Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1959 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bragantia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051959000100007 |
Resumo: | Para estudar a influência do espaçamento sôbre o efeito dos três nutrientes essenciais na cultura da mamoneira anã, variedade IA-38, em-1951-52 foram instaladas quatro experiências nas Estações Experimentais de Ribeirão Prêto (terra-roxa legítima), Mococa (solo massapê-salmourão), Jahú (teira-roxa-misturada) e Campinas (terra-roxa-misturada). Enquanto as três últimas só foram conduzidas durante um ano agrícola, a de Ribeirão Prêto foi continuada em 1052-53 com as mesmas plantas e sem nova adubação. Em tôdas elas se usaram, num esquema fatorial com fusão parcial das interações espaçamentos x fósforo x potássio, três espaçamentos (1,50x1,20, 1,00x0,90 e 1,00x0,45m), três níveis de fósforo (0, 60 e 120 kg/ha de P2O5)e três de potássio (0, 30 e 60 kg/ha de K2O); nas de Ribeirão Preto e Mococa a metade de cada canteiro recebeu 46,5 kg/ha de N. O azôto, o fósforo e o potássio foram empregados respectivamente nas formas de salitre do Chile, superfosfato e cloreto de potássio. O primeiro adubo foi aplicado em cobertura: os dois últimos o foram nos sulcos de plantio, ao ser êste efetuado. Nas experiências de Ribeirão Prêto, Jahú e Mococa, que se desenvolveram em condições relativamente favoráveis, em média de tôdas as adubações as produções foram bem menores com o espaçamento largo do que com o médio ou o estreito, pouco diferindo as obtidas com os dois últimos. Os três nutrientes estudados, principalmente o azôto e o potássio, tiveram grande influência na determinação do melhor espaçamento: na ausência dêles a vantagem do aumento da densidade de plantas foi pequena ou nula, ao passo que na sua presença ela se tornou considerável. Correspondentemente, as respostas a êsses nutirentes, sobretudo ao azôto e ao potássio, que foram pequenas, nulas ou mesmo negativas com o espaçamento largo, elevaram-se consideravelmente quando se usaram os espaçamentos mais cerrados. Na experiência de Campinas, realizada em condições precárias, sobretudo por anormal deficiência de umidade, a produção foi muito pequena, a diminuição do espaçamento não a aumentou e as respostas ao fósforo e ao potássio foram maiores com o espaçamento mais largo. O espaçamento largo usado nas presentes experiências foi muito mais estreito que os adotados nas antigas experiências de adubação da mamoneira. Daí concluírem os autores que o uso de espaçamentos excessivamente largos deve ter concorrido apreciàvel-mente para diminuir o efeito das adubações então experimentadas. |
id |
IAC-1_6e7117422b6229162ae7b3eed609039d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0006-87051959000100007 |
network_acronym_str |
IAC-1 |
network_name_str |
Bragantia |
repository_id_str |
|
spelling |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubaçãoPara estudar a influência do espaçamento sôbre o efeito dos três nutrientes essenciais na cultura da mamoneira anã, variedade IA-38, em-1951-52 foram instaladas quatro experiências nas Estações Experimentais de Ribeirão Prêto (terra-roxa legítima), Mococa (solo massapê-salmourão), Jahú (teira-roxa-misturada) e Campinas (terra-roxa-misturada). Enquanto as três últimas só foram conduzidas durante um ano agrícola, a de Ribeirão Prêto foi continuada em 1052-53 com as mesmas plantas e sem nova adubação. Em tôdas elas se usaram, num esquema fatorial com fusão parcial das interações espaçamentos x fósforo x potássio, três espaçamentos (1,50x1,20, 1,00x0,90 e 1,00x0,45m), três níveis de fósforo (0, 60 e 120 kg/ha de P2O5)e três de potássio (0, 30 e 60 kg/ha de K2O); nas de Ribeirão Preto e Mococa a metade de cada canteiro recebeu 46,5 kg/ha de N. O azôto, o fósforo e o potássio foram empregados respectivamente nas formas de salitre do Chile, superfosfato e cloreto de potássio. O primeiro adubo foi aplicado em cobertura: os dois últimos o foram nos sulcos de plantio, ao ser êste efetuado. Nas experiências de Ribeirão Prêto, Jahú e Mococa, que se desenvolveram em condições relativamente favoráveis, em média de tôdas as adubações as produções foram bem menores com o espaçamento largo do que com o médio ou o estreito, pouco diferindo as obtidas com os dois últimos. Os três nutrientes estudados, principalmente o azôto e o potássio, tiveram grande influência na determinação do melhor espaçamento: na ausência dêles a vantagem do aumento da densidade de plantas foi pequena ou nula, ao passo que na sua presença ela se tornou considerável. Correspondentemente, as respostas a êsses nutirentes, sobretudo ao azôto e ao potássio, que foram pequenas, nulas ou mesmo negativas com o espaçamento largo, elevaram-se consideravelmente quando se usaram os espaçamentos mais cerrados. Na experiência de Campinas, realizada em condições precárias, sobretudo por anormal deficiência de umidade, a produção foi muito pequena, a diminuição do espaçamento não a aumentou e as respostas ao fósforo e ao potássio foram maiores com o espaçamento mais largo. O espaçamento largo usado nas presentes experiências foi muito mais estreito que os adotados nas antigas experiências de adubação da mamoneira. Daí concluírem os autores que o uso de espaçamentos excessivamente largos deve ter concorrido apreciàvel-mente para diminuir o efeito das adubações então experimentadas.Instituto Agronômico de Campinas1959-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051959000100007Bragantia v.18 n.unico 1959reponame:Bragantiainstname:Instituto Agronômico de Campinas (IAC)instacron:IAC10.1590/S0006-87051959000100007info:eu-repo/semantics/openAccessCanecchio Filho,VicenteFreire,E. S.por2010-04-26T00:00:00Zoai:scielo:S0006-87051959000100007Revistahttps://www.scielo.br/j/brag/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpbragantia@iac.sp.gov.br||bragantia@iac.sp.gov.br1678-44990006-8705opendoar:2010-04-26T00:00Bragantia - Instituto Agronômico de Campinas (IAC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação |
title |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação |
spellingShingle |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação Canecchio Filho,Vicente |
title_short |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação |
title_full |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação |
title_fullStr |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação |
title_full_unstemmed |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação |
title_sort |
Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação |
author |
Canecchio Filho,Vicente |
author_facet |
Canecchio Filho,Vicente Freire,E. S. |
author_role |
author |
author2 |
Freire,E. S. |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Canecchio Filho,Vicente Freire,E. S. |
description |
Para estudar a influência do espaçamento sôbre o efeito dos três nutrientes essenciais na cultura da mamoneira anã, variedade IA-38, em-1951-52 foram instaladas quatro experiências nas Estações Experimentais de Ribeirão Prêto (terra-roxa legítima), Mococa (solo massapê-salmourão), Jahú (teira-roxa-misturada) e Campinas (terra-roxa-misturada). Enquanto as três últimas só foram conduzidas durante um ano agrícola, a de Ribeirão Prêto foi continuada em 1052-53 com as mesmas plantas e sem nova adubação. Em tôdas elas se usaram, num esquema fatorial com fusão parcial das interações espaçamentos x fósforo x potássio, três espaçamentos (1,50x1,20, 1,00x0,90 e 1,00x0,45m), três níveis de fósforo (0, 60 e 120 kg/ha de P2O5)e três de potássio (0, 30 e 60 kg/ha de K2O); nas de Ribeirão Preto e Mococa a metade de cada canteiro recebeu 46,5 kg/ha de N. O azôto, o fósforo e o potássio foram empregados respectivamente nas formas de salitre do Chile, superfosfato e cloreto de potássio. O primeiro adubo foi aplicado em cobertura: os dois últimos o foram nos sulcos de plantio, ao ser êste efetuado. Nas experiências de Ribeirão Prêto, Jahú e Mococa, que se desenvolveram em condições relativamente favoráveis, em média de tôdas as adubações as produções foram bem menores com o espaçamento largo do que com o médio ou o estreito, pouco diferindo as obtidas com os dois últimos. Os três nutrientes estudados, principalmente o azôto e o potássio, tiveram grande influência na determinação do melhor espaçamento: na ausência dêles a vantagem do aumento da densidade de plantas foi pequena ou nula, ao passo que na sua presença ela se tornou considerável. Correspondentemente, as respostas a êsses nutirentes, sobretudo ao azôto e ao potássio, que foram pequenas, nulas ou mesmo negativas com o espaçamento largo, elevaram-se consideravelmente quando se usaram os espaçamentos mais cerrados. Na experiência de Campinas, realizada em condições precárias, sobretudo por anormal deficiência de umidade, a produção foi muito pequena, a diminuição do espaçamento não a aumentou e as respostas ao fósforo e ao potássio foram maiores com o espaçamento mais largo. O espaçamento largo usado nas presentes experiências foi muito mais estreito que os adotados nas antigas experiências de adubação da mamoneira. Daí concluírem os autores que o uso de espaçamentos excessivamente largos deve ter concorrido apreciàvel-mente para diminuir o efeito das adubações então experimentadas. |
publishDate |
1959 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1959-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051959000100007 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051959000100007 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0006-87051959000100007 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Agronômico de Campinas |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Agronômico de Campinas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Bragantia v.18 n.unico 1959 reponame:Bragantia instname:Instituto Agronômico de Campinas (IAC) instacron:IAC |
instname_str |
Instituto Agronômico de Campinas (IAC) |
instacron_str |
IAC |
institution |
IAC |
reponame_str |
Bragantia |
collection |
Bragantia |
repository.name.fl_str_mv |
Bragantia - Instituto Agronômico de Campinas (IAC) |
repository.mail.fl_str_mv |
bragantia@iac.sp.gov.br||bragantia@iac.sp.gov.br |
_version_ |
1754193291069358080 |