Vitamina C em "cabeludinha" (Myrciaria glomerata Berg)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sobrinho,J. Soubihe
Data de Publicação: 1955
Outros Autores: Pelegrino,D., Gurgel,J. T. A., Leme Júnior,J., Malavolta,E.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051955000100019
Resumo: Êste trabalho faz parte do estudo do melhoramento genético das mirtáceas frutíferas, que vem sendo realizado pela Seção de Frutas Tropicais do Instituto Agronômiso e pela Seção de Genética da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", em Piracicaba. Colaboraram na parte analítica a Seção Técnica "Química Agrícola" e a Cadeira de Química, da "Luiz de Queiroz''. A extração de vitamina C foi feita num liqüidificador durante dois minutos, utilizando-se o ácido oxálico a quatro por mil como solução protetora. A determinação se fez no "EEL. portable colorimeter". A determinação do conteúdo de vitamina C no fruto integral de plantas expostas ao pleno sol revelou o seguinte : planta 1, 2147 mg/100 g ; planta 2, 2389 mg/100 g ; planta 3, 2322 mg/100 g de fruto (vêr figura 1-A). Os teores de ácido ascórbico encontrados nos graus de maturação foram : fruto verde, 2716 mg/100 g ; fruto de vez, 2391 mg/100 g; fruto maduro, 2417 mg/100 g. O fruto verde tem o teor mais alto, enquanto o de vez e o maduro não diferem entre si. Também foram analisadas as diversas partes do fruto maduro, encontrando-se na casca 2482 mg/100 g e na polpa 3018 mg/100 g. Isto quer dizer que na "cabeludinha" a riqueza em ácido ascórbico aumenta da periferia para o centro. Tal fato é de suma importância, uma vez que só é aproveitada a polpa, portanto, a parte mais rica do fruto. Determinou-se também o conteúdo de vitamina C no fruto integral e maduro, de plantas sombreadas, encontrando-se na planta 1, 717, 28 mg/100 g; na planta 2, 838,66 mg/100 g ; na planta 3, 560,83 mg/100 g ; na planta 4, 713, 28 mg/100 g. Êstes resultados indicam, provavelmente, que as plantas localizadas à sombra são bem mais pobres em ácido ascórbico que aquelas crescendo ao sol; indicam ainda, que entre as plantas sombreadas há diferenças significativas, talvez de origem genética. As figuras dos gráficos 3 e 4 mostram, respectivamente, que a "cabeludinha" é a fonte mais rica de vitamina C entre as mirtáceas nacionais e de tôdas as frutas brasileiras. Comparando-se a "cabeludinha" com outras frutas exóticas, ricas em ácido ascórbico, nota-se que somente a cereja das Antilhas (Malpighia spp.) lhe leva vantagem.
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