Melhoramento do cafeeiro XV: variabilidade observada em progênies de café

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,A.
Data de Publicação: 1959
Outros Autores: Mônaco,L. C., Antunes Filho,H.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051959000100026
Resumo: As análises das produções de cafeeiros constituintes de diversas progênies, principalmente de café Bourbon Vermelho, com produções controladas por 12 a 15 anos. mostraram acentuada variabilidade na produção, o mesmo ocorrendo entre cafeeiros F1 derivados de hibridações entre plantas selecionadas. A fim de avaliar as causas dessa variação foram escolhidas, em quatro progenies S1 e em três híbridos F1, cafeeiros com as mais altas e as mais baixas produções, bem como uma planta em cada progênie com produção correspondente à classe mediana, a fim de servirem de plantas matrizes para derivação de progênies correspondentes às gerações S2 e F2. Estas foram plantadas, em 1953, em um ensaio comparativo, onde também foram incluídas novas progenies S1 e F1 dos mesmos cafeeiros, bem como progênies selecionadas de outras variedades comerciais como Bourbon Amarelo e Mundo Novo. A análise dos resultados das quatro primeiras produções (1955 a 1958) bem como da altura e vigar dos cafeeiros indicou, em todos os conjuntos de progênies examinadas, que a grande variação observada entre as plantas de uma mesma progênie de Bourbon é principalmente devida a influências do ambiente, desde que não se notaram diferenças na produção das progênies S2 e F2 derivadas de plantas S1 e F1 com as mais altas e as mais baixas produções. A mesma condição se verificou em relação à altura das plantas. Os valores das variâncias da produção para as progênies S1 e S2 em cada grupo de progenies não indicaram nenhum efeito específico da autofecundação, reduzindo-os ou aumentando-os. Nas gerações F2 as variâncias se mostraram mais uniformes, porém as diferenças entre as variâncias das gerações F1 e F2 não foram significativas. Pode-se concluir dos dados dêste ensaio que a seleção do café Bourbon Vermelho deve ser baseada na produção média das progenies e que a seleção dentro da progênie não conduz a nenhum progresso. Os dados também explicam o motivo da baixa correlação freqüentemente verificada entre a produção das plantas matrizes e de suas respectivas progênies. O estudo comparativo de todos os tratamentos mostrou a existência de uma razoável correlação entre o bom aspecto vegetativo e a produtividade das progênies. Notou-se. também, que o Mundo Novo é realmente bastante produtivo, o que confirma os resultados já obtidos sobre o valor econômico dessa variedade comercial de café.
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