Melhoramento do trigo: XIII. Estimativas de variância, herdabilidade e correlações em cruzamentos de trigo para produção de grãos e tolerância à toxicidade de alumínio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camargo,Carlos Eduardo de Oliveira
Data de Publicação: 1987
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051987000100009
Resumo: Estimaram-se os valores da herdabilidade para várias características da planta do trigo (tolerância ao Al3+, comprimento da espiga, número de espiguetas por espiga e de grãos por espiga e por espigueta, peso de cem grãos, número de espigas por planta, altura das plantas e produção de grãos), bem como as correlações entre a produção de grãos e a tolerância ao Al3+ com os demais caracteres agronômicos estudados. Os dados foram obtidos a partir de cruzamentos envolvendo o cultivar BH-1146, tolerante ao Al3+, e os cultivares Alondra-S-46 e IAC-17, moderadamente tolerantes. Plântulas parentais e as gerações F1 e F2 foram testadas para a reação a 3 e 6 mg/litro de Al3+ em solução nutritiva. As plântulas, devidamente identificadas, foram transplantadas para vasos onde se desenvolveram até o final do ciclo vegetativo. A herdabilidade no sentido amplo para peso de cem grãos, comprimento da espiga e número de espiguetas por espiga foi, respectivamente, 0,73, 0,69 e 0,54. Para os demais caracteres, as herdabilidades foram baixas, variando de 0,09 a 0,24. Os valores da herdabilidade no sentido restrito, para os caracteres estudados, com exceção do peso de cem grãos e do número de espigas por planta, mostraram que grande parte da variabilidade genética nessas populações é aditiva. As correlações fenotípicas entre a produção de grãos e todos os demais caracteres agronômicos foram positivas e significativas para quase todas as populações estudadas. A correlação entre produção de grãos e número de espiguetas por espiga para a população BH-1146 x Alondra-S-46 foi negativa e significativa. Nessas populações, a tolerância a 3 e 6 mg/litro de Al3+ não foi associada com os caracteres agronômicos estudados, fazendo exceção a população BH-1146 x IAC-17, que mostrou associações significativas entre a tolerância a 3 mg/litro de Al3+ com altura das plantas, comprimento da espiga e número de espiguetas por espiga, e a população BH-1146 x Alondra-S-46, que apresentou associações significativas entre a tolerância a 3 mg/litro de Al3+ com comprimento da espiga e número de espiguetas por espiga. Os resultados sugerem que seria possível selecionar nas populações estudadas plantas tolerantes ao Al3+, de porte semi-anão, com maior fertilidade da espiga e elevado potencial produtivo.
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