Influência da matéria orgânica na capacidade de troca de cations do solo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1956 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bragantia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051956000100004 |
Resumo: | Os solos do Estado de São Paulo possuem, predominantemente, argilas do tipo caolinita, de baixa capacidade de cations permutáveis, o que leva a atribuir à matéria orgânica uma grande parte da capacidade de troca de catíons dêsses solos. Para avaliar a capacidade de troca de cations da fração orgânica, é esta destruida pela H2O2 a 12%, dosando-se, pelo processo de acetato de amónio, a C.T.C, no solo original e no solo tratado. Dos trabalhos efetuados, verificou-se que nos solos argilosos as primeiras frações da matéria orgânica destruidas possuem pequena capacidade de troca de catíons, enquanto as mais resistentes têm essa propriedade em maior escala. Nos solos arenosos, todas as frações orgânicas parecem apresentar a capacidade de troca com a mesma magnitude. Para os solos arenosos e terras roxas há indicações de existir um teor crítico de carbono, abaixo do qual a fração orgânica inibe a capacidade; de troca de cations da fração mineral. Acima desse teor deve também haver diminuição, porém em virtude da matéria orgânica possuir alta capacidade de troca, tal fenômeno não é aparente. Os solos argilosos, tipo Massapé-Salmourão, deram resultados muito esparsos e nenhuma conclusão se obteve. Nos solos argilosos a C.T.C, da matéria orgânica representa 30 a 40% da total e nos solos arenosos, 50 a 60%. A maior produção agrícola do Estado está situada nos solos arenosos do tipo Bauru, onde o teor de matéria orgânica é pequeno, as condições de decomposição da matéria orgânica são ótimas e a sua influência na capacidade de troca de cations é bastante elevada. Conclui-se que a matéria orgânica é crítica para qualquer plano de fertilidade dum solo, principalmente para os arenosos. |
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