Incidência da doença de Petri na videira ‘Niagara Rosada’ no estado de São Paulo - Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Ana Beatriz Monteiro
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Leite,Luís Garrigós, Harakava,Ricardo, Padovani,Carlos Roberto, Bueno,César Júnior
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Summa phytopathologica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052017000200124
Resumo: RESUMO A doença de Petri causada, principalmente, por Phaeomoniella chlamydospora e espécies de Phaeoacremonium é grave, complexa, ataca plantas jovens de videira e é de difícil controle no mundo. No Brasil, o estado de São Paulo está entre os maiores produtores da uva ‘Niagara Rosada’ e não há relato oficial desta doença no estado. Assim, os objetivos do presente trabalho foram avaliar a incidência da doença de Petri na videira ‘Niagara Rosada’ no estado de São Paulo e comparar metodologias para isolar os agentes causais da doença. O delineamento foi inteiramente casualizado, testando-se três meios de isolamento [ágar-água (AA), batata dextrose ágar (BDA) e isca de maçã-verde], com amostras de plantas doentes desinfestadas ou não, nove localidades de coleta e oito repetições (placa de Petri com os meios e quatro fragmentos das plantas por amostra). Anotou-se o número de colônias dos agentes causais por fragmento por placa de cada meio de cultura por localidade. Identificaram-se os isolados dos fungos obtidos por extração de DNA e sequenciamento da região ITS-5.8S do rDNA [ITS1 TCCGTAGGTGAACCTGCGG e ITS4 TCCTCCGCTTATTGATATGC] e partes dos genes da alfa elongase [EF1 ATGGGTAAGGARGACAAGAC e EF2 GGARGTACCAGTSATCATGTT] e da beta tubulina [Bt2a GGTAACCAAATCGGTGCTGCTTTC e Bt2b ACCCTCAGTGTAGTGACCCTTGGC]. Teste de patogenicidade foi feito com um isolado de Phaeomoniella spp. e um de Phaeoacremonium spp. A incidência e a severidade da doença (comprimento das estrias escuras no sistema vascular) foram avaliadas. Os municípios de Louveira B, Vinhedo, Jundiaí, Jarinú, Porto Feliz, São Miguel Arcanjo e Jales foram os que apresentaram a presença dos agentes causais da doença, demonstrando ocorrência da doença de Petri em todo o estado de São Paulo. A espécie de Phaeoacremonium prevalente foi P. minimum (= P. aleophilum). Somente na cidade de Jales, além de P. minimum detectou-se, também, a espécie P. venezuelense. Phaeomoniella chlamydospora foi a única espécie identificada neste gênero. A porcentagem de isolamento foi maior para P. chlamydospora do que para Phaeoacremonium spp. O isolamento dos agentes causais da doença deve ser feito retirando fragmentos do sistema vascular da região do colo das plantas sintomáticas seguido de desinfestação superficial e plaqueamento de fragmentos em meio de cultura BDA. Incuba-se em BOD, a 23ºC, por até 21 dias. O método de isca e depois repicagem para BDA não permitiu isolar nenhum dos agentes causais da doença. Todas as plantas inoculadas desenvolveram sintomas externos e internamente a média do comprimento das estrias escuras para P. chlamydospora foi de 7,9 cm e de P. minimum foi de 5,2 cm. As plantas controle (testemunha) permaneceram sadias. Os fungos foram re-isolados das plantas doentes, completando os postulados de Koch e oficializando a doença de Petri na videira ‘Niagara Rosada’ no estado de São Paulo - Brasil.
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