Estudo comparativo da tolerância à toxicidade de ferro e alumínio em arroz
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1985 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bragantia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051985000100009 |
Resumo: | Foram estudados onze cultivares de arroz em soluções nutritivas, arejadas e não arejadas, contendo diferentes concentrações de ferro e alumínio, mantendo-se constante a temperatura de 30 ± 1ºC e o pH das soluções a 4,0. A tolerância foi medida pelo comprimento médio da raiz primária, peso seco da parte aérea e raízes de vinte plântulas cultivadas durante dez dias em solução nutritiva contendo diferentes concentrações de ferro e alumínio. Com as concentrações de 0; 20 e 40mg/litro de Al3+ nas soluções com ou sem arejamento, em presença de 0,56mg/litro de Fe, verificou-se, pelo, crescimento radicular, que os cultivares IAC-164, IAC-165, IAC-47, IAC-25, IAC-435, IAC-120, Blue Bonnet e Pérola foram tolerantes e, IR-8, IAC-899 e IR-841, sensíveis. Nas soluções arejadas sem Al onde se adicionaram 200mg/litro de Fe, o 'IAC-164' foi o que apresentou maior crescimento das raízes, diferindo dos cultivares IAC-435, IAC-899, Blue Bonnet, IAC-25, IR-8 e IR-841, mas não dos cultivares IAC-120, IAC-47, IAC-165 e Peróla. Nas soluções não arejadas, o mesmo resultado foi obtido, com exceção do 'IAC-164' que não diferiu do 'IAC-25'. Nas soluções arejadas sem Al, contendo 400mg/litro de Fe, o cultivar mais tolerante foi IAC-164, diferindo somente, porém, dos cultivares IAC-899, IR-841 e IR-8, considerando o crescimento das raízes. Nas soluções não arejadas sem Al empregando-se 400mg/litro de Fe, não ocorreram diferenças significativas para tolerância entre os cultivares estudados. O 'IAC-164' mostrou grande tolerância à toxicidade de Fe e Al, mesmo nos tratamentos onde foram empregados 20mg/litro de Al3+ combinados com 200mg/litro de Fe, e 40mg/litro de Al3+ combinados com 400mg/litro de Fe. Os cultivares tolerantes ao Al, quando plantados m soluções com 0,56mg/litro de Fe e doses crescentes de Al, mostraram que os teores de Al na matéria seca da parte aérea aumentaram, sobretudo nas soluções arejadas. Nessas condições, os teores de P, Ca, Mg, Fe, Cu, Zn e Mn tenderam a diminuir e, os de K, a aumentar, à medida que se aumentaram as concentrações de Al nas soluções, com ou sem arejamento. Os cultivares sensíveis ao Al mostraram aumento nos teores de P, Fe e Al na matéria seca da parte aérea e redução nos teores dos demais nutrientes, à medida que se elevaram as concentrações de Al nas soluções. Com o aumento nas concentrações de Fe nas soluções em ausência de Al, os cultivares estudados mostraram tendência de diminuição dos teores de Ca, Mg, Cu e Zn, na matéria seca da parte aérea e elevação dos de K e Fe, com pouca variação nos teores de P. Os resultados obtidos demonstraram que os cultivares de arroz estudados poderiam ser diferenciados em relação à tolerância à toxicidade de Fe e Al, desde que concentrações adequadas desses elementos fossem utilizadas nas soluções nutritivas, com ou sem arejamento. |
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