Adubação do algodoeiro: III - Ensaios sôbre a aplicação de azôto em cobertura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1957 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bragantia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051957000100016 |
Resumo: | Nêste trabalho são apresentados os resultados de três ensaios realizados entre 1937-38 e 1941-42 nas Estações Experimentais de Mococa (em solo massapê), Tietê (em solo argiloso) e Tatuí (em terra-roxa-misturada), nos quais canteiros adubados com fósforo e potássio foram comparados com outros que receberam esses nutrientes e mais azoto. O azôto, nas formas de salitre do Chile e de Calnitro IG (mistura de nitrato de amônio e carbonato de cálcio), foi aplicado pelo método usual - nos sulcos destinados às sementes, no momento do plantio - ou em cobertura, ao achar-se o algodoeiro em pleno desenvolvimento. O fósforo e o potássio foram sempre empregados nos sulcos de plantio. Em Mococa e Tietê os ensaios foram conduzidos, nos mesmos canteiros, por três anos; em Tatuí, por dois. Os dois adubos azotados deram o mesmo resultado. Em Mococa eles aumentaram apreciavelmente a produção, não se notando diferença entre os dois métodos de aplicação, mas em Tietê e Tatuí o azôto empregado nos sulcos de plantio em regra pouco aumentou ou mesmo deprimiu a produção, ao passo que a elevou consideravelmente quando aplicado em cobertura. • Em Mococa, tendo chovido nos dias imediatos ao plantio, os adubos azotados não prejudicaram o "stand"; por outro lado, as chuvas caídas não foram suficientes para lixiviar o azôto do massapê utilizado para o ensaio. Em Tietê o motivo principal da inferioridade da aplicação dos adubos azotados nos sulcos de plantio foi o prejuízo que eles causaram às sementes em germinação, devido à elevada concentração local de sais. Num dos dois anos de ensaio em Tatuí ficou patente que o azôto empregado nos sulcos foi arrastado antes de o algodoeiro o ter podido absorver, enquanto o aplicado em cobertura não sofreu esse inconveniente. O arrastamento do azôto, que se dá sobretudo quando êle é empregado por ocasião do plantio, não teve grande influência nos presentes ensaios, porque os solos usados para dois deles (Mococa e Tietê) eram argilosos e as chuvas caídas durante sua execução foram relativamente moderadas. Em terras leves, como são em grande parte as utilizadas para a cultura do algodoeiro, tanto esse fator como o excesso de concentração de sais teriam assumido muito maior importância, e, com isso, a superioridade da aplicação em cobertura se tornaria ainda mais pronunciada. |
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