Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sangoi,Luís
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Almeida,Milton Luiz de, Silva,Paulo Regis Ferreira da, Argenta,Gilber
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052002000200003
Resumo: O lançamento de híbridos de milho tolerantes ao aumento da densidade de plantas contribuiu para o incremento do potencial produtivo da cultura na segunda metade do século XX. Objetiva-se com esta revisão de literatura discutir características morfológicas, fisiológicas, fenológicas e alométricas que contribuíram para maior adaptação do milho a elevadas densidades de plantas. Os processos de seleção utilizados pelos melhoristas minimizaram a natureza protândrica da planta, reduzindo o tamanho do pendão. Isso propiciou desenvolvimento alométrico mais equilibrado entre as inflorescências masculina e feminina, limitou a esterilidade feminina e favoreceu a sincronia entre antese e espigamento. O ideotipo de planta compacto dos híbridos modernos, caracterizado pela presença de plantas baixas, com menor número de folhas e folhas eretas, melhorou a qualidade da luz no interior do dossel, contribuindo para reduzir a dominância apical do pendão sobre as espigas. A menor produção de fitomassa reduziu a competição intra-específica e aumentou a eficiência de uso dos fatores ambientais, disponibilizando mais carboidratos para atender às diferentes demandas da planta na fase reprodutiva. O maior equilíbrio nas relações entre fonte e dreno contribuiu para retardar a senescência foliar, resultando em maior absorção de nutrientes e maior eficiência de uso do nitrogênio. O desenvolvimento de híbridos com menor estatura e espigas mais próximas do solo reduziu a quantidade de plantas acamadas e quebradas. A compreensão das bases morfofisiológicas responsáveis pela maior tolerância do milho à competição intra-específica auxiliará melhoristas e fisiologistas a maximizar a eficiência do arranjo de plantas para alcançar altos rendimentos.
id IAC-1_c7b21a9fe8ca8f69b162b4799cf1bf94
oai_identifier_str oai:scielo:S0006-87052002000200003
network_acronym_str IAC-1
network_name_str Bragantia
repository_id_str
spelling Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantasZea maysestressepopulaçãorendimento de grãosO lançamento de híbridos de milho tolerantes ao aumento da densidade de plantas contribuiu para o incremento do potencial produtivo da cultura na segunda metade do século XX. Objetiva-se com esta revisão de literatura discutir características morfológicas, fisiológicas, fenológicas e alométricas que contribuíram para maior adaptação do milho a elevadas densidades de plantas. Os processos de seleção utilizados pelos melhoristas minimizaram a natureza protândrica da planta, reduzindo o tamanho do pendão. Isso propiciou desenvolvimento alométrico mais equilibrado entre as inflorescências masculina e feminina, limitou a esterilidade feminina e favoreceu a sincronia entre antese e espigamento. O ideotipo de planta compacto dos híbridos modernos, caracterizado pela presença de plantas baixas, com menor número de folhas e folhas eretas, melhorou a qualidade da luz no interior do dossel, contribuindo para reduzir a dominância apical do pendão sobre as espigas. A menor produção de fitomassa reduziu a competição intra-específica e aumentou a eficiência de uso dos fatores ambientais, disponibilizando mais carboidratos para atender às diferentes demandas da planta na fase reprodutiva. O maior equilíbrio nas relações entre fonte e dreno contribuiu para retardar a senescência foliar, resultando em maior absorção de nutrientes e maior eficiência de uso do nitrogênio. O desenvolvimento de híbridos com menor estatura e espigas mais próximas do solo reduziu a quantidade de plantas acamadas e quebradas. A compreensão das bases morfofisiológicas responsáveis pela maior tolerância do milho à competição intra-específica auxiliará melhoristas e fisiologistas a maximizar a eficiência do arranjo de plantas para alcançar altos rendimentos.Instituto Agronômico de Campinas2002-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052002000200003Bragantia v.61 n.2 2002reponame:Bragantiainstname:Instituto Agronômico de Campinas (IAC)instacron:IAC10.1590/S0006-87052002000200003info:eu-repo/semantics/openAccessSangoi,LuísAlmeida,Milton Luiz deSilva,Paulo Regis Ferreira daArgenta,Gilberpor2004-02-16T00:00:00Zoai:scielo:S0006-87052002000200003Revistahttps://www.scielo.br/j/brag/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpbragantia@iac.sp.gov.br||bragantia@iac.sp.gov.br1678-44990006-8705opendoar:2004-02-16T00:00Bragantia - Instituto Agronômico de Campinas (IAC)false
dc.title.none.fl_str_mv Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
title Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
spellingShingle Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
Sangoi,Luís
Zea mays
estresse
população
rendimento de grãos
title_short Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
title_full Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
title_fullStr Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
title_full_unstemmed Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
title_sort Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
author Sangoi,Luís
author_facet Sangoi,Luís
Almeida,Milton Luiz de
Silva,Paulo Regis Ferreira da
Argenta,Gilber
author_role author
author2 Almeida,Milton Luiz de
Silva,Paulo Regis Ferreira da
Argenta,Gilber
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sangoi,Luís
Almeida,Milton Luiz de
Silva,Paulo Regis Ferreira da
Argenta,Gilber
dc.subject.por.fl_str_mv Zea mays
estresse
população
rendimento de grãos
topic Zea mays
estresse
população
rendimento de grãos
description O lançamento de híbridos de milho tolerantes ao aumento da densidade de plantas contribuiu para o incremento do potencial produtivo da cultura na segunda metade do século XX. Objetiva-se com esta revisão de literatura discutir características morfológicas, fisiológicas, fenológicas e alométricas que contribuíram para maior adaptação do milho a elevadas densidades de plantas. Os processos de seleção utilizados pelos melhoristas minimizaram a natureza protândrica da planta, reduzindo o tamanho do pendão. Isso propiciou desenvolvimento alométrico mais equilibrado entre as inflorescências masculina e feminina, limitou a esterilidade feminina e favoreceu a sincronia entre antese e espigamento. O ideotipo de planta compacto dos híbridos modernos, caracterizado pela presença de plantas baixas, com menor número de folhas e folhas eretas, melhorou a qualidade da luz no interior do dossel, contribuindo para reduzir a dominância apical do pendão sobre as espigas. A menor produção de fitomassa reduziu a competição intra-específica e aumentou a eficiência de uso dos fatores ambientais, disponibilizando mais carboidratos para atender às diferentes demandas da planta na fase reprodutiva. O maior equilíbrio nas relações entre fonte e dreno contribuiu para retardar a senescência foliar, resultando em maior absorção de nutrientes e maior eficiência de uso do nitrogênio. O desenvolvimento de híbridos com menor estatura e espigas mais próximas do solo reduziu a quantidade de plantas acamadas e quebradas. A compreensão das bases morfofisiológicas responsáveis pela maior tolerância do milho à competição intra-específica auxiliará melhoristas e fisiologistas a maximizar a eficiência do arranjo de plantas para alcançar altos rendimentos.
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052002000200003
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052002000200003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0006-87052002000200003
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Agronômico de Campinas
publisher.none.fl_str_mv Instituto Agronômico de Campinas
dc.source.none.fl_str_mv Bragantia v.61 n.2 2002
reponame:Bragantia
instname:Instituto Agronômico de Campinas (IAC)
instacron:IAC
instname_str Instituto Agronômico de Campinas (IAC)
instacron_str IAC
institution IAC
reponame_str Bragantia
collection Bragantia
repository.name.fl_str_mv Bragantia - Instituto Agronômico de Campinas (IAC)
repository.mail.fl_str_mv bragantia@iac.sp.gov.br||bragantia@iac.sp.gov.br
_version_ 1754193297854693376