta variabilidade, uma vez que muitos fatores externos podem afetar o comportamento das plantas e, inclusive, do fungo, de local para local e de ano para ano. Seleção de variedades com resistência à podridão causada por Macrophomina phaseolina em casa de vegetação apresenta maior uniformidade e estabilidade dos resultados, uma vez que as condições são controladas. No entanto, é recomendado que os resultados obtidos em ambiente protegido, para serem adotados como protocolo de screening, apresentem boa correlação com resultados obtidos em campo. Assim, este trabalho teve por objetivo comparar a eficiência de métodos de screening em casa de vegetação e verificar suas correlações com o comportamento de variedades de soja em ensaio de campo. Os métodos de screening avaliados foram disco de micélio sobre haste cortada; punção da haste com palito colonizado; solo infestado por inóculo produzido em arroz (1g, 5g e 10g por kg de solo); e rega com suspensão de microescleródios (3 x 104 e 6 x 104 UFC/mL) sobre raízes de plântulas. O ensaio de campo foi montado em área com histórico de ocorrência da doença, e o solo foi infestado com sementes de sorgo colonizadas por M. phaseolina, no sulco de semeadura. Plantas inoculadas na haste, em casa de vegetação, foram submetidas a duas condições de umidade: câmara úmida por três dias após a inoculação, e ausência de câmara úmida. A severidade da doença foi avaliada através do comprimento da lesão no método do disco de micélio sobre haste cortada, e, para os métodos da punção da haste com palito colonizado, suspensão de microescleródios e inoculação por infestação do solo, por escala de notas referente à lesão na raiz. Para o último, avaliou-se ainda a altura das plantas. Os métodos do corte da haste e do palito colonizado apresentaram melhores resultados para discriminar os genótipos, e a ausência de câmara úmida proporcionou maior severidade da doença. De maneira geral, BMX Apolo foi mais suscetível à doença, enquanto GDM15I029 e BMX Elite apresentaram maior resistência. Houve redução na altura das plantas inoculadas por infestação do solo, principalmente para a maior concentração do inóculo. A inoculação por suspensão de inóculo foi eficiente somente no maior nível de inóculo, e foi possível diferenciar dois genótipos quanto à severidade, sendo BMX Tornado mais suscetível que GDM15I029. Verificou-se correlação significativa com os dados de campo somente para o método do disco de micélio sobre a haste cortada, com (rs = 0,84) e sem câmara úmida (rs = 0,80). Os resultados sugerem que a seleção de cultivares em casa de vegetação para resistência a podridão negra da raiz realizado pelo método da haste cortada é eficiente e representativa do comportamento dos genótipos de soja em condições de campo. |
id |
GPF-1_6b49432dd9b66ae5303f27082be6b862 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-54052018000100038 |
network_acronym_str |
GPF-1 |
network_name_str |
Summa phytopathologica (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina)Glycine maxmétodos de inoculaçãoPodridão de carvãoPodridão cinzenta da raizRESUMO A seleção a campo de materiais resistentes à podridão negra da raiz, além de ter alto custo, apresenta alta variabilidade, uma vez que muitos fatores externos podem afetar o comportamento das plantas e, inclusive, do fungo, de local para local e de ano para ano. Seleção de variedades com resistência à podridão causada por Macrophomina phaseolina em casa de vegetação apresenta maior uniformidade e estabilidade dos resultados, uma vez que as condições são controladas. No entanto, é recomendado que os resultados obtidos em ambiente protegido, para serem adotados como protocolo de screening, apresentem boa correlação com resultados obtidos em campo. Assim, este trabalho teve por objetivo comparar a eficiência de métodos de screening em casa de vegetação e verificar suas correlações com o comportamento de variedades de soja em ensaio de campo. Os métodos de screening avaliados foram disco de micélio sobre haste cortada; punção da haste com palito colonizado; solo infestado por inóculo produzido em arroz (1g, 5g e 10g por kg de solo); e rega com suspensão de microescleródios (3 x 104 e 6 x 104 UFC/mL) sobre raízes de plântulas. O ensaio de campo foi montado em área com histórico de ocorrência da doença, e o solo foi infestado com sementes de sorgo colonizadas por M. phaseolina, no sulco de semeadura. Plantas inoculadas na haste, em casa de vegetação, foram submetidas a duas condições de umidade: câmara úmida por três dias após a inoculação, e ausência de câmara úmida. A severidade da doença foi avaliada através do comprimento da lesão no método do disco de micélio sobre haste cortada, e, para os métodos da punção da haste com palito colonizado, suspensão de microescleródios e inoculação por infestação do solo, por escala de notas referente à lesão na raiz. Para o último, avaliou-se ainda a altura das plantas. Os métodos do corte da haste e do palito colonizado apresentaram melhores resultados para discriminar os genótipos, e a ausência de câmara úmida proporcionou maior severidade da doença. De maneira geral, BMX Apolo foi mais suscetível à doença, enquanto GDM15I029 e BMX Elite apresentaram maior resistência. Houve redução na altura das plantas inoculadas por infestação do solo, principalmente para a maior concentração do inóculo. A inoculação por suspensão de inóculo foi eficiente somente no maior nível de inóculo, e foi possível diferenciar dois genótipos quanto à severidade, sendo BMX Tornado mais suscetível que GDM15I029. Verificou-se correlação significativa com os dados de campo somente para o método do disco de micélio sobre a haste cortada, com (rs = 0,84) e sem câmara úmida (rs = 0,80). Os resultados sugerem que a seleção de cultivares em casa de vegetação para resistência a podridão negra da raiz realizado pelo método da haste cortada é eficiente e representativa do comportamento dos genótipos de soja em condições de campo.Grupo Paulista de Fitopatologia2018-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052018000100038Summa Phytopathologica v.44 n.1 2018reponame:Summa phytopathologica (Online)instname:Grupo Paulista de Fitopatologiainstacron:GPF10.1590/0100-5405/178653info:eu-repo/semantics/openAccessIshikawa,Mayra SuemyRibeiro,Neucimara RodriguesOliveira,Eli CarlosAlmeida,Adriély Alves deBalbi-Peña,Maria Isabelpor2018-03-22T00:00:00Zoai:scielo:S0100-54052018000100038Revistahttp://www.scielo.br/sphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsumma@fca.unesp.br1980-54540100-5405opendoar:2018-03-22T00:00Summa phytopathologica (Online) - Grupo Paulista de Fitopatologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) |
title |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) |
spellingShingle |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) Ishikawa,Mayra Suemy Glycine max métodos de inoculação Podridão de carvão Podridão cinzenta da raiz |
title_short |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) |
title_full |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) |
title_fullStr |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) |
title_full_unstemmed |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) |
title_sort |
Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina) |
author |
Ishikawa,Mayra Suemy |
author_facet |
Ishikawa,Mayra Suemy Ribeiro,Neucimara Rodrigues Oliveira,Eli Carlos Almeida,Adriély Alves de Balbi-Peña,Maria Isabel |
author_role |
author |
author2 |
Ribeiro,Neucimara Rodrigues Oliveira,Eli Carlos Almeida,Adriély Alves de Balbi-Peña,Maria Isabel |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ishikawa,Mayra Suemy Ribeiro,Neucimara Rodrigues Oliveira,Eli Carlos Almeida,Adriély Alves de Balbi-Peña,Maria Isabel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Glycine max métodos de inoculação Podridão de carvão Podridão cinzenta da raiz |
topic |
Glycine max métodos de inoculação Podridão de carvão Podridão cinzenta da raiz |
description |
RESUMO A seleção a campo de materiais resistentes à podridão negra da raiz, além de ter alto custo, apresenta alta variabilidade, uma vez que muitos fatores externos podem afetar o comportamento das plantas e, inclusive, do fungo, de local para local e de ano para ano. Seleção de variedades com resistência à podridão causada por Macrophomina phaseolina em casa de vegetação apresenta maior uniformidade e estabilidade dos resultados, uma vez que as condições são controladas. No entanto, é recomendado que os resultados obtidos em ambiente protegido, para serem adotados como protocolo de screening, apresentem boa correlação com resultados obtidos em campo. Assim, este trabalho teve por objetivo comparar a eficiência de métodos de screening em casa de vegetação e verificar suas correlações com o comportamento de variedades de soja em ensaio de campo. Os métodos de screening avaliados foram disco de micélio sobre haste cortada; punção da haste com palito colonizado; solo infestado por inóculo produzido em arroz (1g, 5g e 10g por kg de solo); e rega com suspensão de microescleródios (3 x 104 e 6 x 104 UFC/mL) sobre raízes de plântulas. O ensaio de campo foi montado em área com histórico de ocorrência da doença, e o solo foi infestado com sementes de sorgo colonizadas por M. phaseolina, no sulco de semeadura. Plantas inoculadas na haste, em casa de vegetação, foram submetidas a duas condições de umidade: câmara úmida por três dias após a inoculação, e ausência de câmara úmida. A severidade da doença foi avaliada através do comprimento da lesão no método do disco de micélio sobre haste cortada, e, para os métodos da punção da haste com palito colonizado, suspensão de microescleródios e inoculação por infestação do solo, por escala de notas referente à lesão na raiz. Para o último, avaliou-se ainda a altura das plantas. Os métodos do corte da haste e do palito colonizado apresentaram melhores resultados para discriminar os genótipos, e a ausência de câmara úmida proporcionou maior severidade da doença. De maneira geral, BMX Apolo foi mais suscetível à doença, enquanto GDM15I029 e BMX Elite apresentaram maior resistência. Houve redução na altura das plantas inoculadas por infestação do solo, principalmente para a maior concentração do inóculo. A inoculação por suspensão de inóculo foi eficiente somente no maior nível de inóculo, e foi possível diferenciar dois genótipos quanto à severidade, sendo BMX Tornado mais suscetível que GDM15I029. Verificou-se correlação significativa com os dados de campo somente para o método do disco de micélio sobre a haste cortada, com (rs = 0,84) e sem câmara úmida (rs = 0,80). Os resultados sugerem que a seleção de cultivares em casa de vegetação para resistência a podridão negra da raiz realizado pelo método da haste cortada é eficiente e representativa do comportamento dos genótipos de soja em condições de campo. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052018000100038 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052018000100038 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/0100-5405/178653 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Grupo Paulista de Fitopatologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Grupo Paulista de Fitopatologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Summa Phytopathologica v.44 n.1 2018 reponame:Summa phytopathologica (Online) instname:Grupo Paulista de Fitopatologia instacron:GPF |
instname_str |
Grupo Paulista de Fitopatologia |
instacron_str |
GPF |
institution |
GPF |
reponame_str |
Summa phytopathologica (Online) |
collection |
Summa phytopathologica (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Summa phytopathologica (Online) - Grupo Paulista de Fitopatologia |
repository.mail.fl_str_mv |
summa@fca.unesp.br |
_version_ |
1754193419053301760 |