Ensaio de desbaste dos ramos inferiores do cafeeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes,J. E. Teixeira
Data de Publicação: 1946
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051946001200001
Resumo: A cultura do cafeeiro no Estado de São Paulo é feita plantando-se diversas mudas em uma mesma cova. Porisso, não se pode adotar nenhum tipo regular de poda, como se faz nos outros paises cafeicultores. Há algumas práticas que se executam com a finalidade de se manter o que se convencionou chamar de pé de café em condições de produzir satisfatòriamente. Um dêsses usos, aceito por uns e combatido por outros, é o que consiste na retirada dos ramos primários inferiores e sua ramificação, diminuindo-se assim a "saia" dos cafeeiros. O ensaio em exame teve por fim determinar se há ou não vantagem em se fazer a eliminação dêsses ramos. Foi plantado em 1932, na Estação Experimental Central de Campinas. A variedade empregada foi o Café Nacional, isto é, C. arabica L var. typica Cramer. Duas foram as séries examinadas : a) desbastada ; b) não desbastada. Cada série se compunha de 5 repetições de 25 cafeeiros cada uma. A série desbastada foi regular e anualmente limpa de ramos primários, desde o ano seguinte ao da plantação (1933), mantendo-se os cafeeiros livres de ramos até a uma altura de mais ou menos 50 cm do solo. Os ramos ladrões, quando deixados, também eram submetidos a poda idêntica. As adubações e tratos culturais foram idênticos para ambas as séries. As colheitas foram iniciadas em 1935. Neste trabalho são examinadas as produções de 10 anos, relativos ao período 1935-1944. A produção foi quase que em todos os anos maior na série não desbastada. Apenas no ano de 1944 a colheita da série desbastada foi superior à da não desbastada. Houve diferença significativa (P = 1%) para a produção das parcelas não desbastadas, no total dos dez anos. A maturação foi um pouco apressada nas séries desbastadas. Não houve, até ao presente, efeito do desbaste sobre o tamanho das sementes produzidas. Podemos, portanto, considerar como de efeito contraproducente a prática do desbaste dos ramos inferiores do-cafeeiro.
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