Melhoramento do cafeeiro: XII - Variabilidade em linhas puras de café

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes Filho,H.
Data de Publicação: 1957
Outros Autores: Carvalho,A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051957000100014
Resumo: Três progênies isogênicas de café Bourbon Vermelho, duas oriundas de cafeeiros haplóides (357-21 e RP 13) que tiveram os cromossomos duplicados e outra correspondente ao F1 (H 1934) do cruzamento entre esses dois cafeeiros, foram estudadas com relação a vários característicos, em um ensaio tipo látice balanceado, onde entraram 13 outras progênies de origens diversas. Dentre estas destacam-se as progênies Bourbon Vermelho 959 correspondente a S0, 43-18-11 correspondente a S3 do cafeeiro 43 e 43-7-7-15 e 43-7-19-13 correspondente a S4 dessa mesma planta, as quais também foram analisadas com detalhes. Com relação à altura das plantas no campo não se notou heterose no híbrido Fr que apresenta altura média intermediária. Também as autofecundações sucessivas parecem não influir na redução do vigor vegetativo. Os dados obtidos foram aproveitados para análise da variabilidade desse característico, calculando-se a variância para os canteiros e a variância total, bem como sua homogeneidade. Notou-se que Fx apresenta variância igual à de uma das linhas puras e muito próxima da outra. Das duas linhas puras, a de número 357-21Dp mostrou-se pouco mais variável, cinco anos após a transplantação para o local definitivo. Embora o híbrido F1 tenha produzido mais café cereja no conjunto de três anos do que as linhas puras, a diferença não foi significativa. O híbrido se mostrou menos variável quanto a este característico, embora as variâncias não sejam também significativamente diferentes. Nas outras progénies estudadas os valores da variância foram bem maiores, com tendência de aumento com as sucessivas autofecundações. As linhas isogênicas analisadas ano por ano deram indicações de que a variância do híbrido permaneceu menor, com exceção de um ano apenas. Variação bem acentuada foi encontrada entre as progénies constantes do ensaio no tocante às porcentagens de sementes do tipo moca. O híbrido H 1934 apresentou menor quantidade de sementes moca do que as linhas puras e significativamente menos que a progênie 357-21 Dp. Quanto à variabilidade, a do híbrido se mostrou intermediária, aproximando-se da linha pura com variância maior. As variâncias das outras progênies estudadas são bem mais elevadas, notando-se tendência de aumento com as autofecundações sucessivas. Com relação às sementes concha, a porcentagem média para o híbrido não difere das linhas puras e o valor da variância é intermediário. Para as demais progênies analisadas os valores das variâncias são maiores e mostram tendência de redução com as autofecundações. O valor da peneira média correspondente ao tamanho das sementes não difere para as três linhas isogênicas, a variabilidade sendo, porém, menor para o híbrido. Para as outras progênies não se notou redução do tamanho como efeito da autofecundação e as suas variâncias não mostram tendência de aumento ou redução nas gerações estudadas. Dos itens analisados, destacam-se como mais promissores do ponto de vista da produção e altura das plantas (a qual pode representar o vigor vegetativo) a progénie de Bourbon Vermelho 959 e a de Bourbon Amarelo J 24ex. Dependendo do característico analisado, notou-se que a variância entre plantas nos canteiros do híbrido F1 pode ser igual, intermediária ou menor do que a das linhas puras. Em nenhum caso, porém, a variância do híbrido se mostrou maior que a das linhas puras.
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