Melhoramento do trigo: XIV. Correlações entre a tolerância à toxicidade a dois níveis de alumínio e altura das plantas com outros caracteres agronômicos em trigo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camargo,Carlos Eduardo de Oliveira
Data de Publicação: 1987
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051987000100010
Resumo: Visando estimar as correlações entre a altura das plantas com sete caracteres agronômicos e aquelas entre a tolerância a 1 e 3 mg/litro de Al3+ em solução nutritiva com produção de grãos, altura das plantas e número de grãos por espigueta, foram efetuados, no Centro Experimental de Campinas, em 1983, cruzamentos entre o cultivar de trigo BH-1146, com Siete Cerros e Tobari-66. Plântulas representando os pais e as gerações F1 e F2 foram testadas para a reação a 1 e 3 mg/litro de Al3+ em solução nutritiva no laboratório. As plântulas, devidamente identificadas, foram transplantadas em número de quatro por vaso, empregando-se no total 164 vasos dispostos em quatro blocos ao acaso. Os dados referentes à produção de grãos e a outros caracteres agronômicos foram obtidos de plantas individuais em 1984. Os valores da herdabilidade no sentido restrito para comprimento da espiga, número de grãos por espiga, número de grãos por espigueta e número de espigas por planta foram de 0,79; 0,75; 0,73 e 0,68 respectivamente, e de 0,58; 0,53 e 0,50 para número de espiguetas por espiga, altura das plantas e peso de cem grãos respectivamente. Para produção de grãos, o valor estimado foi de 0,38. Nas populações estudadas, a altura das plantas foi correlacionada com todos os caracteres agronômicos estudados, com exceção de número de grãos por espigueta e peso de cem grãos na população BH-1146 x Tobari-66. A tolerância ao alumínio não foi associada com altura das plantas, número de grãos por espigueta e produção de grãos (com exceção da população BH-1 146 x Tobari-66, quando se utilizou a concentração de 3 mg/litro de Al3+), sugerindo ser possível selecionar plantas que combinam a tolerância ao Al3+, porte semi-anão e alto potencial produtivo para serem cultivadas nos solos ácidos. Entretanto, grandes populações F2 seriam necessárias para assegurar a freqüência dos recombinantes desejáveis.
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