Bases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantas
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/19858 |
Resumo: | O lançamento de híbridos de milho tolerantes ao aumento da densidade de plantas contribuiu para o incremento do potencial produtivo da cultura na segunda metade do século XX. Objetiva-se com esta revisão de literatura discutir características morfológicas, fisiológicas, fenológicas e alométricas que contribuíram para maior adaptação do milho a elevadas densidades de plantas. Os processos de seleção utilizados pelos melhoristas minimizaram a natureza protândrica da planta, reduzindo o tamanho do pendão. Isso propiciou desenvolvimento alométrico mais equilibrado entre as inflorescências masculina e feminina, limitou a esterilidade feminina e favoreceu a sincronia entre antese e espigamento. O ideotipo de planta compacto dos híbridos modernos, caracterizado pela presença de plantas baixas, com menor número de folhas e folhas eretas, melhorou a qualidade da luz no interior do dossel, contribuindo para reduzir a dominância apical do pendão sobre as espigas. A menor produção de fitomassa reduziu a competição intra-específica e aumentou a eficiência de uso dos fatores ambientais, disponibilizando mais carboidratos para atender às diferentes demandas da planta na fase reprodutiva O maior equilíbrio nas relações entre fonte e dreno contribuiu para retardar a senescência foliar, resultando em maior absorção de nutrientes e maior eficiência de uso do nitrogênio. O desenvolvimento de híbridos com menor estatura e espigas mais próximas do solo reduziu a quantidade de plantas acamadas e quebradas. A compreensão das bases morfofisiológicas responsáveis pela maior tolerância do milho à competição intra-específica auxiliará melhoristas e fisiologistas a maximizar a eficiência do arranjo de plantas para alcançar altos rendimentos. |
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Sangoi, LuisAlmeida, Milton Luiz deSilva, Paulo Regis Ferreira daArgenta, Gilber2010-04-16T09:11:55Z20020006-8705http://hdl.handle.net/10183/19858000441489O lançamento de híbridos de milho tolerantes ao aumento da densidade de plantas contribuiu para o incremento do potencial produtivo da cultura na segunda metade do século XX. Objetiva-se com esta revisão de literatura discutir características morfológicas, fisiológicas, fenológicas e alométricas que contribuíram para maior adaptação do milho a elevadas densidades de plantas. Os processos de seleção utilizados pelos melhoristas minimizaram a natureza protândrica da planta, reduzindo o tamanho do pendão. Isso propiciou desenvolvimento alométrico mais equilibrado entre as inflorescências masculina e feminina, limitou a esterilidade feminina e favoreceu a sincronia entre antese e espigamento. O ideotipo de planta compacto dos híbridos modernos, caracterizado pela presença de plantas baixas, com menor número de folhas e folhas eretas, melhorou a qualidade da luz no interior do dossel, contribuindo para reduzir a dominância apical do pendão sobre as espigas. A menor produção de fitomassa reduziu a competição intra-específica e aumentou a eficiência de uso dos fatores ambientais, disponibilizando mais carboidratos para atender às diferentes demandas da planta na fase reprodutiva O maior equilíbrio nas relações entre fonte e dreno contribuiu para retardar a senescência foliar, resultando em maior absorção de nutrientes e maior eficiência de uso do nitrogênio. O desenvolvimento de híbridos com menor estatura e espigas mais próximas do solo reduziu a quantidade de plantas acamadas e quebradas. A compreensão das bases morfofisiológicas responsáveis pela maior tolerância do milho à competição intra-específica auxiliará melhoristas e fisiologistas a maximizar a eficiência do arranjo de plantas para alcançar altos rendimentos.The release of maize hybrids tolerant to high plant densities has contributed to enhance the potential for grain yield in this crop in the second half of last century. This review aims to discuss morphological and physiological traits that favoured maize adaptation to dense stands. The selection by breeders mitigated maize protandrous nature, reducing tassel size and promoting a balanced development of male and female inflorescence. Barrenness was limited and the synchrony of anthesis and silking favoured. The modern hybrid compact ideotype, characterized by small plants, low leaf number and upright leaves, improved light quality inside the canopy, decreasing apical dominance of the tassel over the ears. The lower dry matter produced per plant decreased plant competition by neighbours, increased radiation use efficiency, supporting higher carbohydrate availability to match maize different sinks during grain filling The more equilibrated source: sink ratio was instrumental to delay leaf senescence, keeping nutrient uptake at the end of the crop cycle and improving nitrogen efficiency usage. The development of hybrids with short plant stature and low ear insertion reduced lodging. The understanding of physiological basis underlying maize endurance to high densities allows breeders and plant physiologists to optimize plant arrangement in order to accomplish higher grain yields.application/pdfporBragantia, Campinas. Vol. 61, n. 2, (maio/ago. 2002), p. 101-110MilhoGraoRendimentoZea maysStressPopulationGrain yieldBases morfofisiológicas para maior tolerância dos híbridos modernos de milho a altas densidades de plantasMorpho-physiological bases for greater tolerance of modern maize hybrids to high plant desities info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000441489.pdf000441489.pdfTexto completoapplication/pdf456260http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19858/1/000441489.pdf46da452c0d8dba7ae2dcfcad420f00d6MD51TEXT000441489.pdf.txt000441489.pdf.txtExtracted Texttext/plain43329http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19858/2/000441489.pdf.txte04f3f55767f41d7ad3e1b467e32ac4bMD52THUMBNAIL000441489.pdf.jpg000441489.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2030http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19858/3/000441489.pdf.jpge5bd976af8ff681f4c7200f8dabd3d47MD5310183/198582018-10-18 07:27:15.64oai:www.lume.ufrgs.br:10183/19858Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-18T10:27:15Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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